sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Divagando sobre o TOC

Eu sei que você meu querido leitor e minha querida leitora, ao lerem o texto anterior, se perguntaram por quê cargas d´agua eu postei algo sobre TOC. 
Porque de duas uma: ou eu sou maluca ou tenho TOC. E da onde eu tirei isso?. Da minha mania enlouquecida de limpar a casa e de mudar os móveis da casa. Desde quarta passada, eu mudei a casa 3 vezes. E eu limpo o banheiro todos os dias e a cada lavada de louça eu passo pano no chão e sim, eu não saio de casa sem passar a vassoura e tirar o pó. Imaginem a cena: marido dormindo e eu de pijaminha com meu perflex rosinha, tirando a poeira dos móveis as  6h30 da manhã. 
Sempre fui assim. Sempre não. Desde os 11 anos. Quando morava em Moscou eu mudava o quarto, enquanto meus pais dormiam, sem fazer um barulhinho mínimo. Aí quando mamãe levantava, ela se assustava né?. Imagina a cama andando pelo quarto... E quando voltei ao Brasil, morava em uma casa bem grande e eu a limpava todos os santos dias. As vezes ficava até as 3h00 lavando varanda e escutando o barulhinho da máquina de lavar. Quando fui morar com uma amiga em 2008, ela saía para a casa do namorado e quando voltava, lá estava a casa brilhando e eu ainda tinha o disparate de arrumar o quarto dela, inclusive o guarda-roupa.. E agora casada, a situação está um pouco bizarra e eu acabo ficando sem graça né?.
Passei muito tempo ouvindo que eu era meio maluca, ou que eu não encontraria ninguém, porque eu já deixei de sair aos fins de semana, porque precisava faxinar, ou só saia de casa depois de limpar tudo. E eu sei que isso afasta as pessoas né?.
E o que fazer quando você percebe que está perdendo o controle da situação de novo?. Ainda não sei, mas acho que está na hora. Eu já perdi uns 4 kilos nos últimos 15 dias, porque além de estar tomando um remédio para o estômago que me tira o apetite, eu não paro para comer algo, enquanto me debruço pelo chão da casa e aí quando vi, já está na hora de mimir.
Enfim. Eu não postei o texto anterior por acaso né?. Precisava dividir isso e procurar dentro de mim essa vontade de mudar né?. Porque ninguém merece morar em uma casa sem o mínimo de imperfeições. A vida é muito maior do que baldes e afins. Eu acho!
Beijos e beijos!

TOC: saiba tudo sobre o transtorno obsessivo-compulsivo

Fazer certas coisas repetidamente é um dos sintomas da doença


Antes de deitar, ela tem que conferir pelo menos umas dez vezes se a porta está bem fechada. Se ela toca em alguma coisa com o dedo indicador, por exemplo, ela tem que tocar com todos os dedos depois. Loucura? Mania? Não! Isso é TOC, uma doença bem séria. A estudante Luana Tondim sofre deste mal há mais ou menos 3 anos. Ela conta que está sendo uma dificuldade se livrar deste problema. “Gostaria de não fazer mais isto todas as noites. Viro motivo de piadas às vezes”, diz. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é um distúrbio mental incluído pelo Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM – IV), entre os transtornos chamados de ansiedade. O Transtorno é uma combinação de obsessões e compulsões. Essas obsessões são pensamentos insistentes e recorrentes e são contrários a índole do paciente. O TOC pode se apresentar com sintomas de limpeza, verificaçãoo, perfeccionismo e de colecionismo.

Xô, pensamentos!
Esses pensamentos “ruins” invadem a cabeça do doente, fazendo com que ele pare completamente o que estava fazendo ou até mesmo quando ele está no momento de repouso. Geralmente essas obsessões estão ligadas à higiene, organização, contaminação, transmissões de bactérias ou vírus. Por exemplo, uma obsessão comum é a preocupação excessiva com a limpeza, que é seguida por lavar as mãos repetidamente, o que torna esse ato uma compulsão. E não é fácil livrar-se dessas obsessões, pois quem sofre com o TOC, mesmo que deseje e se esforce naturalmente para interromper este processo, não consegue afastar ou diminuir esses pensamentos da sua mente.


Sintomas do TOC:
· Preocupação excessiva com coisas bem alinhadas, superorganizadas ou simetricamente perfeitas; 
· Verificação sistemática de portas, janelas e aparelhos eletrônicos para conferir se está bem fechado ou desligado; 
· Temer exageradamente doenças, germes ou coisas sujas. Um exemplo disto é o personagem Monk, do seriado de mesmo nome. Sempre quando ele cumprimenta as pessoas tocando nas mãos delas ou em algum objeto ele, em seguida, pega seu lencinho e esfrega várias vezes nas mãos. 
· Lavar as mãos várias vezes ou tomar muitos banhos por dia também caracterizam o TOC. Quem faz isso, sente-se sujo ou culpado por alguma coisa. 
· Sabe aquelas lajotas quadradas na rua? Pois é. Algumas pessoas não podem pisar na linha que separa uma lajota da outra e, se o fazem, tem que voltar todo o caminho e pisar somente dentro do quadrado. 
· Pensamentos supersticiosos. Cores de roupas, números, datas e horários incomodam algumas pessoas que tem TOC.
 
Existem dois tipos de classificação do TOC: o transtorno obsessivo-compulsivo subclínico e o propriamente dito. O subclinico é a presença de obsessões e rituais frequentes, mas que não atrapalham a vida do paciente. Quanto ao TOC propriamente dito, a obsessão persiste até que o exercício da compulsão alivie a ansiedade. Neste tipo de transtorno, muitos doentes têm parentes próximos com atitudes semelhantes.


O que são os rituais?
Os rituais são gestos ou ações repetitivos e incontroláveis, que são ocasionados em função das obsessões. Os rituais mais comuns são: juntar coisas como jornais ou sacolas sem uma finalidade, ter que levantar sempre com o pé direito, colocar os objetos em ordem invariavelmente iguais e contar todos os objetos de um ambiente da casa, entre outros.


Como tratar o TOC?
Existem duas formas de tratar o transtorno: com antidepressivos serotonérgicos ou com a terapia cognitiva comportamental. De acordo com o psiquiatra e supervisor do Ambulatório de Ansiedade do Hospital de Clínicas, Marcelo Basso de Sousa, a terapia cognitiva também trata outras doenças como fobia social e depressão. “Ela é focal. Ela tem por objetivo ajudar as pessoas a enfrentar o medo e a ansiedade", diz. Na terapia, o paciente é avaliado e treinado para identificar os sintomas da doença. O médico ainda esclarece que este tratamento também ajuda a evitar que os sintomas do TOC apareçam novamente.


Compulsivos da ficção:
· No filme “Melhor é Impossível”, o personagem Melvin Udall, interpretado pelo ator Jack Nicholson come todos os dias na mesma mesa do mesmo restaurante, usando talheres de plástico que ele mesmo leva; 
· O ator Leonardo Di Caprio interpretou no filme “O Aviador”, Howard Hughes um famoso aviador que sofria de TOC. Ele exigia que todos usassem luvas brancas para entrar em contato com ele ou tocar nos objetos que ele iria tocar; 
· No filme “Elektra”, a personagem de Jennifer Garner conta os passos em grupos de cinco toda vez que anda; 
· Na série Monk, Adrian Monk interpretado por Tony Shalhoub sofre com TOC desde criança. Entre as compulsões estão nunca pisar fora do quadrado da lajota e lavar as mãos repetidamente.  
· Em Big Bang Theory, o personagem Sheldon Cooper sempre utiliza a palavra "Bazinga" para dar tom de ironia às suas piadas, tem hora certa para ir ao banheiro, comer pizza ou doce e tem um local calculado no sofá da sala onde só ele pode sentar;   
· Na famosa série Friends, Monica Geller tem obsessão por limpeza.
Publicado no dia 27/04/2011 no site: http://saude.hagah.com.br



Sexta da Música: Trailer de Os Homens que não amavam as mulheres

Hoje eu não vou postar música. Mas um trailer do filme que eu estou esperando ansiosamente nos cinemas dia 21/12/2011. 

Os Homens que não amavam as mulheres, da Trilogia Millenium, do escritor sueco Stieg Larsson. Se você não leu os livros, leia e se encante com esta trama que lhe prenderá do começo ao fim.
Fica a dica para o fim de semana.