quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018: Você é hoje a pessoa que idealizou em 2018?

Respondendo à pergunta: Não. 
Chorei. Gritei. Briguei. Paguei mico. Disse desaforos. Traí. Tive medo quando um homem me olhou com ódio e arma na mão por causa de 30 reais. Tive muito medo de um monte de coisas. Tive uma pneumonia. Uma infecção na garganta que durou 28 dias. Passei vergonha alheia por conta da minha língua grande. Emiti opiniões polêmicas. Brinquei com coisa séria. Não usei as redes sociais de forma respeitosa em vários momentos.  Fui egoísta. Dancei. Fingi que não conhecia. Esqueci tarefas. Rezei pouco. Gastei demais. Economizei de menos. Não estudei. Não refleti o suficiente. Não pedi perdão o suficiente. Não cumpri com algumas coisas que falei que não faria. Fiz coisas que não quis. Me relacionei por carência. Acampei em frente a casa de um boy. Tive crise de ciúmes. Não fiz caridade suficiente.
Mas particularmente não me queixo. 
Apesar de  tudo 2018 foi um ano onde eu me descobri um pouco mais. Claro que fiquei assustada com o que sou capaz quando sou traída, quando sou humilhada, quando sou tratada feito lixo. Sentimentos que infelizmente foram constantes e que sei que serão ainda. 
2018 foi um ano onde realizei pequenos sonhos. Onde me tornei um pouco melhor em vários aspectos, mas que não foi o melhor ano da minha vida. 
Uma pena. 
Mas como ano passado, não vou planejar nada não. Tenho preguiça. Claro, tenho meus objetivos básicos e o principal deles é não ficar desempregada. De resto, dia após dia eu vou criando as oportunidades e trabalhando nelas para não desistir de ser uma pessoa mais equilibrada, constante e vencedora. 
Para o próximo ano por favor, muito trabalho, casamentos, amigos, relações positivas, viagens, um amor para chamar de meu e que não me trate com indiferença e nojo. Que seja um ano de conhecimento e de distribuição de afagos, de abraços, sorrisos e amor. 
Em 2019 quero viajar mais, dançar menos, beber menos, comer menos, ter mais amigos verdadeiros, que não me julguem e nem espalhem por aí que eu sou garota de programa. 
Que no meu trabalho não me falte coragem, dedicação, entrega e acertos. 
Que eu consiga trabalhar em muitos casamentos, 15 anos, bodas, ao lado da Eficace, da Simone Bona, da Unic e do Bolshoi e minha equipe linda, composta por seres humanos do bem.
Que eu faça mais bem do que mal às pessoas. Que eu não as traía, decepcione ou envergonhe. Que elas queiram estar ao meu lado, que elas não tenham vergonha de mim, não me achem vulgar, fedida, alcoólatra e preguiçosa. 
Que neste novo ano eu tenha mais equilíbrio, força de vontade, que eu ajude ao próximo, estude, economize e mantenha a forma. Desejo que meu horário de trabalho não mude e assim eu consiga dar aulas particulares mais dias da semana, de preferência de espanhol. 
E se não for pedir demais, que eu perca o medo de dirigir e provar que não foi à toa ter passado na prova.
E se não for pedir demais parte dois, que eu esteja sempre rodeada da minha família, meus pais, amigos verdadeiros, colegas fieis, pessoas de caráter, que não me pisem a alma, que não me façam sentir vergonha de quem sou, que não me condenem por eu não ser o que eles querem, por não ser perfeita, por não ser rica, nem bonita.  
Para 2019 o melhor para mim. O melhor de mim. Para mim e para você.



segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - Reencontro - Encontro

Se tem algo que 2018 trouxe para mim foi alegria em conhecer pessoas e me reencontrar com meu passado.
Explico: em abril de 2018 eu fui para Belém do Pará para um fim de semana. Sábado eu ajudei no casamento de um grande amigo. No domingo conheci minha família biológica, composta por mãe, irmã e dois sobrinhos.
E com certeza esta foi a melhor parte do meu ano, e uma parte importante de minha vida.
Conhecer a Fátima, ouvir a versão dela para minha adoção, ouvir dela que ela não se arrepende e que pelo contrário, tem muito orgulho da decisão que tomou há 33 anos, foi algo que me deu muita força. Quando eu começo a querer fraquejar, lembro de nossa conversa naquele doce domingo, num calor monstro de Belém e um banquete digno de rainha que minha irmã preparou.
A decisão de conhecê-la foi muito natural. Eu vinha adiando isso desde 2013, quando minha irmã, Uisliana, me contatou pelo facebook. Na época eu não achei que seria legal. Estava me separando, minha cabeça estava extremamente confusa e eu não queria de certo modo magoar meus verdadeiros pais. 
Mas quando surgiu o convite para o casamento eu não consegui evitar uma leve alegria na incrível coincidência de local. Aceitei na hora, já com o objetivo de ir atrás de uma parte de minha história.
Hoje, ainda lembro do abraço caloroso que dei em minha irmã, em frente ao hotel e quando ela foi me deixar no aeroporto. Ainda sinto aquela pequenina senhora passando a mão no meu rosto, e de repente qualquer mágoa que pudesse ter existido, sumiu.
Fátima é minha versão envelhecida. Mulher que batalhou, que fez o que quis, empoderada, que não teve medo. Ela deu a cara a tapa, em diversas formas, e apesar de não ter acertado em tudo, é uma das mulheres mais incríveis que pude conhecer. Sinto um imenso orgulho de me parecer um tantão com ela: gestos que eu identifiquei imediatamente ao olhar para ela e que eu agora não me incomodam mais. Ela já não é um fantasma e agora muitas coisas fazem sentido. 
Eu tenho orgulho da minha história. E agora ainda mais, porque foram preenchidas muitas lacunas e abismos foram diminuídos entre um gole e outro de uma das melhores cervejas que bebi na vida. 
A despedida foi em tom de volto logo e eu sei que ano que vem eu irei lá de novo, amassar minha irmã, que é outro ser humano que eu admiro. Sério, Uisliana é guerreira também. 2 filhos, trabalha de sol a sol, cuida da casa, dos meninos, que são lindos, educados e estudiosos. Sem marido, típica história atual: mãe solo, que acorda cedo, quase não dorme para dar o sustento e a dignidade à sua família. E agora cuida de mamãe de forma muito carinhosa.
Só posso agradecer a Deus. E só posso agradecer à minha família que me apoiou fortemente nesta decisão e deixaram com que eu fosse eu mesma. Ninguém me olhou torto. Aliás, todos me olharam como a mulher forte e determinada que eu sou, fruto de muito amor, amor de todo lado. 
À Fátima, Uisliana, Vitor e Vitoria, dedico este texto, esta parte de minha retrospectiva, para registrar que a vida é realmente engraçada, e eu sinto que nada é em vão, tudo tem um propósito. E eu sei que quando aconteceu tudo lá atrás, muito tempos atrás, foi dor, mas olha que coisa, hoje, somos todos felizes e eu ainda mais porque, eu sou escolhida até hoje, por Deus, por vocês, por meus pais, meus irmãos e tanta gente que me acolhe, me dá a mão e o coração para que eu nunca me sinta perdida.
Obrigada 2018 por ter tido algo extremamente bom, gostoso e realizador. Nem tudo foram lágrimas! Amém!  

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

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Esta frase é para você ser humano, que não engorda, nem emagrece demais. Que não tem TPM, nem dor de barriga, nem ressaca. Para você que não fica doente, nem usa o toilet, nem bate o dedinho na ponta do sofá.
Para você que é perfeito. Que não tem dívida, não tem crise em seu relacionamento, nem passa pelo processo de divórcio. 
Para você que não precisa acordar cedo para trabalhar, anotar dívidas em um planilha, nem escolher qual dívida pagar naquele mês.
E para você que não precisa procurar emprego, nem pegar busão lotado na ida e na volta para o trabalho. Que não precisa pegar engarrafamento ou deixar o carro em casa porque não tem dinheiro para gasolina.
E para você que nunca traiu, brigou com um parente por causa de política, nem encheu a cara com vinho canção. 
E você, que transa todos os dias, que não tem estrias, nem cabelo branco nem espinhas.
Para você, que não precisa lutar por um lugar ao sol, não precisa  de respeito por sua opção sexual, cor ou religião, porque você está no padrão social. 
Para você que não tem depressão, crise de pânico, ansiedade, insônia, dor no peito, queda de cabelo.
Para você que sorri o tempo todo, acha que a vida é perfeita, bela e encantadora. 
Este texto é para você que critica quem não é perfeito, nem rico, nem branco, nem hétero, nem católico, nem formado, concursado,  passa por coisas inimagináveis, todos os dias, todos os dias mesmo, para que você encha a boca de verdades e jogue em nossas carinhas.
Um dia alguém me disse que eu tinha inveja dela porque ela namorava e tinha um carro zero. 
Inveja eu tenho. De quem não é criticado por nada. 

Beijos de luz! 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - da lama ao brilho

2018 chegando ao seu fim esperado e eu ainda colhendo meus cacos. 
Tive que me levantar muitas vezes este ano. Tive que me reinventar. Me camuflar. Esconder lágrimas. Fingir demência. Socializar enquanto queria mesmo era um mundo paralelo. Silenciar enquanto a alma queimava. Gritar para meu coração que ia passar. Vai passar. 
Aprendi este ano um pouco mais sobre minha capacidade de seguir. Apesar de tudo. Levei muita, mas muita porrada. Fui caluniada. Fui desrespeitada. Fui humilhada. Fui decididamente ao inferno. Fui quem tive que ser.
Entendi que não posso criticar nenhuma mulher que vive um relacionamento abusivo. Entendi que trair machuca. Senti na pele o desprezo que um ser humano é capaz de dar quando tem ódio no coração. Fiz isso algumas vezes, recebi logo o troco. Aqui se faz. Aqui se paga.
Foi um ano onde também sorri demais. Abracei pessoas. Acalentei corações. Puxei cabelos. Os meus. Dei murros em mim para não decepcionar um outro. Dei. Amor. Carinho. Palavras. Sentimentos. 
Nem tudo foi lama. Nem tudo foi queda. Nem tudo foi desistir.
Me levantei um dia após o outro. Me dignei a me amar um pouco. Talvez eu seja capaz de mais um pouco.
Conheci Belém. Conheci um amor guardado para mim há 32 anos. Recomeçamos. Conheci Porto Seguro. Dancei no palco. Fui trocada. Bebi algumas cervejas. Renovei amizades. Descartei legendas que não cabiam em mim, no meu televisor preto e branco. Vi cores em jardins, vi selva em riachos rasos. Muito rasos.
Senti pessoas me amando. Senti pessoas com nojo. Senti inveja de meu passado. E hoje sonho com meu futuro.
2019 vem. Obviamente traz uma esperança de renovação. Recomeço. Reinicio. Meio e fim. 
Seguimos na saga. Sigo na luta. Quero um novo ano diferente? Quero. Mas preciso me apoiar mais. Me confiar mais. Me respeitar mais. Me guardar mais. Não beber, não dançar, não transar, não viver como acham que eu vivo. 
No fundo, eu sou apenas uma garota latino-americana sem dinheiro no banco.
Mas não para sempre. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A minha fé é minha

Em uma conversa em um intervalo para um cigarrinho, uma colega que lê meu blog (obrigada!!), comentou que observa que eu sou uma mulher de muita fé.
E eu desabei. Porque eu tinha acabado de ouvir, em uma outra conversa aleatória (dia de conversas reveladoras), que o povo acha que por eu ter uma religião que não seja católica, evangélica ou espirita, eu pratico a magia negra, coloco o nome de uma pessoa na boca do sapo, faço amarração do amor para conquistar seu homem em 3 dias. 
EU CANSEI dessas piadinhas, destes comentários, deste preconceito, destas ironias por eu não me ajoelhar em um genuflexório como você. 
EU TENHO TANTA FÉ quanto você. Eu rezo, oro, converso com Deus, tenho realmente longas conversas com Ele, do mesmo jeito que você. Não ir à Missa, Culto ou seja lá o quê for, não me faz uma pessoa pior do que você, que frequenta estes lugares e me critica.
Já ouvi pessoas me dizendo que a minha vida é uma merda porque eu não sou evangélica. Pode isso gente? 
EU NÃO JULGO a sua religião, EU SOU  CERIMONIALISTA e a peça fundamental desta profissão, assim como várias outras, é o respeito. Eu estou ali para casar pessoas, independente da fé que ela professa ou a opção sexual dela. Se a celebração do casamento for realizada por um Pastor alemão (o cachorro), estaremos lá para espalhar amor. 
EU NÃO COMPACTUO com intolerância religiosa, respeito às crenças que são usadas para o bem, e não para cometer crime, o que explica nestas horas porque eu seria incapaz de fazer magia negra,  e afins, porque além de tudo EU SOU VEGETARIANA (olha a ironia!)
EU ACREDITO EM UM DEUS DE AMOR. Acredito de verdade que Deus está em todos os lugares, e cada um escolhe sua maneira de tê-lo em seu coração. Cada um professa sua fé do seu jeito, desde que não invadindo o espaço do outro, impondo o que você acredita.
Eu não fico falando aos 4 ventos o que eu faço da minha fé. Eu tenho a minha. Em minha casa, no meu lar, com minhas gatas, do meu jeito, com todo amor que eu tenho de mim, por mim.
ME SENTI MUITO TRISTE. Porque o que eu entendi é que as pessoas me acham má. Espero que não sejam todas, claro, que pensem que eu realizo rituais bizarros para me manter magra, linda e rica (porque né? eu não preciso trabalhar, estudar, fazer dieta e cuidar da cabeça não).
Agora que estou mais calma (pasmem, eu pedi a Deus em oração por essa calma para escrever este texto), eu gostaria de te pedir para me respeitar. Respeitar a minha escolha, a escolha do meu irmão de fé, o irmão diferente, o irmão que não é você que perde seu preciso tempo rindo de mim, de nós. Estou aqui em defesa de minha história de vida. Cada um sabe de seu caminho e eu sei o quanto eu tive que me dedicar para ser quem eu sou e assim como você, ainda não estou satisfeita. 
Paremos que está feio. Muito feio. 
Eu te respeito. Me respeite. Falta pouco para o Natal, comece se observando. E se pergunte: o quê você está fazendo com a sua fé? E olhe para seu umbigo. Porque não é efetivamente isso que te torna melhor do que eu. 

Beijos de luz.  Não me interesso por nada do que é do outro. Se este outro for você que me julga, segue mais um beijo de luz em sua alma. Conte comigo. Estamos na vida para nos ajudarmos. 



terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Já se passaram 5 anos.

Era uma quarta-feira. Eu que há muito tempo vinha nervosa e cansada, fui chamada na sala da Chefe para uma conversa. 
"Olha Karla, se você não acabar seu casamento hoje, eu vou acabar ele por você".
Passei aquele dia de trabalho tentando achar uma maneira de acabar logo com àquela segunda tentativa. Não fazia nem um mês que a gente estava tentando de novo.
Fui para casa sem saber o quê fazer. Deitei na minha cama, só a luz do computador dele, enquanto ele saboreava seu doce cigarro. 
Abigail deitou em minha barriga. Ela nunca havia feito isso. E ficamos ali nós duas, um pouco mais de 30 minutos e o que se seguiu depois disso me vem à cabeça em diversos momentos da minha vida.
As palavras ditas, trocadas entre nós foram frias, sem um significado. Era para ser. O fim. Não teve briga, não teve pedido de perdão, ninguém errou. Era o fim declarado em silêncio. 
Até hoje me questiono insanamente se eu poderia ter tentado mais uma vez. E mais uma. Afinal o amor não é isso? Eu o amava, amava sim, embora as pessoas duvidem disso. Duvidei também, claro, afinal, eu havia decidido por fim à algo que era seguro. 
Existiam diversas diferenças irreconciliáveis. Mas 5 anos depois, muitos relacionamentos ruins de verdade, me vejo sozinha, divorciada, com duas gatas, um coração partido e sem esperança.
Já me perguntaram se haveria uma chance. Não há mais nada a ser feito. São anos de um hiato. De uma evolução individual que não supera uma rotina massante. 
Sei apenas que não há mágoa. Esperávamos por isso. A vida seguiu seu ritmo. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - Parte dramática: relacionamentos

Já começo minha retrospectiva com esse tema, que é pra começar sofrendo e terminar feliz. E não tem como dizer que este ano em termos amorosos foi bom. Não gente, ele foi uma bosta completa. 
Desculpa inclusive a palavra bosta, mas eu não posso usar expressão mais cabível dentro do que foi meu 2018 amorosamente. Tanto é que comecei a escrever e já comecei a chorar. 
Meu 2018 já começou com um chifre clássico com uma passista de escola de samba. No primeiro dia do ano! Sinal bom né? Oh, emocionante! Seguiu para o Carnaval e eu achando que ia ser pegação total com o boy, e virou um pesadelo. Era xingamento, era dedo no olho, lágrimas, desprezo e inclusive um cara meio que me ameaçando com uma arma enquanto o bonitinho encontrava-se ao toilet (me lembrem de contar isso depois, é hilário, juro!)
Volto do Carnaval, em plena quarta de cinzas já sabendo que levaria o maior fora da minha vida, que veio no dia 18 de fevereiro com ameaças de destruição da minha carreira de cerimonialista, pois segundo consta até hoje, eu sou uma louca. 
Entre lágrimas e algumas latas de cerveja para curar a dor em que me encontrava, me envolvi com um rapaz lindo que eu já conhecia, mas que nunca dava certo. 
Pausa para o momento dramático: muita gente se meteu nessa história, principalmente porque eu estava em um grupo de solteiros. Muita gente incentivando, muita gente contra, muita gente rindo... E uma em específico me aconselhando (mas já já conto o que deu isso).
No meio do vai ou não vai eu peguei outro boy, que eu até hoje não lembro o nome. E que veio a ser o estopim para o fim do meu relacionamento, com direito à aumento mas não invento da história (dizem que saí com esse cara e fui curtir a noite à doidado) 
E aí que este ano eu tive 2 relacionamentos fracassados. Um deles foi abusivo e o outro sem pé nem cabeça, porque além de tudo, ele passa e finge que não me conhece. 
Ao total neste meio termo eu fiquei com mais uns rapazes legais, mas que obviamente não estão neste momento em minha lista de prioridades.
Resumo: Sigo chateada com o boy abusivo. Sigo chateada com a moça que furou meu olho, me aconselhando e sendo minha "amiga" e me dando uma machadada na dignidade. Ela agiu com uma perfeição que eu juro que tenho até inveja. Tudo bem que ela é linda, mas se era a fim do cara, porque não falou? Por que dizer que ele não fazia o tipo dela? Sigo chateada com o rapaz, não somente por ainda não ter superado a questão toda, mas por ter me dito que ela não fazia o tipo dele e que não queria namorar e agora ele está namorando. Ok, ninguém manda ser anã e chata né? hahah O que me chateia agora é que um grupo inteiro mete o pau em mim, porque eu obviamente fui a única pessoa no mundo a pegar um boy estando a fim do outro, e tipo, em pleno século XXI vão me colocar em praça pública e vão me apedrejar (estou esperando por isso e volto aqui para contar como foi legal!)
Então, eu só posso afirmar que eu quero esquecer 2018. Foi o ano de chorar muito, de querer sumir, morrer, me cortar com faca de plástico, tomar AS infantil, essas coisas. Sério, nunca quis tanto na vida ser uma planta, ou um homem, porque neste mundo de meu Deus, ser homem é muito mais legal. 
Nunca me senti tão burra e tão abaixo da linha da beleza. Quando eu achava que ia arrasar, algo me mostrava que eu deveria ter desistido lá em 2016 disso de relacionamento. 
Tenho algumas contas para serem ajustadas, afinal, ninguém pode viver duas relações como eu vivi e seguir feliz, como se nada tivesse acontecido. Não sou um parque de diversões, onde os caras vem, depositam seus lixos em mim e vão embora. Não sou maluca. E estou extremamente cansada dos caras passarem por minha vida, dizerem que não querem namorar, aí quando vão embora, fazem o quê? Namoram. Sério, que destino mais troncho esse meu né? Namorar comigo ninguém pode, quer, faz questão, nada. Mas por um dia eu sirvo? Ah vão catar coquinho na padaria do seu Zé! 
Para 2019 eu não quero um amor mais não. Quero mesmo é muito trabalho, porque nem dançar eu posso mais, pois segundo consta eu sou vulgar e quando danço com alguém estou paquerando ele. Ou seja, não me convidem para festinha. Se me convidarem, não me chamem para dançar. Obrigada. De nada. 
A minha meta é tentar recuperar minha dignidade, minha alegria, meus sonhos, que de alguma forma foram depositados em questões totalmente erradas. Aprendi este ano que algumas pessoas nasceram uma para a outra, e ninguém nasceu para mim. Não consigo e nem quero mais dar inicio, meio e fim a nenhuma relação afetiva. Não quero mais ter pesadelos com palavras que me feriram, como por exemplo: você fede. 
Não estou amarga, nem estou triste, pelo menos não mais. Me sinto tão frustrada quanto ano passado e retrasado, mas não vou mais gastar energia me apaixonando. E é esse pedido que eu faço à Deus todos os dias em minha vida: eu não quero me apaixonar.
Por favor!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - Este ano vai ter sim!!!

Ao contrário do ano passado que eu não estava escrevendo devido à uma promessa, este ano eu resolvi fazer retrospectiva sim. E vai ter lamúria, reclamação, xingamento e dedo no olho. E tem amor também. Tem pessoas novas, embustes jogados fora, um ou dois porres, tem Carnaval, tem muitos sonhos realizados, muito beijo na boca (sqn), o coração partido 2 vezes seguidas; tem treta também, tem viagens, reencontro... Sério, acho que sou tipo JK: 50 anos em 5? No meu caso, pelo menos 3 em um, porque infelizmente na minha cabeça, apesar de tudo de bom, eu ainda estou em 2016. 
Vou separar por tópicos, porque são 12 meses insanos e se eu for relatar aqui tudo, eu realmente não terei nenhum leitor, afinal isto aqui é um blog, não um livro né? 
Mas vou começar a escrever somente na semana que vem. Venho aqui humildemente pedir meus queridos que me ajudem aí lendo meus textos, compartilhando, pedindo para alguns boys bonitos virem aqui e comentarem, me adicionarem no face, insta. 
De antemão, muito obrigada pelo carinho. Voltei ao trabalho ontem e sério, muito amor gente! Nem sabia que era tão amada assim. 

Até semana que vem! 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Ninguém é o mesmo de um ano atrás. Se for, está com defeito.

E com esta frase retomo minha rotina, mesmo de férias, de escrever aqui, no meu cantinho, onde me sinto bem, realizada e onde compartilho com alguns leitores pensamentos e sonhos.
Esta frase me faz lembrar que em 02 de novembro de 2017 eu começava a moldar a mulher que sou hoje. Uma pena que não mais uma pessoa realmente feliz. 
Eu tenho absoluta certeza que naquele dia eu deixava para trás toda confiança, que já não era muita, em mim, como ser humano e como mulher.
Até então eu acreditava no meu poder, de sedução e de convencimento. Quando voltei daquela viagem para Goiânia eu tinha absoluta certeza que algo havia mudado e eu sentia que não era para melhor. 
De ali em diante eu passei a duvidar de mim de todas as formas, mas principalmente, nasceu uma mulher muito mais desconfiada do meu sorriso, do meu jeito. Passei a ter vergonha de quem eu havia construído a duras penas. 
Lógico que dia após dia, com muita oração e lágrimas, eu venho caminhando e tentando entre milhares de pensamentos estranhos, me manter sóbria, íntegra e humilde. Tento em muitas conversas com Deus não colocar a culpa em ninguém, muito menos naquele que com algumas frases muito pesadas mudou o meu pequeno mundo. Não posso dar a função da minha tristeza a ninguém, porque cada um tem seu destino e sei que Deus utiliza de momentos, ações e palavras para nos mostrar o que precisa ser mudado.
E eu sei que de um ano para cá, eu tentei retomar àquela pessoa extremamente para cima, alegre e dançarina, mas não deu certo. Infelizmente ainda apareceram algumas pessoas muito queridas que compartilharam seus pensamentos ao meu respeito e que me fizeram dar uma repensada em como eu preciso mudar. 
Não sou mais uma adolescente, Não tenho mais tempo para baladas, festas, bebidas e relacionamentos passageiros. Aprendi em um ano, que eu preciso me valorizar, me recriar e principalmente me manter mais reclusa. 
Tanto é que mesmo em férias e com todo tempo do mundo, estou preferindo programas muito mais leves, com pessoas mais leves, que sim, me dizem que sou linda, divertida e muito mais coisas legais, mas a Karla que eu era, ano passado e há muitos anos, ficou para trás e o que é preciso neste momento é encarar isso com gratidão.
E é isso. Eu agradeço a Deus, mesmo, por ter me deixado atravessar este caminho cheio de pedras, onde eu colhi uma a uma e recriei meu caminho. Hoje, apesar de ainda chorar e me lamuriar em alguns momentos, tenho certeza que vou conseguir me adaptar à essa mulher que estou me tornando, 
Repense. Se você é a mesma pessoa de 2017, por favor, não entre 2019 da mesma maneira. 

Se pudesse enviar uma mensagem para si mesmo quando mais jovem, o que escreveria?

Querida Karla,
Sua vida será, como a maioria das vidas na Terra, um desafio diário.
Você será traída, trairá, vai chorar, vai sofrer consequências, vai perder, vai sofrer, suas dores e a dos outros, vai querer morrer, matar, vai duvidar de Deus e do mundo, vai xingar a cada pancada, a cada soco, a cada humilhação.
Terão dias muito ruins mesmo. Dias de raiva, ira, ódio, desprezo, nojo. Dias onde você vai querer fugir, desaparecer, fazer greve de fome e se esconder. 
Algumas vezes, aliás muitas vezes, você vai engolir o choro, as palavras e o ego. Vai se deparar com pessoas, muitas pessoas, que vão duvidar de você, vão rir de você, vão te machucar, te maltratar, te tratar como lixo. Vão te fazer se sentir feia, mau humorada, louca e ingrata. 
Mas em compensação, você se sentirá amada, querida e desejada por muitas pessoas legais também. Pessoas que vão te estender a mão e te darão muitos votos de confiança. Você vai estudar e se formar em algo que amará. Vai sempre ter um emprego digno, em um ambiente maravilhoso, com pessoas incríveis. 
Vai conhecer países lindos, falar idiomas, ser magra, ter tatuagens e morar sozinha, não era isso que tanto queria?
E vai ser feliz em vários momentos. Porque você vai entender que a felicidade ela é como uma chuva: vem e vai. Assim como a tristeza, a derrota, a dor e o desprezo.
Entenda que a vida é uma verdadeira Golden Eye, uma roda gigante, gigante mesmo, e um dia você estará lá em cima, muitas e muitas vezes, mas é importante estar lá embaixo também, porque a vida é um ciclo, uma cachoeira, recicla, demanda e enlouquece. Mas também, cura, agradece e dá forças.
A vida é o que há de ser. Só por favor, nunca perca a fé. Se não for em você, que seja no que você poderá ser se mantendo em equilíbrio e muita, muita humildade.
Você será humilde e é isso, no erro e no acerto, que vai te levar a onde desejar. Não deixe de desejar, nem de sonhar, nem de acreditar, nem de realizar, nem de dar sem esperar em troca, nem abraçar, beijar e sim, acreditar que só o amor, em vários níveis, é o que realmente importa. 
Só o amor cura. Acredite! 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Faça uma pergunta para mim - com respostas

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Já rolei com esta brincadeira em todas as redes sociais possíveis e decidi finalmente responder logo, cansei de esperar pelos curiosos. 

1) Águas Claras, Brasília-DF
2) Divorciada plus encalhada 
3) Cris - Curica 
4) Amarelo
5) Voltar à Moscou
6) Qualquer uma da Ivete Sangalo
7) Ficar desempregada
8) Tenho um carinho especial pelo Chico
9) No momento tenho um, mas enfim, não se pode ter tudo nesta vida
10) Ficar desempregada e nunca mais casar haha
11) Caótico
12) Detesto
13) Bruno Quinhones
14) Lado a Lado com Julia Roberts e Susan Sarandon 
15) Egoísmo
16) A cada um que me perguntou falei a verdade
17) 02 - número do dia da minha adoção 
18) 34
19) Flamengo 
20) Nem pensar
21) Em minhas contas tive algumas boas paixões e algumas devastadoras 
22) Sou egoísta, ciumenta e reclamona.
      Sou leal, carinhosa e trabalhadeira 
23) Veronika decide Morrer de Paulo Coelho 
24) No elevador - sempre é 
25) Tenho medo de barata; Só durmo com a TV ligada; Odeio cozinhar; Amo dançar e só bebo água com gás em casa.
26) Luxúria. 
27) Macarrão
28) 05 de dezembro de 1991
29) 1,55
30) Vida de Inseto
31) Quem me perguntou ouviu que provavelmente. A verdade que estou com preguiça até disso
32) Não. Mas não vejo isso como algo ruim, acho que a felicidade nunca é completa e é momentânea
33) Meu ex marido
34) Cerveja
35) Graças a Deus quem me perguntou ouviu que não, porque sofrimento é opcional e para mim sofrer é passar fome
36) Só uma pessoa me perguntou isso e eu disse não poque não há vejo há anos, mas eu amo quase todo mundo
37) Seja gentil, trabalhe duro e dê graças - mensagem tatuada na minha perna 
38) Minha cama
39) Algumas pessoas me perguntaram isso e a resposta foi sim, porque são pessoas que eu ficaria mesmo, mas a vida é isso, não dá para pegar geral né? hahaha
40) As pessoas que me perguntaram isso eu respondi numa boa e a verdade. Agora eu respondo o que eu sou para mim mesma e a resposta é: eu preciso me aceitar mais e para de me sabotar. Eu não sou uma pessoa ruim, mas eu ainda tenho muitas mágoas e isso me impede de caminhar com um pouco mais de carinho com a vida. 


É isso. Agora todo mundo sabe quem eu sou. Fim. Beijos!

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

A sua relação comigo é positiva ou negativa?

Ontem fiz a enquete de terça no insta para ter inspiração para o texto de hoje. 
E a pergunta foi: A sua relação comigo é positiva ou negativa?
Até o momento as respostas tem sido positiva, graças a Deus. Tem gente que diz positivérrima, positiva demais, e por aí vai. 
E aí lógico, o objetivo disso é fazer uma auto reflexão para principalmente ajudar outras pessoas que assim como eu tem uma auto estima estilhaçada por relações pessoais com gente que eu costumo chamar de insensíveis. 
Em 2015 mais ou menos, eu tinha uma "amiga", que olha, frequentava minha casa, saíamos juntas, ela já cuidou de mim em um porre intenso que tomei logo após me divorciar, enfim, essas coisas legais da vida. Eu tinha muito apreço e carinho à presença dela em minha vida. Chegamos até a viajar juntas, pasmem. Não sei efetivamente o quê houve, mas em um determinado dia, percebendo o distanciamento enviei uma mensagem perguntando se era isso mesmo ou eu estava louca. 
Ela me disse uma coisa que me abalou profundamente: você é uma pessoa ruim. Uma pessoa pesada. 
Assim, sem meio termo. Disse que ia se afastar porque não queria uma pessoa como eu na vida dela. Fim. 
Eu já tinha ouvido isso quando me divorciei. E ouvi isso no tal relacionamento abusivo que vivi até o Carnaval de 2018.
E aí minha gente eu fico pensando: é isso mesmo? Porque eu não tenho medo nenhum de assumir meus defeitos. Assim como todos os seres humanos da Terra, tirando eu acho Madre Teresa de Calcutá, eu erro, eu erro rude várias vezes e tenho milhares de defeitos bem ridículos, agora que eu sou uma pessoa ruim e pesada? Não consigo ver isso como algo verdadeiro. E apesar de me achar um monte de coisas negativas, eu aprendi ao longo da minha vida que ruim e pesada eu não sou. 
E tento, no meio de todos os meus problemas lá do coração e da mente, não canalizar estas duas informações, porque eu já carrego determinados fardos que talvez nem fossem necessários. 
Nunca respondi à altura à estes comentários. Sempre perdoei, ou pelo menos tento não me lembrar. Mas acho importante dividir com vocês este sentimento, principalmente para quem hoje acordou como eu, com uma sensação de inutilidade. Graças a Deus eu estou conseguindo viver melhor, com um pouco mais de confiança em mim, mesmo ainda, lembrando diariamente de algumas coisas que ao longo de minha vida me incomodam. 
Mas a gente está neste mundo para tentar. Então nunca, jamais, nem eu, nem você podemos desistir de fazer o bem, de transmitir confiança, segurança, coragem, fé. Tenho muitos dias em que quero mandar muita gente comer capim, mas eu sempre olho para tudo que passei e penso que enquanto uns me acham pesada e me acham negativa, que é um direito da pessoa também, não preciso agradar à todos, tem muita gente, mas muita mesmo que me agradece de uma forma que eu nem sei se mereço.
Desejo que hoje, e principalmente no domingo, que é dia de votar, que seu coração esteja bem alegre e positivo. E que ao longo de todo e qualquer problema que enfrentemos, a gente nunca lembre de quem não gosta da gente.


Se tem algum tema que queira que eu comente, alguma ideia, desabafo, qualquer coisa, fale comigo no karla13550@gmail.com

Vamos nos dar as mãos gente! A vida anda muito cruel.

Beijos de luz! 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Eu quase desisti

Ontem no meu instagram eu pedi para meus seguidores comentarem uma palavra que me definisse. As palavras foram as mais doces possíveis e isso, diante da crise interna que vivo desde novembro do ano passado, me deu uma alegria imensa. 
Entre as palavras eu li: Determinada (3 vezes), Simpatia, Gracinha, Gata, Confidente, Forte, Batalhadora, Animada, Parceira, Inspiradora, Maravilhosa... Agradeço, claro, todas estas palavras especiais de pessoas que me são especiais.
Fiz esta enquete não para elevar meu ego, mas porque esta semana celebra-se o Dia do Profissional de Secretariado Executivo e eu me atentei ao detalhe de que em 2005, na semana do Secretariado, eu consegui uma vaga de estágio em um escritório de Consultoria, que foi até hoje um de meus maiores pesadelos profissionais e também, um de meus maiores aprendizados. 
Ao contrário das palavras fofas que me disseram no insta, neste escritório eu tive um chefe que me chamava de burra quando me pedia para explicar algo e dizia: pode parar porque não consigo entender seu raciocínio... ou a falta dele. Questionava tudo que eu fazia, inclusive o fato de eu tratar bem a faxineira. 
Quando ele me demitiu, ele traçou meu caminho profissional, sem saber. Ele me disse que eu deveria mudar de profissão, embora ele não conseguisse visualizar para quê eu servia. Que meu mundo era muito cor de rosa e que eu deveria aprender a tratar as pessoas não como amiga de infância. Quando ele terminou a série de elogios, ele me perguntou se eu tinha alguma dúvida ao que eu disse que eu tinha uma pergunta: o senhor tem dois filhos adolescentes não é? Sim, por que?. Porque seria irônico eu virar chefe de um deles não é mesmo?. Não Karla, isso jamais irá acontecer.
Eu estava em meu terceiro semestre. Já tinha passado por uma dúvida cruel sobre seguir ou não a faculdade que eu realmente não sabia se era o quê eu queria. Mas ai, naquela demissão, eu entendi que eu era sim capaz. Tanto que ele me demitiu e eu consegui um estágio no STJ, no GDF e de lá minha trajetória foi evoluindo tanto que olha só que engraçado, sou Secretária Executiva há 13 anos e hoje atuo no Ministério da Justiça. 
Este texto é para você que assim como eu já tive dúvidas, tem dúvidas neste momento da vida, seja profissional, seja pessoal. Vou te contar um segredo: a gente tem que acreditar. Se for necessário recomeçar, reativar sonhos, planos, parar no meio do caminho, gritar com a dor, dormir dois dias, sei lá. Se tiver que fazer algo para que se sinta bem, faça. Mas não desista.
Depois deste estágio eu nunca mais quis desistir de ser Secretária. Pelo contrário, aquela demissão foi o trampolim que me direcionou para a minha maior paixão que é o servir, a entrega diária e a capacidade de entender que eu não estou nesta vida em vão. 
Quanto ao meu chefe, me deu vontade de ligar para ele no dia em que me formei e dizer que olha só, as pessoas entenderam tanto a minha falta de raciocínio que estou me formando na profissão que você disse que não era para mim. 
Mas ah, eu tenho preguiça de vingança. A vida cuida de tudo e eu tenho certeza que nada é em vão. Nem para mim, nem para você.

Se tiver alguma dúvida ou tema que gostaria que eu escrevesse, por favor entre em contato no e-mail: karla13550@gmail.com

O Bolshaia está aqui para servir. 

Beijos de luz!  

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Deus nos livre, mas quem nos dera!

Deus nos livre viver um amor desses ruins, que nos arrasam a alma, a fé, dão gastrite e depressão. 
Deus nos livre de alguém que não liga, nem antes, nem durante e nem depois. Que não sabe nossa música favorita. O número do celular e se gostamos ou não de sucrilhos com iogurte.
Deus nos livre de gente que trai, deprecia, arranca as vísceras, nos coloca em uma caixa, sufoca e abandona. 
Deus nos livre de implorar amor, atenção, carinho, cheiro no cangote, mensagens fofas pela manhã, beijo de boa noite com carinha feliz e um você precisa de algo?

Deus nos livre da falta de querer, desejar, sonhar, apaixonar, admirar, respeitar e morder a ponta da orelha.
Deus nos livre de hipocrisia, traição, pancada na alma e no coração.
Deus nos livre de falta de rotina gostosa, com cinema, aniversário de criança, clube em dia nublado e rede em dias de sol. 
Deus nos livre de ter vergonha de andar de mãos dadas, de declarar no facebook, instagram, na rádio da cidade ou no carro de som.

Quem nos dera, comer onde ama com a pessoa que ama. Tomar cerveja, vinho, cachaça ou refrigerante no pé sujo ao lado de casa comendo pastel de queijo e planejando o fim de semana daqui a duas semanas. 
Quem nos dera não ter medo, insegurança, ciúme, vontade de sumir, de dizer que não quer, querendo.
Quem nos dera não ter medo de declarar, de entregar o coração, a chave do carro, da casa, da vida.
Quem nos dera conhecer o sogro, a sogra, a família, viajar no fim de ano, todos os anos.

Quem nos dera ter na mesma pessoa, amor, companheirismo, amizade, lealdade, fidelidade e conchinha na hora do desespero. 
Quem nos dera ouvir uma música, lembrar, enviar um whatsapp e dizer que lembrou dela, sem que a pessoa leia e não responda, mesmo podendo responder. 
Quem nos dera ver um monte de mensagem massa na internet, enviar, a pessoa ler e dizer algo, dizer: adorei.
Quem nos dera elogiar, receber um elogio em troca, com um beijo e massagem nos pés.
Quem nos dera sobreviver à rotina, à dor, ao descaso, às lágrimas, às diferenças musicais, de sabor, de textura com um aperto na bochecha e de mãos dadas caminhar.

Caminhar juntos, pés entrelaçados em um domingo de chuva. Planejar a compra do tapete estampado de zebra, a colcha verde musgo e a comida do ramster. Caminhar juntos, definindo as coisas independente se é namoro, casamento, churrasco ou sushi.

Deus nos livre do pouco amor. Quem nos dera amar sem medida.

E você? Deus me livre ou Quem me dera? 



terça-feira, 4 de setembro de 2018

08 de setembro de 2008

Este ano de 2018 eu comemoro além da minha formatura, a minha saída de casa, há também 10 anos. 
Me formei no dia 26 de agosto e no mesmo dia, logo após a comemoração familiar, porque eu não quis fazer festa de formatura, eu comuniquei aos meus pais que havia decidido há mais de uma semana que sairia de casa. 
Na época foi muito tenso tudo né? Saí para dividir um apartamento com uma amiga que tinha um gato que me odiava. E para a família, foi algo diferente do planejado, afinal todo mundo lá em casa saiu de casa para casar e formar família. Mas como eu sempre fui rebelde mesmo, as vezes sem nenhuma causa, a decisão foi pensada, repensada e analisada durante mais de um ano, até ter a oportunidade. 
Eu ganhava pouco, e dividir a vida com alguém que não seja seus pais foi bem intenso para mim, mas sou muito grata à minha amiga Elisabeth pela oportunidade que ela me deu, me acolhendo em sua casa e em seu coração.
Sair de casa foi de fato muito transformador e olhando para trás foi algo que valeu a pena. Muito a pena. A minha vida nestes 10 anos foi vivida de forma muito intensa e eu aprendi pra caramba. 
Imaginem que em 10 anos eu:
- Trabalhei na Embaixada do Peru, ANTAQ e agora estou aqui no Ministério;
- Fiz uma Pós;
- Casei e me divorciei;
- Mudei de casa 4 vezes;
- Morei em Águas Claras - Asa Norte - Águas Claras (atualmente);
- Tive mais de 10 tipos de corte de cabelo e cores então, infinitas. Só loira é a 4ª vez que sou;
- Já tive um Brechó;
- Já dei palestra (saudade);
- Fui pro Rio 3 vezes, Florianópolis, Praia dos Carneiros, São Paulo, Gramado, Porto Alegre e Belém;
- Fui Voluntária na Copa das Confederações e na Copa do Mundo;
- Estudei francês, dei aula de russo, inglês e espanhol;
- Fiz amigos massa, e também já desfiz muitas amizades;
- Já tive depressão tantas vezes que nem conto mais;
- Tive uma crise de ansiedade que me deu um problema no rim bizarro;
- Já namorei, fiquei, fui em festas muito legais, bebi muito e infelizmente já até perdi uma prova de concurso por causa disso;
- Fiz outros concursos, sóbria, amém;
- Realizei meu sonho de aparecer na TV Globo (ainda à disposição) e realizei meu sonho de ir ao Carnaval de Salvador;
- Fui à alguns shows, mas o memorável foi o da Beyonce em SP;
- Já realizei mais de 175 casamentos e eventos perfeitos;
- Fiz 12 tatuagens;
- Tirei minha carteira de habilitação;
Eu ficaria escrevendo horas, uma lista infinita de coisas muito boas que vivi desde que saí de casa. Situações que me fizeram chorar, querer morrer, sumir do mapa, mas que forma importantes também para que eu pudesse caminhar com mais humildade e sabedoria. Acertei, errei muito, tomei decisões esquisitas; já fui chamada de alguns nomes que me fizeram cair em um depressão séria; vivi uma relação abusiva (para mim a pior parte até o momento), mas estou aqui.
As pessoas sempre me perguntam se eu não me arrependo, principalmente quem tem essa vontade de morar sozinho. Sempre me perguntam se eu não pensei em desistir em algum momento e pedir para voltar para casa e eu digo sempre a verdade: eu me arrependo de poucas coisas em minha vida e sair de casa não é uma destas coisas. Foi dolorido no começo, magoei meus pais, meus irmãos, causei desconforto e dúvidas, mas não me arrependo nunca. Inclusive acontece de vez ou outra meus pais comentarem de minha volta, porque eu sei que 10 anos depois eles ainda sentem falta e meu quarto segue lá me esperando. Quando me separei, papai perguntou se eu não queria voltar. Comentei que na época da minha saída ele me disse que era definitivo. A resposta: falei da boca para fora. Na verdade eu estava te desafiando. E você venceu.
E é assim que eu me sinto hoje. Uma vitoriosa em pleno amadurecimento. Aprendi que nunca é tarde para me reinventar e eu farei isso quantas vezes for necessários. Exatamente como no dia 08 de setembro de 2008.
Agradeço a Deus por cada etapa vencida. Agradeço aos meus pais por terem confiado em mim. Minha família por ter me aconselhado, me ouvido e me guiado. Meus amigos e parceiros de vida que estão comigo ainda hoje e à todos que passaram por ela e me deram carinho, amor, conselhos, broncas, brigas e até mesmo ódio. Cada pessoa, cada hora, cada etapa de minha vida eu venci com a ajuda de pessoas enviadas por Deus para me tornar um ser que apesar dos pesares é feliz!
Que Deus abençoe vocês.
E me abençoe para que eu siga dando conta: dando conta de pagar as contas, realizar sonhos, cuidar da saúde, me divertir, ajudar ao próximo, estudar, dar aula, realizar casamentos e trabalhar. E seguir amando, criando, elaborando, lutando e sorrindo. Pelo tempo que for necessário.
Obrigada meu querido Deus por ter me permitido viver estes 10 anos conforme à sua vontade. 


terça-feira, 28 de agosto de 2018


http://www.marcelabrito.com/2018/08/como-nascem-as-estrelas/


Era uma vez uma menina, que aos 5 anos de idade disse que seria Jornalista. Não médica, mas Jornalista. Tagarelava e até tinha seu próprio jornal...
Quase 30 anos depois, estou aqui, colhendo os frutos de uma profissão que me escolheu. Hoje, sendo Secretária Executiva, eu só posso agradecer a Deus por tudo. Nenhum arrependimento e nenhuma mágoa. Por aqui, apesar de qualquer dificuldade, só tenho gratidão por toda caminhada. 
Obrigada Marcela Brito, pela oportunidade de estar no hall de escritores e profissionais do Secretariado em seu blog, em sua vida. Obrigada pelo imenso espaço dado ao que considero minha respiração: o secretariado executivo.
E à você que desde 2005 está em minha vida profissional, meu sincero obrigada por não desistir de mim.
Ao futuro? Coração aberto para aprendizado, amor e resultados positivos.
Um beijo com um carinho imenso por existir!

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A gente pensa em desistir, mas segue firme...

Hoje eu comecei a semana descansada, mas em 5 minutos já  rola uma vontade de voltar para o útero da mamãe. Sério! quem inventou essa coisa toda de que ser adulto é massa?
A gente só quer não fazer, não decidir, não se responsabilizar, não se entregar, não se apaixonar, não se priorizar... Se esconder. Delegar para uma sósia as funções básicas. Procurar ajuda de um super poder que nunca existirá.
A gente pensa em desistir e não vamos ser hipócritas. Todos nós queremos apenas desistir. Porque dá trabalho demais. Viver.
Estou com essa preguiça há um tempo. Preguiça de discutir. De renovar. De restabelecer conexões. De responder mensagens. Pensamentos. De corresponder: raiva, amor ou inveja. De ligar. De recomeçar. De dar um gelo, um congelador, um iceberg. De reatar sentimentos adormecidos. De olhar para dentro, para fora, para o lado. De comprar, roubar, dar presente e passado. De me atentar aos fatos, aos relógios e aos choros da janela ao lado. De ouvir os vizinhos, os papagaios e o oceano. De pegar pela mão, pelo pé, pelo celular. 
A gente quer desistir porque é muito chato orar, rezar, gritar, colocar uma placa gigante de S.O.S e as pessoas esperarem a mensagem no facebook para entender que você quer desistir porque insistir dá gastrite. Porque eu aprendi ao torcer meu pé em uma noite fria de fevereiro, que é mais fácil desistir do que esperar que o outro seja legal, humano e esperto. 
Porque o outro nunca será metade do que você quer que ele seja. Deseja e luta. Ou você desiste ou irá desistir de si mesmo. Não adianta. A gente pensa em desistir.
Mas segue firme, porque os boletos estão ali na mesa de cabeceira e os problemas na chave do carro. A angústia está presente nos muitos copos de água que bebemos ao longo do dia. O medo está em cada sorriso que damos ou recebemos nas esquinas das ruas lotadas. E a vontade de gritar um palavrão gigante está bem ali na portaria do seu prédio. 
Mas sabe? Não vamos desistir não tá? Eu e você. Mentalmente. Vamos seguir, suspirando profundamente. Contando até 150 mil por segundo. Vamos seguir realizando, executando, elaborando, respondendo, criando, desculpando, rezando, comendo e amando. Vamos seguir firmes nos propósitos, nos consolos, nos conselhos e nas amarguras do sobe e desce do elevador. Jamais vamos desistir de mim, de você, da criança e do cavalo. Do engasgo da dor, e do sorriso que vem, quando nada mais é capaz de te desvencilhar do caminho.
O caminho, que será este. Fim.
Não desista. 
Eu não vou desistir. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Quizz

Agosto está tão atípico que merece um registro no blog. Já estamos na metade do mês e tem chovido na cidade, o que sugere que os fins dos tempos se aproximam cautelosamente.
E eu sigo divagando aleatoriamente porque nem só de assunto sério eu vivo, aliás ando com preguiça de temas que provoquem discussão, acho que é mais pela vergonha alheia que andamos vivendo ultimamente.
Mas vamos responder um quizz. Ah gente eu adoro essas baboseiras do Facebook.

A imagem pode conter: texto
1) Olha, do último embuste com quem fiquei 7 meses? Não. Nenhuma. Aliás ele é o único ex que se tornou qualquer coisa para mim.
2) A opção usar drogas é bem pesada, porque bebida e cigarro são drogas também né? Então, sim, eu uso hahah
3) Meu maior medo é de ficar desempregada. Sério, todo dia eu peço a Deus que mantenha onde estou ou no máximo me leve para um lugar melhor, se existir. 
4) Eu adoro um monte de músicas, escolher uma seria desrespeito com tanta que eu escuto. Das músicas atuais eu realmente tenho focado só em dançar, mas das antigas gosto muito de Canta na voz de Zé Geraldo. 
5) Próxima
6) Eu gosto de gente humilde, sem frescura, sem preconceito, sem rabujo. Que senta no chão com a mesma desenvoltura que senta em um restaurante chique, que ri de si e ajuda ao próximo. 
7) Não gosto de pessoas que comem ovo e arrotam caviar. Que acham que diploma define, que carro do ano define e que caráter está no que se tem e não no que se é. 
8) Meu crush no momento é o Gabriel Leone hahaha
9) Me fizeram esta pergunta no Facebook e eu respondi que sim, por quê não? A verdade é que eu estou namorando, graças a Deus, então se for uma saída tipo um encontro, obrigada, eu passo.
10) Alguém me fez esta pergunta e eu respondi que sim, imagina, eu odeio poucas pessoas na vida e até citaria os nomes, mas nenhuma delas frequenta minha vida atualmente. 
11) Se um de meus ex namorados me fizesse esta pergunta, provavelmente ouvia umas verdades. 
12) Uma pessoa me fez esta pergunta e eu respondi algo fofo. Provavelmente eu tenho uma grande parcela de pessoas muito boas que conviveram ou convivem comigo. Graças a Deus apesar de muita gente chata, eu tenho muitos anjos que me ajudam a ser uma pessoa melhor. Se é que é possível, Sacanagem =)

Pronto, mais um quizz que eu respondo aqui no blog, porque sou dessas que gostam de ler tudo que escreve. Sou extremamente narcicista mesmo.

Beijos de luz gente! 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Registrando aqui, depois do texto que escrevi pela manhã, que há 08 anos o sentimento era o mesmo:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Negue


Negue seu amor, o seu carinho

Diga que você já me esqueceu

Pise, machucando com jeitinho

Este coração que ainda é seu


Diga que meu pranto é covardia

Mas não se esqueça

Que você foi meu um dia


Diga que já não me quer

Negue que me pertenceu

Que eu mostro a boca molhada

Ainda marcada pelo beijo seu



Composição: Adelino Moreira/Enzo de Almeida Passos

Eu escutava esta música em minha infância, e imaginava desde então, quão difícil seriam os relacionamentos amorosos, quando um dia eu ficasse adulta.
Sempre imaginei que meu coração, raramente ou talvez nunca, pudesse ser preenchido por amores brutos. E claramente, sofria antecipadamente, enquanto olhava o mundo ao meu redor e recriava imagens de um passado ainda tão infantil.
Me tornei adulta e me reinventei, enquanto as idas e vindas aconteciam, e eu apenas precisava viver o dia de cada vez.
Enquanto o verdadeiro calor humano, não aquece meu ser, minha alma se encontra meditando e procurando novos rumos embaçados pelas lágrimas de meu coração extremamente maltratado pelas pedras e espinhos de minhas impuras decisões.

Gratidão e superação

Ontem foi uma noite muito doida!! Sério, das 20 às 22 eu vivi alegria e tristeza; orgulho e vergonha; amor e ódio.
A começar, fechei um contrato muito especial para o fim de ano, com um casal inspiração. Uma brasileira com um alemão, uma sintonia muito deles, muito fofa, muito linda. Saí emocionada ao ver que o amor existe e que o evento deles será voltado principalmente para a leveza. Como dissemos ontem: não é uma festa, é uma celebração do amor. 
Profissionalmente é mais um momento muito importante para mim, que levo o meu hobby de casamentos muito à sério. Lembro de quando fazer o curso, não imaginar que estaria aqui hoje, não só fechando contrato, mas realizando o amor, em sua forma mais sincera. 
Saí da casa deles emocionada mesmo. 
E aí veio a parte onde eu me senti para baixo, pois Deus em sua bondade, me fez encontrar a única pessoa no mundo que eu não gostaria de ter encontrado, embora soubesse da possibilidade, pela proximidade do prédio do casal com o desta pessoa.
E foi uma situação onde eu perdi o senso. Perdi as estribeiras, como dizem por aí. Perdi o respeito por mim. Me perdi. 
Não me arrependo de ter dito o que falei. Era minha chance. Afinal de contas, com todo o meu sangue frio e desprezo pela pessoa, não aceito as coisas como aconteceram, simplesmente porque se me faltam com respeito, principalmente ao meu coração, esta pessoa tem que saber o que fez de errado. 
Foi errado, percebi isso quando o cara me sai rindo. O que eu esperava né? O que ele fez comigo, não o atingiu. E é isso que eu preciso aceitar. É isso que Deus me reservou e eu vou receber e vou superar. Vou superar não pela pessoa, mas pela situação em que eu me coloquei, enquanto tanto ele quanto muitas outras pessoas se divertem com o que eu sinto neste momento. 
Estou comentando isso aqui, como sempre, para exemplificar para qualquer pessoa que esteja passando por alguma dificuldade sentimental, de que a gente precisa ser o mais forte possível. Que ainda que choremos, sintamos o amor de Deus por nós e não desistamos da vida, do sorriso sincero que outra pessoa nos dá, um abraço fraterno, a amizade. 
Bem provável que eu tenha estragado algumas coisas depois de ontem. Mas eu preciso ser forte, como em todas as outras vezes. E a quem me fez mal, sobretudo ontem, envio um abraço de luz. Por aqui não há ódio de verdade não. Tudo vai ficar bem. 
Para mim e para vocês! 

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Mais da metade do ano se foi....

Entramos em agosto, o mês que tem 365 dias e que me traz doces lembranças. Neste mês, há 10 anos, colei grau e há 7 me casava. Apesar de ser divorciada, lembro do dia do meu casamento com muito carinho. 
E não tem jeito, termina um mês e a gente faz uma reflexão do que passou e eu me deparo com o fato de que já estamos quase no fim do ano. E obviamente acontece o questionamento pessoal sobre o quê eu realmente estou fazendo de minha vida neste 2018.
Eu particularmente estou vivendo para pagar boletos. E aguardando ansiosa minhas férias, espero eu em novembro. Mas também não estou me punindo por isso não. Continuo realizando minhas tarefas com amor, trabalhando com dedicação, mas não fiz muitos planos para este ano, então ele tem sido conforme eu esperei: nada novo, nada extraordinário, mas também não tenho do que reclamar. 
Eu sou muito prática, e aprendi que cada dia é um novo dia para fazer o que podemos da melhor maneira. Parei de me cobrar sucesso, riqueza e um grande amor. Isso é consequência de um coração tranquilo, então estou focada nisso: manter minha mente mais leve e minha coragem em dia.
Estou feliz por estar me relacionando com uma pessoa ótima, depois de todo sofrimento causado pelo término devastador do meu pseudo romance. Estou lendo bastante. Acompanhando a felicidade de muitos casais em meus eventos, fechando parcerias. Até o momento 2018 está de boinhas, como eu costumo dizer. Sobrevivi ao inverno. Mudei a cor do cabelo.
Em resumo: estou satisfeita. Estou tranquila. Estou me recuperando da dor, e mesmo que amanhã ela apareça para me perturbar, eu aprendi na marra que nem todo dia é dia de ser feliz e que na tristeza também é possível construir pontes e sonhos. 
Que seu ano de agosto, hahaha, seja de produção, de sorrisos e muitos abraços calorosos em meio à taças de vinho e maratona de netflix. E que nada, nada mesmo rouba sua paz. O que eu desejo para mim, desejo para você.
Bom ano! 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Quando é preciso acreditar em si

Há um ano eu conheceria uma pessoa que mudaria para sempre a relação que eu tenho comigo mesma. E que me fez entender o que é atravessar uma fase de abusos psicológicos severos, que transformaram meu coração. 
E eu entendi quando tudo chegou ao fim 7 meses depois, que não é preciso levar um tapa para que você se sinta a pior pessoa do universo e que eu deveria imediatamente parar de julgar as mulheres quando elas não conseguem sair de um relacionamento abusivo.
A gente demora a entender que uma palavra, mesmo dita em tom de brincadeira ou enquanto se está bêbado, são palavras que ferem e que te derrubam. Eu me vi até pouco tempo atrás em um buraco. Eu uso esta expressão, porque eu sinto que eu fui ao fundo do poço. 
E a gente demora mais ainda a entender que o erro não é seu por se apaixonar. Por ser intensa, palavra aliás que eu peguei um tremendo ranço. Porque ser intensa e sonhadora foram duas atitudes que não me fizeram perceber que quando ele dizia o quê dizia, ele não estava me elogiando, ele estava cavando minha cova para o gran finale.
Foram 7 meses agradáveis quando estava tudo bem, mas de extrema falta de respeito quando acontecia alguma comparação ou alguma crítica construtiva. 
De fevereiro para cá eu venho tentando resgatar àquela Karla para cima, alto astral, animada, feliz, contagiante. Mas é muito mais fácil e seguro acreditar no que ouvi, porque a gente se fecha e se mantem distante de cair ainda mais no abismo dos sentimentos mundanos, como amor e paixão.
Mas tem sido bom neste momento estar me relacionando com outra pessoa. Aceitei em partes que eu não sou tudo de ruim que ouvi. Estou entendendo através desta pessoa que me esperou por algum tempo, que eu não sou feia, não sou frígida, não sou burra, não sou um bicho de sete cabeças. Estou voltando a ser mais animada, a me soltar mais. Ainda tenho dias muito ruins, onde sonho com alguns episódios de muita humilhação e estresse. Ainda me é vivo na memória cada palavra de extremo mau gosto que me custaram a paz e auto confiança.
E eu só queria dizer à você que está passando por situações de abuso, que por menor que ela seja, ele não vai mudar. Ele vai te trocar por alguém que ele julgue melhor, depois de te destruir a auto estima e isso você não pode deixar. Eu não deveria ter deixado, porque eu me julgava imune. Eu achava que era muito dona de mim que se algo não estivesse bom eu ia lá e terminava. Mas nenhuma mulher, por mais instruída que ela seja, está imune de cair na tentação de se sabotar, de acreditar que o outro é tão especial que nada do que ele diga ou faça é errado. 
Lembre-se: se ele não cuidar de você, te ignorar, tiver vergonha de pegar na sua mão e desligar o celular, já são leves sinais de que você nunca terá chance de ser feliz com ele. E sim, ele usará seu amor e sua dedicação para te fazer parecer louca diante do mundo.
Mas você companheira pode e merece mais. Eu mereço. Merecemos. 


segunda-feira, 9 de julho de 2018

09 de julho - um dia especial

Eu adoro comemorar as minhas conquistas, por menor que sejam. 
E por incrível que possa parecer, hoje estou completando 3 anos no Ministério da Justiça. Por incrível que pareça porque né? Eu vim parar aqui do nada, sem ter ideia do que me esperava e com um medo enorme de não conseguir. Inclusive foi a segunda vez em um trabalho onde eu duvidei de mim e que muita gente duvidou e sinto que até torceu para dar errado. 
Não deu errado e aqui estou. Claro que não foram só flores, como em qualquer coisa da vida. Já chorei muito por atitudes que não deveria ter tomado, por palavras que não deveria ter dito, por sentimentos que nunca deveria sentir. Mas acima de tudo que é negativo, tem os muitos sentimentos positivos e de gratidão pela paciência que muitas pessoas tem comigo, pela ajuda dada em minhas milhares de dúvidas, pelo consolo em meus diversos dilemas ao longo de dias e semanas insanas. 
Poderia citar cada pessoa que me foi e é importante ao longo destes 3 anos, mas acredito que o sentimento de gratidão maior vai à querida Chefe, Duca, que me acalenta as vezes sem dizer uma palavra e que acredita em mim desde então, me dando a oportunidade diária de aprendizado, conhecimento e humildade. 
Aos meus colegas destes 3 anos, meu mais sincero obrigada. Aos que acreditaram em mim desde a entrevista até este momento que escrevo, emocionada, estas singelas palavras que nunca serão o suficiente, meu sincero obrigada. 
Que Deus nos abençoe em tempos de alegria e de tristeza. Que neste momento eu possa me manter serena, vencer todas as adversidades e alcançar o caminho que Deus me permitir viver diariamente. Sou extremamente feliz pelo aprendizado diário e peço muita saúde para cada pessoas que comigo está na jornada e às pessoas que cruzam comigo nos corredores e me servem café, água e sorrisos grátis. 
Vida longa ao meu amor pelo Ministério! Obrigada! Obrigada sempre!

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Nunca deixe de oferecer o seu melhor

Enquanto temos internet, porque anda complexo ultimamente aqui, venho escrever, talvez uma das poucas coisas faça realmente bem.
No desabafo da vida, que anda dia sim dia sim bem esquisita, a gente sorri para não perder àquela curvinha no sorriso que demorou tanto a conquistar ao longo de penosas noites e dias de intensa dedicação ao trabalho e à vida.
E em tempos de Copa, onde existe uma crítica específica ao fato do Neymar ganhar tanto dinheiro e para entendedores amadores, jogar tão pouco, eu me questiono por ganhar tanto dinheiro e jogar tão mal na vida. 
Graças a Deus eu simplesmente tenho uma fé de que a gente nunca dorme e acorda à toa. Mas é complexo quando você mesmo em sonho se questiona. E além de todos os medos normais que surgem, eu estou em sonho me perguntando 3 coisas em específico: que tipo de amiga eu sou (e aqui abro para colega de trabalho)?. Que tipo de Profissional de Secretariado eu sou? E há menos de 1 hora me surgiu a pergunta mais profunda: que tipo de Cerimonialista eu sou?
Eu sei de uma coisa: não é me achando excepcional, mesmo que algumas pessoas me julguem metida, mas eu nunca nesta vida sinto inveja. Nem em termos preconceituosos com a famosa frase: inveja branca. Sei que o meu sol eu preciso conquistar, então o consolo que vem desse fato é o que me faz seguir firme. Reconheço o quanto existem de profissionais muito, mas muito superiores, em termos técnicos e humanos, e sei que cabe a mim construir o meu caminho. 
Então em resumo, apesar de tudo que ouvi, senti e chorei nos últimos meses, eu tenho certeza que é só ter paciência que as coisas acontecem.
Acho que o meu relato é mais amplo, porque eu sei que em tempos de crise profissional, muitas pessoas se questionam exatamente o mesmo e eu te digo que você vai se matar, embora não seja necessário isso, porque as pessoas só reconhecerão o que elas quiserem reconhecer. Mas vamos, eu e você, jamais deixar de fazer as coisas, independente do que seja, inclusive dormir, da melhor maneira que lhe for possível. Faça e não espere nada positivo em troca, não espere mesmo, mas não deixe de agradecer caso aconteça pelo menos um obrigada. 
Amanhã é mais um dia. 
Beijos. 

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Mais um dia dos namorados

Ontem foi aquele dia clássico onde a internet bombou e o comércio, ainda que em crise, arrecadou bastante. Criado pelo pai do Dória, o 12 de junho era, até uns anos atrás, apenas mais uma data comum onde trocava-se um presentinho básico e a vida seguia.
Mas aí né? O face e o insta passaram o dia inteiro sendo bombardeados de mensagens fofas e cheias de promessas e agradecimentos.
E eu curti mais de 200 casais felizes no instagram e confesso que metade deles eu conheço e um pouco menos do que a metade me inspiram. 
Ontem eu estava tristinha. Não efetivamente porque em mais um dia dos namorados eu estou solteira. Mas a verdade é que nem me lembro de comemorar esta data ao namorar. Casada, meu ex me deu um presente e sim, eu tinha esquecido que dia era.
Eu particularmente não gosto de comemorar estas datas que empurram pra gente anualmente e incluo os dias das mães e dos pais. Não por ser insensível, mas porque eu sou dada à afetos espontâneos, principalmente quando por ventura eu namoro.
Inclusive, namorar é algo que já não me cabe querer. Por vários motivos e o maior deles é ter a absoluta certeza de que é possível nesta vida ser feliz sozinho. Tá, já disse acima que não estava muito feliz, mas nunca jamais por conta de ter lido e visto tantas palavras e fotos fofas de casais que acreditam no amor.
Eu perdi esta fé no amor à dois. Talvez por culpa minha, talvez por culpa da minha última tentativa mais que frustrada de me relacionar, onde inclusive, ouvi diversas vezes que não sou nem para namorar, muito menos para casar. Tem como acreditar ouvindo isso de quem você "ama"?
E eu sigo. Enviei mensagem para todos os meus amigos do whatsapp, porque sou dessas, e agradeci a Deus por todos os meus relacionamentos, os bons e os ruins. Acho que a gente vai aprendendo a lidar com a vida sem esperar que o outro se apaixone por você. 
E à você que ler este texto, meus mais sinceros votos de que caso esteja em algum tipo de relacionamento, seja muito feliz e não espere o próximo dia 12 de junho para declarar seu amor. Faça amanhã também. E na próxima segunda, em meio à contas e meias para dobrar. Amar é para poucos, quem tiver seu par verdadeiro, não deixe escapar. Cuide. Deve valer a pena. Eu não sei. 

Beijos de luz e corações!

domingo, 3 de junho de 2018

Para mamãe com carinho

Oi Mamãe! Tudo bem?

Hoje é o nosso 31º dia das mães. 31 anos em que fui escolhida pelo seu coração para ser sua filha. E que sorte danada eu tenho! Que sorte de conviver com você, de aprender com você, de escutar histórias incríveis de sua luta pela sobrevivência como mulher, esposa e mãe.
Aí mamãe, me lembro de nossos anos em Moscou. Sei que eu deveria esquecer isso né? Mas vamos combinar que foram os nossos anos, onde eu praticamente fui filha única, por conta da distância de nossa família. E eu queria te pedir perdão. Já te pedi antes, mas acho que desta vez é um pedido de uma filha mulher, madura, consciente de que não foi fácil ser minha mãe ali naquela época. Sei que não é fácil de jeito nenhum ser minha mãe, mas ali, longe do Brasil, com tantas dificuldades, sinto que eu falhei demais com a Senhora e isso me machuca demais às vezes. Fico as vezes repensando no quanto perdemos tempo com o silêncio, com rebeldia, com medo. Eu particularmente só me dei conta do quanto eu poderia ter sido uma filha melhor um dia desses, quando passei por um dos momentos mais difíceis de minha vida e percebi que a pior coisa que existe é o medo de demonstrar sentimentos.
Mas graças a Deus estamos aqui hoje. Com a família que tanto nos fez falta naquela época, vendo seus netos construindo família, a senhora, apesar de estar um pouco com a saúde fragilizada, segue um touro. Um touro sorridente, gargalhador, de coração sincero e palavras sábias na hora que mais precisamos. 
Ainda falhamos? Sim. Aprendi que antes da senhora ser mãe, a senhora é mulher e é humana, ou seja, não é perfeita. E foi perceber isso que me fez com certeza respeitá-la mais, admirá-la mais. Mães não são perfeitas, tentam, e a senhora tenta todos os dias dar o melhor de si, dentro daquilo que lhe é possível. Porque sejamos sinceros: nem todo dia é dia feliz né? Mas a senhora sempre nos mostrou que é possível tentar o melhor.
Lhe agradeço por todos os ensinamentos, por me mostrar caminhos. Por me deixar escolher e por me dizer a frase: eu te avisei tantas vezes que perdi a conta. Mas mesmo com esta frase, a senhora sempre nos deixou ser livres. E eu me sinto uma filha abençoada e agraciada por receber uma amor puro, sincero e por aprender todos os dias o quanto é bom a gente ser bom.

Obrigada mamãe! A senhora sempre será minha verdadeira mãe. Te amo para sempre! Estaremos juntas e desta vez de forma muito diferente de quando morávamos em Moscou. Tudo aquilo foi nosso aprendizado. E daqui para frente será como tem sido desde que saí de casa: carinho, respeito, admiração e parceria. 

Te amo muito! Feliz dia!