terça-feira, 17 de março de 2015
Looks e suas sandálias - de segunda a domingo
Como prometi, teremos hoje looks de segunda à domingo com sandálias. Não recomendo muito para as Secretárias, mas olha, não precisa acreditar mesmo em tudo que eu falo. Apenas espero que sirva de inspiração mesmo. Acho que nunca é demais né?
31 anos - dia 20
Texto número 20! Uhuu! Gente como eu tenho coisa para falar viu? Caramba!
Há alguns dias, li alguns relatos de pessoas que vivem com pouco, no mato, sem toda essa pressão social do ter, ser e não parar de querer ter e ser. Daí eu repenso minhas próprias pressões pessoais de ser e ter que me sufocam e que me custaram o meu casamento. Porque eu admito que o meu maior erro em meu casamento foi esse. Era um tal de você precisa estudar, precisa fazer uma faculdade, precisa passar em um concurso, precisa ser magro. Eu vivia repetindo que precisaríamos comprar um apartamento ou uma casa, ter plano de saúde, televisão à cabo, internet, carro, bens, dinheiro, viajar... Coitado! Deve ter engordado mais de raiva de mim e da minha vontade de seguir o mundo.
Ao mesmo tempo me vejo até um pouco paralisada na vida. Farei 31 anos, não dirijo, não tenho um mestrado, uma casa, filhos, plano de saúde e não fui à Europa para um mochilão como planejado logo que voltei da Rússia. Não estudei Jornalismo, nem passei em um Concurso Público e pois é, estou divorciada sem nenhuma pretensão de formar família de comercial de margarina. Só trabalho, trabalho e trabalho, embora viva dizendo que ser professora de inglês e de russo e ser cerimonialista sejam hobbies, me deparo muitos domingos simplesmente estática de tão cansada de tanto trabalhar e não ter nada mais concreto do que o dinheiro do aluguel.
Mas aí reparo que eu sou desencanada. Me mudei para um apartamento bem menor que antes, com um valor bem menor e muito mais longe do meu trabalho. Tirei a televisão à cabo e coloquei só a tal da Netflix que é para assistir quando posso, meus seriados que eu amo e que são na grande maioria das vezes o meu único lazer do fim de semana. Não sou de badalar, muito menos em boates caras, porque sou meio muquirana quando o assunto é perder tempo na noite. Não gosto de supermercado, embora compre uma coisa ou outra, principalmente material de limpeza, afinal preciso limpar a casa né? Mas gosto de sentar em um restaurante de vez em quando e comer bem. Pasmem! Como até carne se deixar. Em minha casa atualmente tenho dois armários adquiridos no casamento e uma geladeira. O sofá foi uma troca de uma cama e hoje está completamente detonado pelas meninas, mas que eu cubro com um lençol e para mim está ótimo. Tem um armário que já participou de sua 4ª mudança e uma comoda que já mudou de local umas 5 vezes. Ah tem a mesa que é da mãe do meu ex que eu me recusei a vender porque foi presente da mãe dela e eu preferi usar a velha desculpa de manter a tradição. Mas de resto: doei panela de pressão, forma de bolo, travessa de vidro, copo, prato, pano de prato, lençol, toalha... Tenho o mínimo e ainda acho que tenho demais. Parei de comprar sapato e roupa até em brechó, porque ultimamente até lá ando achando caro. Percebi que preciso de pouco para vestir e calçar, afinal só tenho dois braços e duas pernas. Só ando fazendo a unha quando faço casamento e a do pé ixi! tem demorado um tempo. Não compro maquiagem, cremes de pele caros, perfumes chanel, nem brinco, relógio e pulseiras. Vez ou outra compro anel, gosto de anel. Meu celular é bom, mas demorei mais de um ano para mudar, e antes dele, demorei uns 4 anos com o mesmo celular.
Não me privo. Mas o meu objetivo é conseguir fazer uma viagem por ano. Nem sempre dá certo claro, mas é nisso que me apego mais. E quero viajar pelo Brasil o máximo que eu puder, mesmo sendo um pouco mais caro que viajar para a Europa. E tem a Copa em 2018 que eu espero poder ir. Mas sabe: parei de me frustrar por não ter, nem ser. Não culpo Deus por isso, acho que sou o que Ele acredita ser o melhor para mim. Sou corajosa, dedicada e um pouco inteligente, mas agora sou mais desapegada. Se eu conseguir um marido rico, massa, se não ok, me contento com a paquera uma vez por semana, não me rebaixando, logicamente. Se eu terei carteira de motorista? Não sei, não faço questão, vou onde meus pés podem chegar. Terei uma casa? Não tenho nem filho, para quem deixarei a casa mesmo? Ser concursada pública é um sonho? dia sim e dia não. Se eu conseguir passar no Itamaraty, massa também.
O que eu sei é que o eu levarei desta vida nem ficará na memória, afinal há vida depois de tudo isso aqui? Não sei nem se acho legal acreditar nisso sabe? Prefiro tomar cozumel, rir com os amigos, planejar uma viagem, pagar o aluguel e dormir com saúde.
Se nada disso acontecer rica, tem problema não. Está tudo bem, do jeito que está.
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