segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Sobre namorar

Hoje eu completo 4 meses ao lado e junto mesmo do meu namorado. Eu tenho uma teoria, ok me julguem, que eu não namoro, eu caso. No sentido de que eu sou louca mesmo e quando eu amo eu quero estar junto e já junto tudo. E assim está sendo. 4 meses onde já dividimos medos, alegrias, lágrimas, contas e sonhos. Em 4 meses, que mais parecem 4 anos, já brigamos, já cogitamos nos separar, já nos assustamos, já nos reinventamos, já recomeçamos. Mas também já nos amamos e pelo que sinto há uma possibilidade gigantesca de que nos amemos cada dia mais.
Namorar comigo eu diria que nunca será uma tarefa cheia de glamour. Nunca será tão divertido, tão alegre e muito menos tão emocionante. Depois de muito tempo batendo na trave e cansando, me tornei uma pessoa muito mais caseira, muito mais morrinha e sim, muito mais medrosa. Tenho medo de ficar doente, de perder o emprego, das dívidas e da opinião dos outros. 
E nessa de ter medo da opinião dos outros eu deixo de viver um pouco uma vida mais legal, com mais diversão, com mais carinho, com mais filmes aos domingos, passeios no parque, almoços baratinhos. Deixo de viver uma vida mais à dois. Tenho medo de demonstrar os meus sentimentos pela pessoa. 
E é justamente neste ponto, que meu namoro se difere de tudo que eu vivi, principalmente nos últimos 2 anos e meio. Porque ele me colocou de volta à realidade. E me trouxe um pouco mais de confiança no que sou e no que tenho. 
Nestes 4 meses compreendi que eu ainda sou nada, que a caminhada é longa, que eu sou capaz de amar, que eu sou capaz de cuidar do outro e principalmente, que eu sou capaz de me deixar ser amada. E tem sido uma delícia cada dia ao lado do meu amor, pelo carinho que ele me dá, pelo fato dele ter uma paciência enorme comigo, por ele cuidar tão bem de nós: eu e as Meninas, Olivia e Abigail. Ele me traz uma vontade de melhorar a cada dia, de querer sempre mais com mais respeito por mim e pelo próximo. Com ele aprendi que domingo pode ser apenas mais um domingo, deitados no sofá fazendo nada. Aprendi e aprendo todos os dias que eu posso dizer não se não quero algo, se não me agrada algo, se eu simplesmente prefiro ficar olhando pro teto. Não é feio não ir em todos os eventos, festas, baladas. Que eu posso até tomar cerveja sem álcool, qual o problema mesmo?
E o principal, aprendi a continuar sendo eu: com meus tiques nervosos, manias, sonhos, defeitos sem fim. Posso ser eu a que cria planilhas com horário pra tudo, pagamentos e agendar uma semana inteira. E que sim, não sou dona do tempo nem do pensamento alheio, e que no meio de todo meu planejamento as coisas podem mudar e eu tenha que simplesmente recomeçar. 
E assim meus caros e caras, a vida vai se transformando. Aprendo todos os dias com o Bruno. E o amor tem aumentado. A vontade de estar junto aumenta também. A vontade de dar certo. A vontade de ver que todos os planejamentos dele vão dar certo. Ver o quanto queremos caminhar juntos. É uma delícia e eu só posso agradecer a Deus.
Que venham o quanto for necessário  para sermos felizes juntos. E eu espero somente que seja a vida. Uma vida. A vida que Deus nos permitir. 


Novo local de trabalho

Depois de pouco mais de um ano, do nada, sim, eu digo do nada, surgiu em minha vida uma oportunidade. Saí do Departamento de Migrações para a Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania. Deus me fez subir um degrau e eu não poderia estar mais feliz com isso. Entrei no Ministério da Justiça e Cidadania com muito medo. E até chegar onde estou a caminhada foi extremamente insegura, cansativa, com muitos espinhos e medos diários. Como profissional me sentia sempre um passo atrás, nunca me sentia satisfeita com meu desempenho. 
Claro que onde eu estou neste momento, que é a Secretaria, meu papel é secundário, como era antes, mas sinto que será de aprendizado, como sempre é. Não será de repente, do nada um mar de rosas. A equipe já é sólida e eu vim com certeza para agregar e para que me agreguem questões que por preguiça eu não vinha mais prestando atenção. 
E gostaria neste momento de agradecer algumas pessoas que pelo cotidiano eu não agradeci devidamente. Primeiramente agradeço à Janaína, que me entrevistou em junho do ano passado e enxergou em mim potencial. Foi uma graça conviver com ela e aprender com ela. Meu Chefe, João Guilherme, que me proporcionou momentos de muito aprendizado. O acho um cara mais que inteligente e fonte de inspiração. Tem a Thaty, que desde o começo me incentivou a confiar em mim, principalmente no primeiro mês que foi sem dúvida um mês onde eu quase desisti de tudo. Gabi, linda e sempre ao meu lado, acreditando em minha capacidade. Bernardo, meu agora Chefe, um cara gentil, bem humorado e que preza o respeito e a confiança. Quando me disseram que era um pedido dele a minha vinda pra SNJ eu quase desmaio. Duca, um ser humano que desde que a conheci transmite leveza. Graças a ela, principalmente, estou aqui hoje. E temos toda a equipe que me recebeu carinhosamente, que vibrou com a oficialização da contratação e eu sei que não seria suficiente todo meu agradecimento.
Obviamente a lista de agradecimentos poderia levar um tempo para ser escrita, mas quem convive comigo sabe que eu não seria quem sou hoje se não fosse tanto amor, carinho, confiança e lealdade. 
O trabalho segue como sempre foi: de muita dedicação, de coração aberto para ouvir críticas, broncas, elogios e instruções. Que o dia a dia, independente de como seja, seja sempre guiado por Deus e sua mão misericordiosa.
À todos que estão comigo na caminhada, o meu sincero obrigada. À quem duvida de mim, o meu muito obrigada também. Obrigada por todos os sentimentos que me são transmitidos seja em oração, em palavras, em sorriso e em silêncio.
Que a semana seja abençoada. Que a semana seja plena. Paz. Beijos de luz.