segunda-feira, 16 de julho de 2018

Quando é preciso acreditar em si

Há um ano eu conheceria uma pessoa que mudaria para sempre a relação que eu tenho comigo mesma. E que me fez entender o que é atravessar uma fase de abusos psicológicos severos, que transformaram meu coração. 
E eu entendi quando tudo chegou ao fim 7 meses depois, que não é preciso levar um tapa para que você se sinta a pior pessoa do universo e que eu deveria imediatamente parar de julgar as mulheres quando elas não conseguem sair de um relacionamento abusivo.
A gente demora a entender que uma palavra, mesmo dita em tom de brincadeira ou enquanto se está bêbado, são palavras que ferem e que te derrubam. Eu me vi até pouco tempo atrás em um buraco. Eu uso esta expressão, porque eu sinto que eu fui ao fundo do poço. 
E a gente demora mais ainda a entender que o erro não é seu por se apaixonar. Por ser intensa, palavra aliás que eu peguei um tremendo ranço. Porque ser intensa e sonhadora foram duas atitudes que não me fizeram perceber que quando ele dizia o quê dizia, ele não estava me elogiando, ele estava cavando minha cova para o gran finale.
Foram 7 meses agradáveis quando estava tudo bem, mas de extrema falta de respeito quando acontecia alguma comparação ou alguma crítica construtiva. 
De fevereiro para cá eu venho tentando resgatar àquela Karla para cima, alto astral, animada, feliz, contagiante. Mas é muito mais fácil e seguro acreditar no que ouvi, porque a gente se fecha e se mantem distante de cair ainda mais no abismo dos sentimentos mundanos, como amor e paixão.
Mas tem sido bom neste momento estar me relacionando com outra pessoa. Aceitei em partes que eu não sou tudo de ruim que ouvi. Estou entendendo através desta pessoa que me esperou por algum tempo, que eu não sou feia, não sou frígida, não sou burra, não sou um bicho de sete cabeças. Estou voltando a ser mais animada, a me soltar mais. Ainda tenho dias muito ruins, onde sonho com alguns episódios de muita humilhação e estresse. Ainda me é vivo na memória cada palavra de extremo mau gosto que me custaram a paz e auto confiança.
E eu só queria dizer à você que está passando por situações de abuso, que por menor que ela seja, ele não vai mudar. Ele vai te trocar por alguém que ele julgue melhor, depois de te destruir a auto estima e isso você não pode deixar. Eu não deveria ter deixado, porque eu me julgava imune. Eu achava que era muito dona de mim que se algo não estivesse bom eu ia lá e terminava. Mas nenhuma mulher, por mais instruída que ela seja, está imune de cair na tentação de se sabotar, de acreditar que o outro é tão especial que nada do que ele diga ou faça é errado. 
Lembre-se: se ele não cuidar de você, te ignorar, tiver vergonha de pegar na sua mão e desligar o celular, já são leves sinais de que você nunca terá chance de ser feliz com ele. E sim, ele usará seu amor e sua dedicação para te fazer parecer louca diante do mundo.
Mas você companheira pode e merece mais. Eu mereço. Merecemos. 


segunda-feira, 9 de julho de 2018

09 de julho - um dia especial

Eu adoro comemorar as minhas conquistas, por menor que sejam. 
E por incrível que possa parecer, hoje estou completando 3 anos no Ministério da Justiça. Por incrível que pareça porque né? Eu vim parar aqui do nada, sem ter ideia do que me esperava e com um medo enorme de não conseguir. Inclusive foi a segunda vez em um trabalho onde eu duvidei de mim e que muita gente duvidou e sinto que até torceu para dar errado. 
Não deu errado e aqui estou. Claro que não foram só flores, como em qualquer coisa da vida. Já chorei muito por atitudes que não deveria ter tomado, por palavras que não deveria ter dito, por sentimentos que nunca deveria sentir. Mas acima de tudo que é negativo, tem os muitos sentimentos positivos e de gratidão pela paciência que muitas pessoas tem comigo, pela ajuda dada em minhas milhares de dúvidas, pelo consolo em meus diversos dilemas ao longo de dias e semanas insanas. 
Poderia citar cada pessoa que me foi e é importante ao longo destes 3 anos, mas acredito que o sentimento de gratidão maior vai à querida Chefe, Duca, que me acalenta as vezes sem dizer uma palavra e que acredita em mim desde então, me dando a oportunidade diária de aprendizado, conhecimento e humildade. 
Aos meus colegas destes 3 anos, meu mais sincero obrigada. Aos que acreditaram em mim desde a entrevista até este momento que escrevo, emocionada, estas singelas palavras que nunca serão o suficiente, meu sincero obrigada. 
Que Deus nos abençoe em tempos de alegria e de tristeza. Que neste momento eu possa me manter serena, vencer todas as adversidades e alcançar o caminho que Deus me permitir viver diariamente. Sou extremamente feliz pelo aprendizado diário e peço muita saúde para cada pessoas que comigo está na jornada e às pessoas que cruzam comigo nos corredores e me servem café, água e sorrisos grátis. 
Vida longa ao meu amor pelo Ministério! Obrigada! Obrigada sempre!

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Nunca deixe de oferecer o seu melhor

Enquanto temos internet, porque anda complexo ultimamente aqui, venho escrever, talvez uma das poucas coisas faça realmente bem.
No desabafo da vida, que anda dia sim dia sim bem esquisita, a gente sorri para não perder àquela curvinha no sorriso que demorou tanto a conquistar ao longo de penosas noites e dias de intensa dedicação ao trabalho e à vida.
E em tempos de Copa, onde existe uma crítica específica ao fato do Neymar ganhar tanto dinheiro e para entendedores amadores, jogar tão pouco, eu me questiono por ganhar tanto dinheiro e jogar tão mal na vida. 
Graças a Deus eu simplesmente tenho uma fé de que a gente nunca dorme e acorda à toa. Mas é complexo quando você mesmo em sonho se questiona. E além de todos os medos normais que surgem, eu estou em sonho me perguntando 3 coisas em específico: que tipo de amiga eu sou (e aqui abro para colega de trabalho)?. Que tipo de Profissional de Secretariado eu sou? E há menos de 1 hora me surgiu a pergunta mais profunda: que tipo de Cerimonialista eu sou?
Eu sei de uma coisa: não é me achando excepcional, mesmo que algumas pessoas me julguem metida, mas eu nunca nesta vida sinto inveja. Nem em termos preconceituosos com a famosa frase: inveja branca. Sei que o meu sol eu preciso conquistar, então o consolo que vem desse fato é o que me faz seguir firme. Reconheço o quanto existem de profissionais muito, mas muito superiores, em termos técnicos e humanos, e sei que cabe a mim construir o meu caminho. 
Então em resumo, apesar de tudo que ouvi, senti e chorei nos últimos meses, eu tenho certeza que é só ter paciência que as coisas acontecem.
Acho que o meu relato é mais amplo, porque eu sei que em tempos de crise profissional, muitas pessoas se questionam exatamente o mesmo e eu te digo que você vai se matar, embora não seja necessário isso, porque as pessoas só reconhecerão o que elas quiserem reconhecer. Mas vamos, eu e você, jamais deixar de fazer as coisas, independente do que seja, inclusive dormir, da melhor maneira que lhe for possível. Faça e não espere nada positivo em troca, não espere mesmo, mas não deixe de agradecer caso aconteça pelo menos um obrigada. 
Amanhã é mais um dia. 
Beijos.