terça-feira, 7 de julho de 2020

Sobre quebrar a quarentena

Passou no Fantástico (meu domingo só faz sentido quando assisto), sobre como os solteiros tem driblado a solidão na quarentena. E claro, vários conselhos foram dados, entre eles, não quebre a quarentena. Em resumo. 

Não sei como tem sido para vocês, mas para mim tem a parte boa e a parte ruim.  

Parte boa - além de eu não ficar doente por esse fato em específico, porque sinceramente eu odiaria transmitir ou pegar covid, eu tenho mantido uma rotina individual muito boa, apesar de tudo. Tenho lido, tenho me observado, me reconstruído e tenho me silenciado. Estou realmente no processo de tentar resgatar algumas coisas que eu nem sei quando havia perdido. 

Essa fase solteira e sozinha, tem sido muito gratificante. Principalmente porque estou conseguindo descansar. Domingo é de fato o dia que tiro para fazer absolutamente nada. Mantenho minha rotina de trabalho, mesmo quando estou em casa, sábado me programo mentalmente como se estivesse em evento e faço aulas de dança com minha sobrinha, algo que era impensável há 4 meses.

Parte ruim - eu sinto falta de uma companhia. Mas acontece vez ou outra. Mas sinto falta sim. Acho que nem sei mais namorar, me relacionar, porque faz mais de um ano que tive alguma rotina à dois. E tem toda a parte física e mental, que é super positiva para o individuo quando ele encontra uma pessoa bacana. 

Mas neste momento eu confesso que tentei me aproximar, ainda que à distância, de uma pessoa. Mas faltou algo, faltou talvez vontade. E eu acho que este momento é ideal para troca de mensagem, de carinho virtual. É hora de resgatar aquele tipo de conquista que existia por carta, lembram? A quarentena é o momento de se conhecer, de entender o que o outro gosta, sonha, planeja. Já que não dá para encostar né?

No fundo é melhor. Imagina se eu quebro a quarentena e a pessoa me deixa doente e mais sozinha ainda do que já estou?

E você: achou sua cara metade nesta quarentena? 



O que você diria se pudesse visitar a si mesmo aos 15 anos, em uma frase e desaparecer?

A pergunta foi reformulada, mas peguei do Twitter do Rômulo Neves - Diplomata e ex-BBB. 

E eu respondo: estude mais, porque o que estudará será pouco. 

Amanhã, completo 5 anos de Ministério e em agosto, 15 anos de profissão. Atuo como Secretária Executiva desde o 2º semestre da faculdade e tenho um super orgulho disso. 

Só que eu me questiono todos os dias. Fico tentando articular que tipo de vida eu teria se eu tivesse seguido meu sonho de infância e me tornado Jornalista. Teria sido uma boa profissional da área? 

Não sei. Sei que o que me tornei hoje, é fruto sim de muito estudo e muitas lágrimas no fim do dia. Muita insegurança e medo de errar. Escuto muitas críticas, acho que até mais do que mereço, sempre tem algo que não está correspondente ao que o outro quer. Tantas vezes que me questionaram onde estudei, porque parece mesmo que apenas comprei o diploma. 

Com o que sou hoje, obviamente teria feito um monte de coisas diferentes, se pudesse voltar no tempo. Teria feito na verdade, exatamente o que respondi na frase: estudado mais e mais, porque o que estudei tem sido insuficiente. 

Nunca é tarde, claramente, e por isso estou com um projeto muito desafiador para quando a pandemia acabar e espero em Deus muita saúde e poucas distrações na caminhada para retomar meus estudos, me aperfeiçoar e diminuir o número de críticas: internas e externas com o qual convivo todos os dias. 

E você: o que diria aos 15 anos que poderia mudar seu destino?