Há algum tempo recebemos a ligação de um empresário que quer lever um amigo dos Émirados Árabes ao Perú. Em teoria não podemos dar o visto por ele não ter residência fixa no Brasil e não temos Consulados nas bandas de lá.
Mas o que me chama a atenção foi a frase do empresário. Ele afirma que ele (o árabe) é uma pessoa importante no país dele e que se eu quisesse poderia verificar o site da empresa dele e verificar a sua importância.
Achei interessante mesmo ele utilizar esse argumento.
Ainda não sei qual será a atitude de meu chefe em relação à isso. Aguardar para ver.
O fato é que ser recepcionista de uma Embaixada parece algo fácil. Em se tratando do idioma parece ainda mais fácil para mim. O que pega enfim é a convivência. O humor que varia. As pessoas educadas ou não. E eu tenho que estar sempre firme, linda (?), sorridente e tratar a todos de igual maneira. Estou aprendendo muito nesses últimos dois meses e estou adorando.
Um colega meu militar me criticou muito na época. Disse que eu seria uma recepcionista apenas, logo eu, formada em Secretáriado Executivo. Mas antes de pensar assim eu pensei na possibilidade de aprender, de poder me dedicar à oportunidade. Mandei ele cuidar da vida dele e ser um militar mais educado.Duvido muito que ele consiga atender ao telefone enquanto seu chefe te grita da sala e enquanto uma pilha de documentos está a sua frente esperando legalização e ainda mais quando chegam pessoas pedindo visto, passaporte e um monte de outras coisas. É preciso ter jogo de cintura, fibra para escutar sapos calada, sem chorar e ainda por cima respeitar as diferenças das pessoas com quem você trabalha e que muitas vezes não caminham no mesmo ritmo que você. Paciência e amor ao que se está fazendo é a chave principal para superar as barreiras comuns em todo e qualquer serviço.
Que Deus me abenções e abençõe a cada um que ganha seu dinheiro de forma honesta.