segunda-feira, 7 de julho de 2008

Paulo Leminski

nunca cometo
o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas
três
quatro
cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez

CO-RESPONDÊNCIA

Remeta-me os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que voce tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era o seu jeito ou de propósito
mas era bom,
sempre bom e assanhava as tardes.
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima firme
confirme o ardor
dessas jorradas de versos
que nos bolinaram os dois a dois.
Pense em mim
e me visite no correio de pombos
onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
Elisa Lucinda

Escrevo porque vivo!

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector

Enquanto estava na boate e o energumeno me perguntou o que fazia disse que era escritora.
Não sei se foi certo mais falei.
Me sinto assim afinal.
Minha alma de certo modo pede para desabrochar enquanto escrevo.
Amadureço minha mente.
Não espero a aprovação de ninguém.
Aí o detalhe mais importante.
Escrevo e agradeço a quem lê, mas não espero ser idolatrada.
Minha alma não é de poetisa.
É de quem ao ver uma caneta, um papel e linhas apenas deseja preenchê-las de forma a desabafar, limpar os canais da solidão,
da amargura que se instala em minhas veias,
mas que de repente passam a ser átomos.
Escrevo porque amo.
Escrevo porque vivo.
Escrevo com o objetivo único de escrever, palavras, vidas e mortes. Alegria!
sem fim!

Dançar é bom demais! E andar de moto?.Maravilhoso!

Andei de moto ontem pela primeira vez oficialmente. Pois há cinco anos sentei em uma e quase enfartei de tanto medo.
Mas ontem eu decidi confiar no motorista e me deixar guiar pelas ondas do vento, pelo barulho forte e deliciosos da moto. Adorei a sensação de liberdade, mesmo estando na garupa. Foi sem dúvida um momento emocionante para mim, um dia em que apesar do frio que senti, me senti livre.
Agora entendo porque que tem uma moto vive extasiado. É uma sensação maravilhosa.
Obrigada Carlim por me fazer feliz, por me dar de presente uma noite tão agradavél. O crepe estava ótimo e o passeio de moto está para sempre em minha memória.

Sábado fui dançar. Depois de percorrer um milhão de boates, optamos por uma cheia de patricinhas e playboys. O engraçado é que antes fomos a uma festa julina, então a vestimenta não era a mais adequada. Mas foi engraçado. Primeiro porque estavámos com um amigo reclamão e mau humorado. Reclamou do dinheiro, reclamou da minha amiga, e eu com a minha santa calma falei que ele estava um saco. Mas entramos, e eu pelo menos me diverti muito. Lá pelas tantas, cola em mim um cara chato de galocha que ficava filosofando. E me perguntava sobre mim, inventei nome para ver se ele não me torrava. Aí pegou em minha mão. Foi a gota dágua. Não estava para paquera, estava para curtir, dançar (amo!!!). Minha amiga acabou dispensando ele por mim, já que ele não se mancou com meu afastamento a cada tentativa de aproximação. O idiota queria tirar meus óculos, logo eu que nada enxergo sem eles. Não entendi o real objetivo disso (será que ele queria me beijar?). Por sorte ele foi embora e eu pude apreciar a beleza de rapazes que desfilavam pela boate.
Não sei se estou ficando velha ou chata, mas paquera em boate é muito ruim......ainda bem que não vou com essa esperança absurda de encontrar o homem da minha vida em um lugar lotado, abafado e com luzes atrapalhando a olhada sexy.
Mas foi uma noite bárbara, alegre, na companhia de amigos especiais, bem, tirando meu amigo mau humorado. Talvez fosse TPM masculina. Acontece né?
Uma ótima semana!