segunda-feira, 8 de abril de 2019

Divã do Bolshaia: Empatia

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Vamos começar a semana refletindo? 
Tivemos um fim de semana assustador com o fuzilamento de uma família no Rio, pelo Exército, por nada mais nada menos que 80 tiros. Isso é o que foi exposto em reportagem e que chamou a atenção da sociedade. 
E conto essa história, porque ela é grande, é algo que comove. Que nos coloca para pensar, até onde chegaremos com essa falta de empatia, falta de respeito e humanidade com o próximo?
Porque não é preciso um grande ato negativo para colocarmos a vida do outro para baixo. São em pequenos gestos de desrespeito, maldade e acidez que provocamos no outro sentimentos pessoais tão negativos, que o outro se torna um nada, para ele mesmo.
Algo que tenho aprendido nos últimos tempos e tem sido compensador, é parar, pensar e só assim agir. Porque eu sou muito impulsiva, e quando vi, já magoei o outro com algum comentário.
E não é fácil. O exercício de enxergar o outro, de pensar que ele pode não receber esta informação de uma forma como acha que ele deveria receber, é algo que precisa ser feito imediatamente, sempre, o tempo todo. 
Segurar a língua com as críticas chamadas de construtivas, que de construtivas nada tem, é um ato de profundo respeito com a história do outro. Entender que ele não é obrigado a ser o que você quer. Ele, o outro, é o quê ele é, e cabe a nós, respeitarmos. 
Manter a cordialidade do bom dia ao boa noite, é algo que precisa ser ensinado em matéria escolar, porque as pessoas perderam a mão, os pés e a cabeça. 
Em tempos modernos, de internet, de mimimi, como costumam chamar os desavisados, é extremamente necessário termos sim, cautela, cuidado, pensamentos positivos e respeito. É não fazer com o outro minimamente o que não quer que seja feito contigo. É se colocar em segundo plano, porque relacionamentos, afetivos ou não, são feitos de duas ou mais pessoas, e não há nada pior neste mundo do que colocar a cabeça no travesseiro e imaginar que alguém neste mundo está passando por algum momento no fundo do poço, porque você resolveu apenas ligar o sincerometro.
Obrigada! De nada!