quarta-feira, 25 de julho de 2007

Em choque

Bruna Surfistinha: ‘Filme não será apologia à prostituição’
Ex-garota de programa rebate críticas sobre filme que contará sua história. E revela projetos de estrear no teatro e abrir sex shop.


A que ponto chegamos.. Bruna Surfistinha como exemplo de mulher e com sua vida contada em filme. Quem já leu o livro dessa mulher sabe que a vida dela, jamais poderia ser usada como modelo à sociedade. Ela tinha tudo do bom e do melhor e tonou-se garota de programa para confrontar os pais. Não foi por necessidade, por fome.
O sexo virou algo banal. Perdeu-se o encanto, a dignidade do fato. Me dá nojo assistir qualquer novela ou filme em que cenas de sexo são mostradas no ato total. Para quê eu não entendo, nós sabemos que isso é feito e como é feito, não há necessidade de mostrar isso às nossas crianças.
Sou contra o ensino de sexologia nas escolas para crianças. Sim, criança tem que brincar, correr, pular, ler e estudar. Não precisa saber como se faz sexo, como se prevenir. Cada criança tem seu momento de amadurecer e isso não é aos 5 ou 6 anos. Fico muito indignada com essa banalização do sexo e de ver uma mulher como essa Bruna ser valorizada pela sua coragem.
Coragem de roubar o marido alheio...Realmente deve ser muito difícil mesmo para ela. Estou em choque.............Cada dia mais....

Eu e a escola russa



Meu primeiro dia na escola em Moscou foi muito traumático........

Estava na cidada há 4 dias e já tive que ia à escola. Pública e sem falar um A. Beleza. Já estava nevando e eu já tinha meu casaco de frio adequado. Era uma quinta e a aula era de música. Subi com a diretora e entendi que ela falou algo sobre Brasilia que em russo é Brasil. Em sala 20 alunos caíram na gargalhada e eu não entendi porque estavam rindo da minha cara. E ninguém entendia meu nome. Eu falava Karla e eles entendiam Carmem, só porque eu não falo o R. Enfim...Uma aula de música numa língua que eu nada entendia.

Quando tocou o sinal, todos saíram correndo e eu me perdi da turma. Tempos depois descobri que estavam no ginásio (foi meu primeiro contato com pessoas que não tomam banho por vários dias, levei um susto com tanto fedor!!)....Imagina a merda, primeira aula de música e a segunda de educação física........E de cara pular um cavalo, esses de ginástica olímpica...Meu Deus, não consegui explicar que nunca havia pulado um lance daqueles, mas depois de várias tentativas de entendimento eu decidi pular...............E caí feito um saco de batata, para alegria geral dos meus novos coleguinhas de turma.

Não foi fácil..Chorei noites inteiras querendo voltar para o Brasil, e em seis meses de aula particular eu passei a tentar aprender sozinha. Dispensei a professora (cubana e ilegal no país) e comecei a viver de mímica, de gestos e foras , muitos foras. Passei a devorar livros e perguntar a todos o significado das palavras. Claro que graças a Deus eu sempre tive muitos amigos que me ajudaram a parender o russo e a viver bem lá. A Lilia foi fundamental nesse processo, porque mesmo sem me entender, ela tinha a maior paciência do mundo comigo e me ajudava a circular pelos grupinhos formados na escola.

Quatro anos depois eu fiquei em 4º lugar no ranking de alunos mais dedicados e bons alunos, não por nota, mas pela tentativa de ser uma russa normal, estudante e feliz!!

P.S: Sabe o porquê da gargalhada dos meus colegas no 1º dia de aula?. " Ah Karla você não era um macaco!!"

Russos e suas filosófias!