terça-feira, 21 de março de 2017

Uma semana

Em uma semana eu completo 33 anos. E confesso que estou bem. Apesar de tudo, estou bem. Até porque depois de 33 anos de vida não dá para choramingar porque estou ficando velha. É a ordem natural então vamos que vamos.
Tem sido um pré-aniversário um tanto quanto confuso. Ou seja, normal. Porque esta sou eu. Ariana, arretada, sem meio termo, sem preguiça, com coragem, com humor, com teimosia, com irritação e bico quando algo não dá certo. Hoje eu amo, amanhã tenho vontade de socar. Por isso mesmo ando vivendo algumas paixões meia boca eu diria,  porque enquanto eu não me sentir desafiada a amar de verdade, não me peça para ser namorada de ninguém. Porque eu sou de fato muito ansiosa, então eu quero ser rica, magra e ter o cabelo bom para ontem. Amo ler, escrever, dançar, tomar minha cerveja, conversar até altas horas, trabalhar em casamentos, ser Secretária Executiva. Mas também se um dia eu acordar e resolver virar hippie, ok, não me impeça. Porque se  tem algo que eu, Karla Karina gosto é de quebrar a cara. Tá, gostar gostar, nem tanto, mas tem outro jeito de viver esta vida maledita? 
Você conhece alguém perfeito? Com uma vida perfeita? Ah tem. Mas digo pessoas reais, de classe média baixa, que rala feito cão de sol à sol? Não temos minha gente e eu não me encaixo em nada perfeito, fofinho e encantador. Tenho um encanto ou outro, mas no geral eu sou um pé no saco, reclamo mesmo quando não estou feliz, sou curiosa, sou atentada, sou desafiadora, sou charmosa e gosto muito de um boteco e rede num domingo. Eu sou um ser humano mega feliz de estar chegando aos 33 anos, apesar dos pesares, quedas, insatisfações, medos, pés na bunda e foras. Sim, porque eu amo dar uns foras e não necessariamente no lado amoroso. 
Mas eu amo minha vida. Amo mesmo sabe? Ok, não sou feliz todos os dias e acho isso um porre, mas se é para chegar ao fim da vida com alguma maturidade, vai com lama, lágrimas, socos, ponta pés, quedas no abismo, inimigos, desaforos, cuspes na cara, três murrões nas costas, castigo... Recomeço.
E aí eu vejo que com 33 anos eu sou isso: recomeço. E gratidão, inclusive lá vou eu tatuar esta palavra no peito. Pense numa pessoa grata, meu Deus!! Tanta coisa massa, que os 10 anos de blog não demonstraram o suficiente. Nenhuma palavra que eu escrevo definem o que eu sinto pela minha vida, pela minha família, pelos milhares de amigos ao longo da vida, pela lista infinita de amores que vivi, pelas pessoas que me ajudaram, me estenderam a mão na hora da dor, do desespero, da vontade de me matar. Ou você acha que eu nunca quis morrer? Já e te digo que aconteceu umas 5 vezes, mas o que eu tenho de gratidão pela minha vida me impediu de ir para o outro lado, se é que ele realmente existe. Por estar viva hoje, com uma certa sanidade mental, bem pequena eu diria, que dia 28 de março eu terei um dia muito lindo, porque eu não quero pensar em nada de ruim, eu quero comemorar. 
Todos os dias.