quarta-feira, 18 de novembro de 2009


Hoje tive um mini ataque de fúria insano. Disfarcei, tentei ser educada. Essas coisas de menininha bem criada.
Tem um rapaz que eu tento conhecer um pouco mais à fundo tem uns 2 ou 3 anos.
Tudo começou quando enviei por orkut uma mensagem para algumas pessoas que haviam morado na Rússia. Algumas poucas pessoas responderam, entre elas, este rapaz.
O vi ao longo destes anos 2 vezes, sempre de maneira rápida......Me sinto desconcertada ou até mesmo um pouco triste com a minha falta de capacidade de manter uma amizade com ele. Pelo que sei é um rapaz culto, inteligente e entende da Rússia mais do que eu milhões de vezes.
Mas hoje me bateu umas insinuações internas que me magoaram. Perceber que não possuo características necessárias para manter diálogos, ou mini amizades.
Esse sensação não é só com ele e não é uma observação que esteja me fazendo sofrer, mas é algo que me confunde. Meus questionamentos ressurgem e eu me fecho.
Em meu cásulo perolado.
Em minhas dores ressecadas e esquecidas por um coração triturado por amarguras felinas.
Tive um almoço absurdamente sem sal. Não na comida propriamente dito, mas me faltou sal no rosto, vontade, alegria.
Algo me angustiava e descobri que precisava conversar com a minha amiga que perdeu a mãe para um câncer maldito.
E ouvir sua voz me acalmou em certos aspectos, mas eu que era apenas uma amiga de faculdade, me sinto um pouco tensa com a situação. Afinal, a mãe de minha colega, durante algum tempo de nossas aulas, nos pegava de carro em um determinado ponto e me deixava na porta de casa. Nunca me cobrou nada. Era sempre sorridente, sempre achava engraçado meus comentários ácidos e era atenta aos nossos passos como profissionais, opinando, esclarecendo dúvidas. E o lanche que ela nos ofereu um dia, enquanto nós nos estapeavámos verbalmente na tentativa de elaborar um trabalho!!. Foi um lanche divino.
Não sei como é a dor de quem perde uma mãe. E espero estar preparada, caso chegue em algum momento esta bendita hora.
Aí lembrei que indo para o restaurante, uma garotinha passava com a mãe e dizia:"Preciso de um dia para crescer".
Quem me dera se fosse tão simples assim. Há pessoas que precisam de uma vida inteira e não observam e não crescem.
Tenho certeza que não foi o caso da Mercedoca.
Que Deus a tenha em seu lugar mais florido e brilhante.

inversamente encantado


Ah como eu detesto engarrafamentos!!!.
Durmo, mas assim mesmo eu consigo ficar cansadinha que doí. Doí as pernas e o pescoço, enquanto tento uma posição bacana para meu cochilo.
Hoje, quando tive meu primeiro levantamento de cabeça, olhei atravéz do vidro e me assustei....Quantos carros meu Deus!. Quantas pessoas com o objetivo de chegar em algum lugar e cumprir suas obrigaçãoes globalizadas!. Quantas pessoas angustiadas, doentes, cansadas, tristes, felizes, ricas, pobres,viúvas, solteiras.......
Todos passando por aquele sufoco de dirigir para si e pelos outros. Para não bater, para não piorar o congestionamento.
E o calor, colaborando para que o dia começe em absoluto frenesi.
E o suor que invade a dobrinha do joelho e os pés. Os óculos escuro que cai, a música que eu insisto em ouvir para acalmar os ânimos exaltadamente desvairados e indescentes.
A manhã sempre começa inversamente encantada.

Reflexionando limitações

Fez um calor sem limite esta noite. Dormi mal. Os bendito mosquitos sange-sugas resolveram atacar meu humilde pezinho de pato. A aula, para variar, foi incrível. Meus alunos são minha fonte de vida feliz, gratidão eterna!.
Hoje a faxineira vai lá em casa, tentar salvar a nossa vida entre bagunça e sujeira. Tadinha!. Essa moça, engraçado, tava me lembrando aqui. Eu a conheci enquanto era secretária no Instituto Cervantes e foi aos poucos me conquistando. Humilde e cheia de vida, me apoiou em diversos momentos de minha vida, principalmente quando tive uma tendinite nervosa. Ela se responsabilizou por mim, como uma mãe e é sem dúvida uma das pessoas que eu amo e admiro.
Hoje faz 3 anos que comemoramos os 15 anos de minha princesinha. E daqui a 3 semanas ela completará 18 anos. Reflito em como o tempo passa tão depressa. Relembrando agora, que festa foi aquela meu Deus!. Tudo tão lindo, organizado e feliz. Eu já dava sinais de estar doente, mas para mim, naquela noite nada mais importava, somente a felicidade da pequena. Graças a Deus, ela continua maravilhosa e esperta e acredito que tem um lindo futuro pela frente.
Hoje tem mengão....O dia será lindo!
Um beijo.