sábado, 3 de novembro de 2012

Polissonografia - descubra o que aflige seu sono



Marido fez há três semanas a Polissonografia, mais conhecido como Exame do Sono. Ele não dorme bem há anos, ronca muito e tem espasmos que parecem que ele está se sufocando. Tenso dormir todo os dias com vetilador, janela aberta e umidificador para que ele possa cochilar por uma ou duas horas e nunca são horas seguidas. Achavámos que era somente por causa da obesidade e cigarro. Claro que são fatores decisivos, mas em uma ida ao otorrino, descobrimos que ele tem uma série de itens em seu corpo que atrapalham ainda mais suas noites de sono. Fazer o exame nos guiará na busca de uma melhoria e de um estilo de vida mais normal.
Polissonografia
A polissonografia é o exame realizado para investigar os distúrbios do sono. Nesse exame, é possível avaliar o padrão vigília/sono por meio de sensores posicionados pela superfície do corpo, ou seja, não é um exame invasivo. Consiste no registro simultâneo de variáveis eletrofisiológicas, como a atividade elétrica cerebral (eletro-encefalograma), movimento dos olhos (eletro-oculograma), atividade dos músculos (eletromiograma), frequência cardíaca, fluxo e esforço respiratório, oxigenação do sangue (oximetria), ronco e posição corpórea. O objetivo do exame é fazer um registro do seu sono habitual, isto é, um sono espontâneo e não induzido por medicamentos. O uso de um indutor de sono só é realizado quando há prescrição médica.
O que pode ser revelado nestes exames:
INSÔNIA: é a dificuldade em iniciar o sono e mantê-lo durante toda a noite. A pessoa já acorda cansada, com dores no corpo e mal-humorada. Tratamento: mudanças de hábitos (como ter um horário certo para dormir), técnicas de relaxamento, psicoterapia e, em casos mais graves, medicação.
APNÉIA: trata-se de uma interrupção ou diminuição do fluxo de ar na boca e nariz, levando à queda de oxigênio no pulmão e no sangue. Tratamento: mudança de hábito (deixar de beber ou fumar e às vezes emagrecer), passar por um procedimento (CPAP) específico para desobstruir a passagem de ar pela garganta. O mesmo vale para quem ronca.
SONAMBULISMO: é um despertar incompleto. Por isso, o sonâmbulo é capaz de fazer atividades rotineiras, sem abrir os olhos. É mais comum na infância. Tratamento: proteger o paciente para que não se machuque. Se o problema persistir na fase adulta, o médico indica remédios para relaxar.
NARCOLEPSIA: quem tem essa doença apresenta sonolência diurna excessiva, perda de tônus muscular e pode dormir repentinamente enquanto conversa ou dirige. Tratamento: é longo e inclui administração de medicamentos para que o paciente mantenha suas atividades ao longo do dia e descanse normalmente à noite. Recomenda-se ainda cochilos voluntários durante o dia para reduzir a sonolência diurna.
BRUXISMO: distúrbio que se carateriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o período do sono. A pessoa apresenta dor facial, dores de cabeça e pode até quebrar os dentes. Tratamento: utilização de placa dentária ao dormir e medicação para atuar na causa da doença.
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS: a pessoa, enquanto dorme, movimenta muito os membros inferiores e arrasta as pernas. Como os movimentos acordam o indivíduo, ele tem um sono de má qualidade. Tratamento: exercícios aeróbicos e medicação.
Marido ainda não recebeu os resultados. Apenas me disse que a noite lá na clínica foi tensa. Não podia fumar, nem comer, nem ficar muito tempo acordado. Ele preparou uma série de atividades para fazer antes de dormir, seguindo o padrão dele dentro de casa: séries, jogos, essas coisas que ele faz até altas horas da madrugada. Só que deu 23h30, pediram para ele deitar. E tentar dormir, pois para que ele não voltasse para refazer o exame, seria necessário dormir por 4 horas seguidas.
Ele chegou muito cedo, um caco. Cansado. Obviamente além do exame em si já ser traumático para alguns, no caso dele, me pareceu que foi de extremo trauma. Ele reclamou bastante. Mas ele admite que era necessário e que isso o ajudará muito com a solução de vários problemas que o afligem há anos e com certeza organizar o sono é uma delas.
Mas é claro, antes de tudo, procure um otorrino, e ele te dirá se é preciso ou não que você faça este exame.
Cuide de seu sono, fator importante para que o seu dia seguinte seja equilibrado.
Beijos e beijos!