segunda-feira, 29 de março de 2021

Chegamos aos 37 anos.

Completei ontem, 37 anos. Segunda vez que celebro meu aniversário na pandemia. Não estava preparada e confesso que foi muito doído. Senti falta do aconchego dos meus pais, do abraço dos meus irmãos e da cervejinha gelada com os amigos em algum bar desta cidade que não sabe mais o quê fazer diante de tanto caos.

Agradeço a cada mensagem de carinho que recebi nas redes sociais. Ganhei muito amor e energias positivas para seguir neste ciclo, em paz e saúde. Agradeço à Tania, Adriana, Malu, Larissa, Vaninha, os meninos do Yak Food, Mendonça, Ana, Helena e Kleber, por estarem presencialmente em meu aniversário, cada um em um momento. Ganhei presente, almoço, janta e vários bolos, doces e sorrisos. 

Espero poder no próximo aniversário, me divertir mais, sem o peso na consciência de celebrar a vida enquanto tanta gente morre. 

E para finalizar, abaixo acrescentei a curiosidade número 37 desta pessoa que tem pela frente, se Deus quiser, muita vida para viver.


28) Tenho carteira de motorista mas detesto dirigir. Fiz uma promessa de que só tentaria uma vez e até hoje não sei como Deus me permitiu passar na prova que eu nem lembro de tanto nervoso. 


29) Não vou em show de reggae - eu passo mal com maconha gente, me dá dor de barriga. E só o cheiro já torna isso possível. Eu fujo disso correndo muito.

30) Sou umbandista há 8 anos - agradeço ao meu ex-marido por ter me levado para minha primeira vez em uma Casa lá em Niterói. Eu sabia que seria isso e eu sou muito feliz!

31) Tenho 13 tatuagens e 5 piercings - e a contar! Já tripliquei a meta e devo ficar fora da herança por causa disso.

32) Amo Carnaval!! - desde 2016 e espero que isso siga me "alumiando" 

33) Sou Secretária Executiva há 15 anos - meu maior orgulho da vida!!!

34) Sou Cerimonialista desde 2013 - e pasmem: tenho até uma empresa - Bolshoi Cerimonial - meu filho! 

35) Já dei aulas de inglês, espanhol e russo - adorava. Foi uma experiência única. Vez ou outra ensaio voltar. 

36) Estou escrevendo para um jornal e realizando meu sonho de infância que era ser Jornalista - finalmente gente! Achei que fosse passar por essa vida sem essa realização. Esse sonho sempre existiu. Muito feliz! 

37) Depois de muito fugir, hoje estou recebendo ajuda de uma psicóloga para poder dar uma luz mais concreta aos meus inúmeros problemas de adulta. Se eu soubesse que era tão bom, tinha me desafiado a procurar esse tipo de ajuda antes. Aliás, recomendo!

quarta-feira, 24 de março de 2021

Eu também sou tóxica

 


No dia que eu entendi isso, que eu, além de não ser perfeita, obviamente, sou uma pessoa que posso cometer o erro de ser tóxica, aprendi a me acalmar um pouco mais. 

Porque é isso mesmo, em algum determinado momento, seremos egoístas, ciumentos, grosseiros, preconceituosos, mentirosos... E afetaremos com isso a vida das pessoas com quem convivemos. 

Me relacionei em 2016 com uma pessoa que por algum motivo me deu a liberdade de ser prepotente com ela. O tratei de forma tão absurdamente grosseira, que quando olho para trás sinto até vergonha.

Claro que eu me policio muito, principalmente depois que me divorciei, porque eu acho que no fundo eu fui bem tóxica na vida do meu ex-marido. 

Agora, o mais importante é reconhecer os gatilhos, segurar a onda e se perdoar, porque a forma como tratamos o outro diz muito mais sobre nosso interior do que o quê o outro faz, principalmente de ruim.

É isso, não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. 

terça-feira, 23 de março de 2021

O que você deixou de ser quando cresceu?

Achei esta pergunta no instagram e fiquei um tempo refletindo para vir escrever. 

Daqui a uns dias eu completo 37 anos e as vezes eu não acredito que estou neste momento, chegando quase aos 40 anos. Nunca imaginei mesmo, quando era criança, que o tempo pudesse passar tão rápido. 

E respondendo à pergunta: 

Eu deixei de ser leve. 

Eu era uma criança muito alegre, sonhadora, falante. Eu queria ser jornalista e já era uma, escrevendo o tempo todo, tagarelando. Também já era líder, pois não aceitava ninguém mandando em mim. E também, acredito hoje, que eu era cerimonialista também, porque eu adorava planejar as festas com a mamãe, ajudar, antes, durante e depois e ainda perguntava se alguém estava precisando de algo. Era espontânea. Risonha. Confiante. 

Eu deixei de ser sonhadora. 

Na adolescência fui perdendo um pouco desse sonho livre. Fui assumindo responsabilidades muito cedo, nada voltado à trabalho, mas eu tinha uma sobrecarga mental muito intensa. Sofria dias pensando em coisas que, no final, não eram nada demais. Me envolvi muito cedo com um universo de pressão interna, cobranças com relação ao futuro profissional e criei meu próprio mundo, de lágrimas e angústias. 

Eu deixei de ser criança.

Não cresci no tamanho, mas me tornei quando cresci por dentro, uma pessoa muito mais amargurada. Até faço o que tenho que fazer, enfrento o que preciso enfrentar, trilhei até aqui um caminho profissional de muita luta, dedicação e respeito. E doei meu coração à pessoas e situações que me deixaram cansada. 

Me tornei uma adulta cansada pelas dores da alma. Pelas críticas, quase sempre por eu ser quem eu sou, pela vontade de acertar mas acertando em futilidades e depressão. 

Cresci até demais. 37 anos, mentalidade amadurecida, quase envelhecida. Em determinados dias, me perco um pouco e sou bobalhona, brincalhona e cheia de não me toque. De repente me lembro, que é esta intensidade e excesso de liberdade que me afastam do que me cerca e das poucas pessoas que ainda acreditam em mim.

Para meus próximos anos, desejo saúde. E que eu torne todos os meus lapsos em estudo, silêncio e força. 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

Ainda sobre o BBB - Carla Diaz e Arthur

Uma edição do BBB sem um casal, não é BBB. Alguns casais se formam lá dentro, mas acabam logo; outros aqui fora, até se casam e tem filhos. 

Ao longo de 21 temporadas, já vimos todos os tipo de casais. Mas é certo que o casal desta edição é um do que me lembro serem o mais chato. Saudades até do trio Fani-Alemão- Siri. 

Carla Diaz é atriz, que como uma grande parte da classe artística, está desempregada. Viu no programa a oportunidade de se reinventar e claro, além de ganhar um milhão e meio, quem sabe um contrato fixo, um papel arrebatador.

Arthur, Instrutor de Crossfit, machista, mau educado, ranzinza e que perde a maioria das provas para o mais fumante da edição, o Fiuk, que vem a ser filho do eterno  maravilhoso, Fábio Junior, irmão da gata da Cléo Pires e não, ele não é filho da Glória Pires. 

Depois deste resumo, de quem é quem, iremos falar sobre o fato de que a Carla fugiu dias do Arthur. Ele insistiu. Muito. E ela aceitou. Fim. Fim, porque a Carla fica naquela, insistindo, se dedicando, e ele, daquele jeito que homem fica quando não quer, mas não sai de cima. Ele está com ela, provavelmente porque ela faz o serviço dela todas as noites, e porque ele a acha forte dentro do jogo. 

E levando o que estamos acompanhando para vida real, quantas vezes não fomos uma Carla? E quantos homens são um Arthur? 

Não tenho mais vergonha de admitir, que fui como ela, muito mais vezes do que gostaria. E tive ao longo de minha trajetória amorosa, que começou aos 15, muitos caras neste tipinho do Arthur. 

E não tem nada a ver com idade. Inclusive, quando adolescente eu conseguia perceber quando o garoto era escroto. Mas quanto mais velha me tornei, mais idiota. Desta forma, me relacionei muitas vezes na base da carência, da insegurança e do medo de ficar sozinha. Inclusive, meu último relacionamento, que como sabem, terminou na noite de Natal, foi um pouco baseado nesta história: uma pessoa que me quis durante muitos anos, mas que quando conseguiu, não gostou, e resolveu ser um tiquim escroto. Não digo totalmente, porque eu ainda estou na terapia para tentar entender qual foi a minha real parcela de culpa. 

Claro que quando a Carla sair do BBB e perceber o que viveu e que tipo de macho é o Arthur, ela ficará com vergonha. Porque ela foi o que muitas mulheres são, e não querem, mas que se deixam levar pelo sentimento de que vai dar certo. 

Não dá certo. 

Vai por mim. 



Você é protagonista, coadjuvante ou figurante da própria vida?

Todo mundo sabe que eu amo o BBB e que às segundas eles fazem um Jogo da Discórdia. Ontem, a pergunta era essa: quem você acha que é protagonista, coadjuvante ou figurante no jogo? 

Trouxe a reflexão para minha vida imediatamente. Quando fui fazer minha oração antes de dormir, me fiz esta pergunta e sinceramente, fiquei um pouco confusa.

Estou prestes a completar 37 anos. Tenho uma história pautada em valores muito específicos, e uma trajetória vivida dentro de uma realidade média. Nunca passei fome, necessidade de itens básicos, recebi uma educação muito rígida, mas nada que me tornasse uma pessoa revoltada. Nunca infringi a lei de forma a ser presa, nem tomei atitudes que me ferissem de forma concreta. 

Mas ainda não sou protagonista de minha própria vida, porque eu tenho um coração muito mole e inconstante. Não sei me comportar de forma fria, sofro com pequenas ações, que podem tornar um dia lindo em um dia infernal. 

Sou coadjuvante, porque eu ainda trilho meus dias pensando mais nos outros do que em mim e até o momento não acho que isso esteja me afetando de uma forma que me destrua internamente. Claro, tem coisas que eu não espero daquela pessoa que eu tento ajudar, mas eu no geral também não espero muito em troca não. Mas não sei caminhar sozinha, com desdém pelo próximo ou sua história pessoal. 

Acho que meu lado figurante é muito forte no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. Só fui protagonista até um certo ponto do meu casamento, depois parti rapidamente para o status de figurante e desde então, é assim que tem sido. Me deixei influenciar várias vezes por mensagens de pessoas que diziam gostar de mim, mas que no fundo me achavam a pior pessoa, e infelizmente, isso ainda é muito presente em meu cotidiano. 

Acredito que o mais importante é a auto análise, reconhecendo onde é necessário melhorar, investir mais energia ou simplesmente entregar para os passarinhos comerem. Algumas coisas não tem jeito mesmo.

Se eu quero se protagonista? Obviamente. Mas é importante não se tornar arrogante, soberba, intolerante e se achar extremamente auto suficiente, em um mundo que as vezes é muito mais interessante ser coadjuvante, evitando excesso de confiança, dor, tristeza e solidão. 

Já já meu grande dia chega. Como será que estarei me sentindo neste dia? Só espero que não seja figurante. 


sábado, 13 de março de 2021

Como está seu sábado à noite?

Me perguntaram como está minha noite de sábado.

Decidi seguir lendo um livro. Já havia lido 74 páginas e até este momento, estou indo para a leitura de mais 200, desde às 16h, mais ou menos. 

Acordei cedo. Rezei meu terço, fui às compras, fiz a unha, me atrasei para a aula de inglês, dormi, acordei umas 15h, comecei a escrever minha matéria para o Capital em Foco, almocei em torno das 15h40, joguei Qboa no banheiro e quase tive uma intoxicação e comecei a ler. Algumas pausas para twittar, olhar o instagram, o face e os jornais on-line. 

Um sábado comum. Tranquilo. E eu agradeço por isso.

Dentro de mim, a angústia de ter cometido um erro ontem, que me deu o silêncio eterno de uma pessoa que eu gosto muito. Acompanhando duas pessoas especiais, que amo e estão com Covid. Acompanhando, aliás, várias pessoas que sequer conheço, que estão atravessando seus piores dias por conta desta doença maldita.

Completamos um ano desta pandemia. Sinceramente, em minha cabeça já estamos há muito mais tempo. Nada melhora, só piora e o que mais me irrita são as pessoas ainda insistirem em não usar máscara, nem lavar as mãos, e comemorarem a vida como se tudo estivesse normal. 

Amanhã, 14 de março, fará um ano em que quase o Bolshoi realizou seu último evento. Graças a Deus conseguimos realizar mais um casamento quase no fim de 2020. Este casal, que celebrará Bodas de Papel, é um casal expressamente importante para nós, por muitos motivos, e são, claramente o sinal de que tudo vai dar certo. Só não sabemos quando, afinal, já estamos nos arrastando por aí sem vacina e em um lockdown boqueta, sem leito, sem remédio e com muita gente ruim proliferando o que tanto tem atingido o mundo de forma tão brutal. 

É isso. Escrevi isso em meu diário, mas vim escrever para vocês, muito mais para dividir que estou em casa, graças a Deus, em um sábado à noite. Acho que quis responder à pergunta feita para acalmar a mente, o coração, dar um respirada, já que não podemos sair. 

Acho que também para agradecer a Deus por estar bem, porque eu li um texto há pouco sobre a ingratidão que é reclamarmos de tudo, quando a geração de nossos bisavós e avós atravessou guerras, Gripe Espanhola e tantas situações, para que estivéssemos hoje, muito melhores e mais seguros, inclusive, dentro de casa. Não podemos reclamar de nosso conforto tecnológico enquanto neste momento tem muita, mas muita gente mesmo passando fome, tentando sobreviver e morrendo por conta do Covid.

Termino. Sem mais.

Boa noite!


segunda-feira, 8 de março de 2021

Mais um dia das mulheres!

Cada dia que passa eu me sinto muito triste por ser mulher. Agradeço a Deus, mas quando vejo a quantidade de mulheres sendo mortas, humilhadas e tratadas com indiferença pela sociedade, fico pensando qual é o meu papel como mulher. 

Ainda não sinto que fiz real diferença na vida de outras mulheres, até o momento. Muitas vezes julguei seus posicionamentos, falas e trajetórias, com um olhar machista e eu tenho uma vergonha muito intensa dentro de mim.

Hoje em especial estou muito triste. Pessoalmente me sentindo não só uma mulher ruim, mas uma mulher que não merece ser celebrada. Olho minha própria história e percebo que todas as vezes que fui traída, humilhada e desconsiderada, não foi somente por ser mulher, mas por não ser a mulher adequada para este mundo. E imagino o tanto de mulher mundo afora sente o mesmo do que eu e entendo o quanto machuca e nos tira a paz. 

Mas como tem sido desde o Natal passado, estou pouco a pouco me silenciando. Parei de postar muitas coisas, focando mais no Bolshoi, estudando, não comentando, somente quando é algo positivo. Estou julgando cada vez menos o outro, principalmente quando é uma mulher, porque eu sei que é errado e que cada pessoa neste mundo merece meu silêncio e meu respeito.

Em minhas orações matinais, pedi a Deus por todas as mulheres de meu convívio, que habitam minha rotina e ocupam meu coração: mãe, irmã, sobrinhas, cunhadas, amigas, companheiras de trabalho, de Bolshoi, de freelas, de pandemia, fornecedoras, noivas, debutantes - e as mulheres de suas vidas. Rezei por quem não conheço, porque eu sei que cada mulher merece muito amor, carinho e celebração diária. 

Agradeço por ainda assim, ser mulher. Espero um dia, ter orgulho de mim. 

quarta-feira, 3 de março de 2021

Se você pudesse voltar para 1º de janeiro de 2020 e dar um só aviso a você mesmo, o que você falaria?

Quando li esta frase, chorei.

Já choro naturalmente, mas quando lembro que há pouco mais de um ano, toda a nossa história parecia que seria outra não é?

No dia 01 de janeiro de 2020, se eu realmente pudesse me dizer algo, seria para ter cuidado. Para tentar melhorar como pessoa, como ser humano, como profissional.

A verdade é que eu atravessei 2020 sem planos oficiais. Bem como eu vinha meditando na virada do ano. Fui me deixando levar, produzindo o que precisava, sobrevivendo ao caos mundial, sentada no meu próprio barco no meio da tempestade que estamos vivendo há um ano. 

No dia 01 de janeiro de 2021, eu lembrei de como, há um ano, eu só pedi a Deus saúde e meu emprego no lugar. Graças a Deus, mesmo tendo Covid, trabalhei muito, aprendi muito e me silenciei um pouco mais, eu acho (risos).

2021 está sendo, dentro de uma perspectiva pessoal, um pouco melhor do que o ano passado. Estou de fato muito mais caladinha, cuidando da minha cabeça, estudando muito e me preparando para atravessar meu aniversário de 37 anos em mais um ano pandêmico. 

Me sinto agraciada, principalmente, porque meus pais puderam tomar a vacina, por eles estarem com saúde, minha família toda de um modo geral, eu acho também. 

E vamos juntos. Cada um do seu jeito, no seu ritmo, no seu momento, com quem tem que ser e como tem que ser. 

Até 2022, felizmente, ou não, ainda teremos muito a superar. 

E iremos.

Com fé em Deus. 


segunda-feira, 1 de março de 2021

Mulheres também magoam homens.

 


Falei sobre isso em um texto anterior e hoje encontrei essa mensagem no facebook e vim aqui reforçar esta realidade. 

Acho que eu sou uma dessas mulheres que certamente já magoou milhares de pessoas, entre elas, homens incríveis. Mas isso não é também algo que apague o fato de que muito certamente, também, eu fui muito mais magoada. 

Não que a questão aqui seja medir quem magoa mais, mas é preciso antes de tudo fazer uma reflexão.

Sei que em muitas relações eu fui abusiva, incoerente, mau caráter, infiel, desleal, rabugenta, ciumenta e tantos adjetivos, que infelizmente me tornam, dentro de uma certa margem, não apenas uma mulher ruim, mas um ser humano ruim.

Não é algo que acontece sempre, mas em algum momento, algo do citado acima, aconteceu. Não tudo ao mesmo tempo, eu acho. 

Estou prestes a completar 37 anos, aliás, este mês, e o que mais quero no momento é ficar sozinha. Entendi em meu último relacionamento que não sou nada boa para isso de namorar, e tudo mais que esteja inserido no contexto. Apesar de sentir uma certa falta, o caminho mais seguro é o que tenho escolhido desde 24 de dezembro de 2020.

À quem fiz da vida um inferno ou algo parecido, meus sinceros pedido de desculpas.