quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Cereja do bolo. cinza. Ah nem sei.

Hoje é um daqueles dias em que sair de casa fez um efeito terrível em minhas narinas. Cheiro de que vai dar angústia e mi mi mi. E eu odeio mi mi mi. Então rolou só a angústia mesmo. Texto criado, flores surgiram. Não. 
Porque eu fui super feliz ontem, mas hoje acordei ingrata. Mas sabe que eu sou né? Sou altamente ingrata, porque quero efeito imediato quando começo a colorir meu livro de vida.
Porque as sensações de chatice, ferrugem, gosto amargo, solitárias na barriga, calos nos pés, cruz nas costas... As sensações estão ali. A sensação de que com tudo de bão (ha os mineiros!) eu não mereço ser feliz.
Você já teve essa sensação?
Você sabe o que é ser ingrato?
Sente que tem sido assim? Infeliz, feliz, grato, ingrato, chato, legal, lindo, abaixo, acima...
Sabe o que é rancorar? Do verbo celestial guarda-se rancor à toa? Ouvi algo do tipo essa semana e estou com gastrite pensando se sou assim. Ah eu acho que eu sou. Uma grande amiga tem estado distante de mim, acho que ando sendo insuportavelmente ariana louca. De joelhos no chão pedi atenção. Ei, sou eu mesmo. Mesma? Ah esse português que me mata. De tédio. 
Não sei. Hoje, a vontade imprópria de raspar a cabeça, fumar um baseado de chocolate, tomar um pileque assistindo televisão, roubar estrelas, chutar o arco-íris, estão aqui em minhas entranhas bipolares, perpendiculares e eu continuo entre vermelho cereja e não encoste em mim porque eu quero dormir sozinha para sempre. 
Se você tem uma vida perfeita tipo capa de revista, ela não anda ela desfila: parabéns!

Boa quinta!
Ah hoje ainda é quarta-feira de cinzas. Pelo menos é a minha. Cinza.