terça-feira, 21 de outubro de 2008

Reencontro

No jogo de sexta eu reencontrei um ex.
Mas não é um ex qualquer não.
É o ex, que depois de me ajudar a mudar de vida, me mandou um e-mail terminando o namoro de 4 meses.
Tudo começou de forma estranhíssima. Eu era a fim de um cara, que tinha um amigo feio, mas que conversava muito bem. Tenho tolerância à feios intelectuais. Em menos de um mês, não sei por cargas dágua estavámos namorando. Ele fez o pedido de forma teoricamente romântica e eu sem entender nada aceitei.
O namoro de dois estudantes fudidos certamente não vingaria e foi exatamente o que aconteceu. Nós nunca tinhámos grana, contavámos moedas e dependiámos de carona para ir à todo e qualquer lugar. Aquilo nos deixava muito chateados.
Eu estava esgotada do emprego de vendedora e ele gentilmente me indicou para a vaga em uma acadêmia, para estagiária. E saí.
A minha mudança de vida nessa época foi radical.
Desde o e-mail que ele me enviou e que me deixou em coma vital por semanas. Eu não admitia que alguém fosse grosso e estúpido e mau educado e ...........
Algum tempo depois ele se desculpou. Disse que estava apaixonadão, mas que não dava para namorar sem poder me dar uma estrutura merecida. Claro que o tempo ajuda a curar feridas e eu hoje entendo exatamente tudo o que aconteceu.
Eu amadureci, mudei de vida, ganhei força para continuar a faculdade e assumi varias coisas em minha vida, como o desejo de ter cabelo curto (ele dizia que isso me deixaria muito linda!). Sair do emprego de vendedora e investir na carreira também foi um passo enorme, que eu dei com um empurrãozinho dele.
Quando o encontrei no jogo, vi exatamente o mesmo rapaz, feinho, e com uma enorme capacidade de usar palavras bonitas para derreter qualquer mulher. Mas eu vacinada não dei trela. Não permaneceria no erro. Nem desejo repetir a dose.
A vida seguiu seu rumo, e o e-mail foi esquecido.
Final de tarde.
Início de mais uma noite.
Fim de um dia, cansativo, deprimente, enjoativo, desestimulante e solitário.
Mas é bem nítido, que ir para casa pioraria minha vontade de desaparecimento eterno.
Andar pela cidade além de perigoso, não é atrativo. Aqui não temos praças, parques lindos, museus interessantes, e tudo é distante, é necessário muitas vezes andar léguas.
O que me resta de fato, é ir ao meu tão sonhado dentista, abrir o bocão e confiar na capacidade intelectual e ouvir que estou com um milhão de cáries e que a escovação não está boa.
Ir para casa e me despir. Deixar para amanhã o que nunca pode ser feito hoje e aguardar que o sono chegue e me faça companhia na noite solitária e quente.
Uma massagem cairia muito bem. E um café?.
_ Toma um sorvete comigo?
_ Ah não sei!
hehehe
Assim de um diálogo simples, uma amiga minha começou um namoro alguns meses depois desse encontro.
Claro que depois de um papinho de leve, ela aceitou o sorvete e meses depois (2), o pedido de namoro via internet.
E é ainda mais claro que eu passo horas rindo dela, por ela namorar um cara que mora em Natal. Não que morar em Natal, seja o problema de fato, mas sim por ele estar tão longe, e detalhe, é alemão, brancão, carecão. Ela afirma que ele tem um sex appel, eu vejo no máximo os olhos azuis bem vibrantes.
De ínicio eu fiquei com medo dessa relação dela. Pois a grande maioria que lê meu blog, sabe que ela namorou 10 anos e que o cara resolveu dar um tempo longo e nunca mais voltou. Aproveitou aliás para fazer um filho, em menos de 2 meses. Por sorte, a minha amiga só se apaixonou, enquanto passava seus 15 dias de férias merecidas em Natal.
E por sorte, vejo que ela está feliz. Que prossiga assim.
A cama é a extensão de minhas maiores dúvidas.
Passo horas nela, pensando no nada e no tudo.
Pensando em amores brutos e em paixões perdidas, em amizades desfeitas e em voltas pelo quarteirão solitária.
Enquanto me deito e não durmo, escrevo livros, contos e crio filmes imaginários e reais com a mesma velocidade com que refaço estrofes de músicas nunca cantadas.
Minha cama é a reconstrução de meu mundo mais particular, da piedade vinda de minha alma e de um futuro que certamente virá ao amanhecer ensolarado, ou dos cafés nunca tomados, ou das lágrimas derramdas enquanto tento adormecer, fíel às origens de meu ser e de meu cansativo dia realizado.
Nenhum Homem pode impedir que o pássaro negro da tristeza voe sobre a sua cabeça. Contudo, pode impedir que nela faça ninho.
(Provérbio Chinês
)
Quando te vi tocando, me apaixonei.
Quando te vi, perto do balcão do bar, não resisti.
Quando me aproximei de teu rosto, já não poderia mais fingir.
E quando finalmente te beijei, eu já sabia que serias meu.
Ou não.

Uma mera opinião!

Eu ouvi algo ontem sobre a morte da garota Eloá. Alguém dizia:" mas como pode uma garota de 12 anos namorar minha gente". Sim, porque segundo afirmam o relacionamento do casal durou 3 anos, até ele terminar e decidir voltar, coisa que ela não quis e que determinou a sua morte.
Eu não me manifestei porque sei que hoje em dia é muito natural jovens começarem a ter uma relação cedo. Anos atrás isso também era comum, minha mãe por exemplo casou-se aos 17 anos e minha avó aos 12. E hoje é natural, porque nós garotas, temos a necessidade de provar maturidade logo, para ganhar espaço entre os colegas de escola, de curso ou da rua.
Não critico, nem discordo, mas eu tenho medo da precocidade com que esse assunto é abordado. A sexualidade é estimulada muito cedo e eu realmente fico com muito receio de ter filhos em um momento em que ter vida sexual e namorar é algo rotineiro e tratada de maneira um pouco irregular, em meu ponto de vista.
Claro que eu aos 12 anos tive minhas paixões. Mas era um coisa boba, eu era grossa ao cubo e tratava os garotos de forma bastante autoritária e até mesmo humilhante. Porque eu me sentia superior e em dados momentos igual à eles, por gostar de jogar bola, correr, de carrinho. Mas esse lance de namorar eu comecei mesmo aos 17 anos de fato e confesso que me sentia totalmente despreparada, confusa e tinha receio de que eu pudesse perder a minha individualidade com isso.
Para mim não existe realmente uma idade certa para ter qualquer tipo de relacionamento amoroso, mas eu sou da teoria de que infância é para ser vivida ao máximo, que toda criança tem que ter odireito de sê-la de forma natural, baseada no amor, carinho e respeito. Tudo ao seu tempo. Sempre!