Ele passou por mim com seu perfume e eu olhei.
Virei o pescoço inteiro como em um guro de 360°, porque eu precisava guardar aquele homem em minha memória.
Alto, moreno, olhos verdes. Ele não existia, deveria ser fruto de minha imaginação desgastada pela solidão.
Continuei meu caminho, afinal de contas a vida seguia seu rumo e ele não havia nem notado meu olhar penetrante e entusiasmadíssimo.
O perfume ficou em minhas narinas por dias seguidos. Descobri o aroma e comprei o perfume, que eu jogava pelo quarto todas as noites antes de dormir. Minhas amigas riam de minhas alucinações, até o dia em que por obra do destino ou seja lá o que for, eu reencontrei o moreno maravilhoso no mesmo local.
E desta vez, ele notou minha presença. Eu levei um estabaco bem à sua frente. Não foi proposital e ele com um jeito educado, me agarrou pelo braço, perguntando como me sentia.
Não!! Aquilo não estava acontecendo. Aquele homem me segurando em seus braços fortes e firmes. Era demais para mim, eu não estava reagindo normalmente aquela cena. Não estava acontecendo meu Deus!.
Nunca mais o vi.
Foi a cena mais bizarra que tive em minha vida. Hoje casada, uso o mesmo ritual de jogar o perfume, agora em meu marido, para lembrar daquele homeme que até hoje habita minha mente em horas de total solidão.
sábado, 1 de agosto de 2009
Quando a dor da morte vem com força!
Estava lembrando esse lance de perder pessoas e começei a relembrar alguns fatos.
A primeira vez que perdi alguém foi minha sobrinha. Eu tinha 4 anos e me lembro em flashes daquela noite em que minha cas a se encheu de dor e sofrimento. Ela permaneceu pouco tempo com a gente, mas foi o suficiente para instalar em nossos corações aquela dor infinita da saudade. Sempre conto quantos anos ela teria, já que a nossa diferença de idade seria pouca e penso no quanto faríamos um monte de coisas juntas e seria bom.
Depois, em 98 perdi meu avô. Pai de minha mãe biológica, soube do parentesco aos 12, em minha primeira comunhão, antes eu achava que ele era meu tio. Ele era dentista, sem nunca ter feito faculdade. Tinha um montão de filhos (há um cidade, onde uma rua é composta somente por herdeiros). Tive um certo contato com ele e sempre o admirei pela inteigência. Minha mãe que é sua irmã, afirma que muito do que tenho em minha personalidade positiva, eu herdei dele. Mas o dia de sua morte, foi natural. Ele sofria de câncer, então a gente meio que espera. Eu morava fora e não tinha real entendimento do quanto aquilo afetaria a minha vida. Afetou e ainda penso nele com carinho, ainda imagino se quando eu voltei, ele ainda estivesse entre nós como seria tudo. Quantas alegrias, curtiriamos pelos anos em que ficamos afastados.
Perdi também o filho de uma amiga da família, que era adolescente quando moravámos na Argentina e que usava drogas. Como ele adorava meus pais e até mesmo os respeitava de tal meneira que se matinha sóbrio quando estava com a gente, nós recebemos a notícia na Rússia e ficamos muito abalados. Até porque ele estava com 21 anos e isso mexe mesmo com a gente. A idade da morte conta muito, e a dor geralmente é maior.
Em meu aniversário de 18 anos contratei dois DJs para animar a galera. Me apaixonei por um deles que obviamente tinha namorada. Meses depois, liguei em sua casa para contráta-lo novamente para uma festa e recebi a notícia de que ele tinha falecido em uma acidente de carro há 2 meses. Não falei nada por 2 dias. Aquilo me deu uma certo desprezo pela vida de um modo geral.
E também algo que mexeu comigo bastante foi o falecimento da mãe de um ex-namorado, que era praticamente uma mãe para mim também. Ela era minha parceira, confidente, conselheira. Mesmo com o fim do namoro, fazia questão de me manter pertinho dela. No dia de sua morte, ela me avisou. E foi um momento tenso em meu coração. Aquilo era demais. Como eu teria apoio de uma pessoa que eu amava tanto?. Ela é e sempre será tão especial pela vida que me deu e pelos conselhos perfeitos.
Algumas outras pessoas partiram e eu acabo sentindo mesmo, talvez nem precise ter tanto contato ou laço afetivo. Eu tento lidar ocm esse fato de maneira mais natural possível, mas infelizmente o medo que eu tenho de partir deste mundo ainda é apavorante e o de perder meus entes mais queridos também. Mas espero serenidade. Porque a vida, precisa seguir!
A primeira vez que perdi alguém foi minha sobrinha. Eu tinha 4 anos e me lembro em flashes daquela noite em que minha cas a se encheu de dor e sofrimento. Ela permaneceu pouco tempo com a gente, mas foi o suficiente para instalar em nossos corações aquela dor infinita da saudade. Sempre conto quantos anos ela teria, já que a nossa diferença de idade seria pouca e penso no quanto faríamos um monte de coisas juntas e seria bom.
Depois, em 98 perdi meu avô. Pai de minha mãe biológica, soube do parentesco aos 12, em minha primeira comunhão, antes eu achava que ele era meu tio. Ele era dentista, sem nunca ter feito faculdade. Tinha um montão de filhos (há um cidade, onde uma rua é composta somente por herdeiros). Tive um certo contato com ele e sempre o admirei pela inteigência. Minha mãe que é sua irmã, afirma que muito do que tenho em minha personalidade positiva, eu herdei dele. Mas o dia de sua morte, foi natural. Ele sofria de câncer, então a gente meio que espera. Eu morava fora e não tinha real entendimento do quanto aquilo afetaria a minha vida. Afetou e ainda penso nele com carinho, ainda imagino se quando eu voltei, ele ainda estivesse entre nós como seria tudo. Quantas alegrias, curtiriamos pelos anos em que ficamos afastados.
Perdi também o filho de uma amiga da família, que era adolescente quando moravámos na Argentina e que usava drogas. Como ele adorava meus pais e até mesmo os respeitava de tal meneira que se matinha sóbrio quando estava com a gente, nós recebemos a notícia na Rússia e ficamos muito abalados. Até porque ele estava com 21 anos e isso mexe mesmo com a gente. A idade da morte conta muito, e a dor geralmente é maior.
Em meu aniversário de 18 anos contratei dois DJs para animar a galera. Me apaixonei por um deles que obviamente tinha namorada. Meses depois, liguei em sua casa para contráta-lo novamente para uma festa e recebi a notícia de que ele tinha falecido em uma acidente de carro há 2 meses. Não falei nada por 2 dias. Aquilo me deu uma certo desprezo pela vida de um modo geral.
E também algo que mexeu comigo bastante foi o falecimento da mãe de um ex-namorado, que era praticamente uma mãe para mim também. Ela era minha parceira, confidente, conselheira. Mesmo com o fim do namoro, fazia questão de me manter pertinho dela. No dia de sua morte, ela me avisou. E foi um momento tenso em meu coração. Aquilo era demais. Como eu teria apoio de uma pessoa que eu amava tanto?. Ela é e sempre será tão especial pela vida que me deu e pelos conselhos perfeitos.
Algumas outras pessoas partiram e eu acabo sentindo mesmo, talvez nem precise ter tanto contato ou laço afetivo. Eu tento lidar ocm esse fato de maneira mais natural possível, mas infelizmente o medo que eu tenho de partir deste mundo ainda é apavorante e o de perder meus entes mais queridos também. Mas espero serenidade. Porque a vida, precisa seguir!
O dia que não deveria ter acontecido hoje
Sabe quando o dia já começa confuso?.
O meu começou assim. Eu com uma dor de garganta e dor de cabeça. Cansada e com preguiça, me arrumei lindamente para as aulas. Fiz meu percursso de sempre e ao chegar na casa de meu aluno ele não estava. Tinha ido fazer umas entregas. Me pediu para esperar e esperar o segundo aluno. Só que um não apareceu e ele chegou em casa com uma hora de atraso. Decidi não dar aula, minha cabeça doia e eu desanimei mesmo.
Fui almoçar na casa de uma outra aluna, à espera dos outros componentes. Tinhamos jogo de RPG depois disso. Só que nem a aula nem o jogo. A aula não rolou porque não apareceram as pessoas, tava um calor daqueles. E o jogo, porque uma amiga do mestre morreu em um acidente de carro e eu não iria aparecer por lá nem pagando.
Resalva: a garota que faleceu, era a mesma de um comentário que eu fiz quando vi uma foto dela na escrivaninha de meu aluno. Perguntei quem era, ele me respondeu que era uma amiga de infância, que hoje era um mulherão. Era, pois segundo consta morreu e junto com toda a família, que incluia sua filha.
Quando recebi a notícia, entrei em choque e minha cabeça doeu ainda mais. Meu corpo se desfez em dores e meu peito fechou de tal meneira que eu não conseguia respirar. Bati um papo com minhas alunas e vim embora.
O dia já tinha sido suficientemente chato e de péssima idéia sair de casa hoje.
Gastei horrores de passagem e ainda não pude estar com meu amigo neste momento difícil. A mãe dele me mataria.
O meu começou assim. Eu com uma dor de garganta e dor de cabeça. Cansada e com preguiça, me arrumei lindamente para as aulas. Fiz meu percursso de sempre e ao chegar na casa de meu aluno ele não estava. Tinha ido fazer umas entregas. Me pediu para esperar e esperar o segundo aluno. Só que um não apareceu e ele chegou em casa com uma hora de atraso. Decidi não dar aula, minha cabeça doia e eu desanimei mesmo.
Fui almoçar na casa de uma outra aluna, à espera dos outros componentes. Tinhamos jogo de RPG depois disso. Só que nem a aula nem o jogo. A aula não rolou porque não apareceram as pessoas, tava um calor daqueles. E o jogo, porque uma amiga do mestre morreu em um acidente de carro e eu não iria aparecer por lá nem pagando.
Resalva: a garota que faleceu, era a mesma de um comentário que eu fiz quando vi uma foto dela na escrivaninha de meu aluno. Perguntei quem era, ele me respondeu que era uma amiga de infância, que hoje era um mulherão. Era, pois segundo consta morreu e junto com toda a família, que incluia sua filha.
Quando recebi a notícia, entrei em choque e minha cabeça doeu ainda mais. Meu corpo se desfez em dores e meu peito fechou de tal meneira que eu não conseguia respirar. Bati um papo com minhas alunas e vim embora.
O dia já tinha sido suficientemente chato e de péssima idéia sair de casa hoje.
Gastei horrores de passagem e ainda não pude estar com meu amigo neste momento difícil. A mãe dele me mataria.
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