domingo, 7 de fevereiro de 2010

Antes de sair e ir embora para minha terra.
Digo que chorei muito ontem no show.
Chorei, por não acreditar que eu estava ali.
Nunca tive uma infânia pobre, nem perciso me lamuriar.
Mas cada um tem sua história e eu superei muitos obstáculos para chegar até aqui. Meus, particulares e internos.
Quando Ivete começou a cantar, lembrei do meus momentos mais dificéis, onde eu achava que precisava morrer ali.
E agradeci por estar bem, por estar com saúde, por ter uma família, por ter amigos especiais, um emprego especial e sonhos.
Ontem eu realizei mais um, de vários outros que surgem a cada novo dia!.

Percepções ainda na terra da garoa!

Todo mundo curioso para saber se eu sobrevivi.
A viagem foi tranquila. A vinda. Ainda não sei a volta.
No avião, criança chorando. E velho querendo papear. Dormi e comi aquelas besteiras nada a ver que nos oferecem em voo (antigamente tinha comida de verdade, ah que saudade!)
Quando cheguei a Sampa (chovendo) e peguei o bus, uma senhora brigava com o motorista e dizia que um dia ele teria dor de dente também.
Na ida para o Estádio, bus lotado, achei que estava em Brasília. E uma senhora pedindo para a gente dar uma afastadinha e eu, como não sou daqui, respondo, só se eu afastar a bunda minha senhora. Eu não me aguentei.
Na sexta fui a um samba. Sim, mas um samba de verdade, com batucadas, com troca de vocais e que vozes!!!!. Gente, eu me encantei. Bebi e fiquei de pilequinho. Fui feliz.
Hoje, antes de embarcar, vou ao Samba. Marchinhas e alegria. E sabe?.
Estou feliz! De novo!

A chuva e o meu medo!

São Paulo, chove mesmo!
Eu via pela televisão e sentia muito medo. Mas sábado, esperando o show começar, eu tive certeza de que morar aqui é uma verdadeira aventura.
Eram umas 5 da tarde e o dia tinha sido perfeito. Sol, céu sem nenhum nuvem, tudo maravilhoso. As 15, enquanto esperava o bus, eu ouvi que era comum que em mais ou menos 2 horas caisse um temporal.
Cheguei ao Estádio, peguei meu ingresso e sentei na arquibancada.
17h15. Chuva. Coloquei a capa, que meu amigo me emprestou, que é da Amozônia Peruana. Mochila devidamente encaixada embaixo da capa e chuva. Muita água, raios, trovões e muito medo. Frio, vento.
Decidimos que era hora de sair e ficamos mais de uma hora, embaixo de uma marquise, esperando a água cessar.
E confesso, que me tremi toda. Chorei e rezei.
Agora, passando por isso, percebo que o que a televisão mostra, não é nem metade do que realmente é.
Conversando com umas pessoas daqui, elas demosntram muita insatisfação, medo e revolta.
E pelo visto, a chuva não dará muita trégua.

O show!

O show foi tão lindo....
Até agora não acredito que eu vi duas mulheres tão maravilhosas, ao vivo, na companhia de pessoas que eu conheci lá, e que em meio a uma tempestade monstra, me apoiaram e me fizeram sentir segura.
Meu amigo me recebeu muito bem, me tratou bem, cantarolando todas as canções mais lindas de todas.
Andei de bus, mas não me perdi, apesar de achar que a cidade é bem confusa.
Estou feliz demais. Agradeço à Deus pela oportunidade de realizar mais um sonho. Ver Ivete, Beyoncé, dançar e ficar rouca.
Sem palavras.........
Obrigada aos que me apoiaram na decisão de enfrentar tudo isso, pelas minhas musas!