sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mudança de máscara!

Ontem eu ouvi algo que me deixou imensamente feliz: que eu sou verdadeira.........
Eu sempre usei máscaras e já expliquei várias vezes de que forma.
Mas mesmo usando-as, eu mantenho minha verdade interior que sai de mim naturalmente.
Sempre uso as máscaras para permancer autêntica em diversos ambientes. Não me comporto com meu namorado, como me comporto com minha mãe. Não converso com meus sobrinhos, como converso com meu chefe. E assim vai indo. Na balada eu me solto, na Igreja eu rezo, em casa eu escuto conselhos de mamãe. Com algumas pessoas eu solto o verbo, com outras palavrões. Com minhas amigas opino sobre sexo, com meus amigos sobre futebol. No trabalho, profissionalismo absoluto, discrição, com a manicure fofocas imensas.
Me achava uma fdp sendo assim. Para mim algo estava errado, eu deveria ser eu sempre. Mas quem era eu?. Quem sou eu?.
Eu mudo sim. As vezes com relutânica. Bate uma preguiça daquelas mudar. Mas eu mudo. E sou camaleão ao cubo. Mudo a cor do cabelo e o estilo, sempre que estou a fim. Mudo a posição da cama e volto para a posição inicial só para mudar mesmo. Mudei meus hábitos alimentares, mas mantive o fast-food, a vodêga e a coca-cola. Ainda não mudei de partido e sou socialista pelas metades. Gosto de mudar de amizades, de núcleos, mantendo amizades antigas.
E a cada novidade eu me adapto, eu escolho uma máscara e uso.
Mas lá no fundão de tudo isso, sou eu. Sempre uma pessoa humilde. Mantenho caractéristicas que eu acredito que sejam importantes em todos os ambientes. Sou educada, eu escuto, evito opinar, e não bebo muito em todos os ambientes. Eu mantenho o por favor e o muito obrigada sempre vivos em minha mente. Respeito os mais velhos e os mais novos por mais irritantes que sejam.
Mas a máscara vem naturalmente. Eu não fico escolhendo qual usarei agora. Porque em todas elas eu sou inteligente e sensível. Sou alegre e saltitante. E amo minha vida.
Assim. Exatamente como ela é, mutante insaciável!
Acordei as 04 da madruga com um pernilongo me enchendo o saco e eu toda vermelha me coçando muito. Perdi a pouca paciência que me restava e desabei num choro, num desespero. Eu preciso dormir.
Preciso de férias, de descanso mesmo, daqueles de sentar em um lugar e não levantar para absolutamente nada. Ou uma rede com o mínimo de barulho. Ou de uma espreguiçadeira na beira da praia com aquela brisa e o cheiro salgado do mar entrando em minhas narinas. Preciso acalmar meu espíto e sossegar minha alma.
Quero companhia bem básica, mas que seja a companhia capaz de entender meu silêncio e minhas longas sonêcas.
Quero a paz da atmosfera divina. Quero driblar meu cansaço e esquecer detalhes amargurados.
Entrego as chaves e tranco a porta. Só abram quando eu puder me afogar no mar!