quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Enquanto admiro a vida, ela me leva em seus caminhos obscuros de minha mente embriagada pelas cores e pelas dores.
Ao mesmo tempo, há tanta beleza e sorriso, que nem sei se vale mesmo a pena sofrer por antecipação e até mesmo se vale a pena tanta lágrima, quando o leite é derramado.
Por sorte, acredito no poder da fé, da vontade de levantar, sacudir a poeira e embora existam compassos quadrados, os círculos podem virar flores em jardíns multicoloridos da alma em extâse.

Eterno amor à Rússia!

Terminei de ler "Sashenka", e confesso que desabei. Livro extremamente emocionante, atraente e com uma história muito boa.
E me perguntei ao longo da leitura, como enquanto morei em Moscou, pouco ouvi falar de Stalin. O livro me respondeu de forma muito clara.
Agora, conheci muitas pessoas que agradeciam pela força de vontade que Lênin teve, de tentar dar à Rússia um futuro digno. Daria certo?. Não daria?. Ele não teve muito tempo para ver e acho até que foi melhor, ele talvez não suportasse, ver seus sonhos de infância, jogados no lixo pela ganância.
Me bateu uma saudade tão grande de Moscou. No livro, várias ruas e praças são retratadas, lugares a onde caminhei, a onde me sentei ao fim da tarde e fiquei pensando no quanto eu amava aquele lugar.
E ainda amo. Ainda sinto o cheiro de colônia que eu nunca consegui descobrir qual era, que um amigo meu de escola usava. E senti em minha boca, o gosto do pão preto com chá preto, que eu todos os dias tomava na escola.
Se eu soubesse que amaria tanto à Rússia, teria feito melhor, enquanto lá vivia.


P.S: Ver o Brasil ganhar, na companhia de pessoas maravilhosas, compensa até mesmo o sono que estou aqui sentindo. Tem valido muito a pena.