segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

10 anos depois do fim.

Não me lembrava a data certinho, mas comecei a ler um livro que fala sobre divórcio e me lembrei do meu. 

Não do meu casamento. Mas do meu divórcio que começou a ganhar forma no dia 11/12/2013 e que teve seu final, feliz, em 14/07/2014.

Não sei porque me lembrei disso, afinal, o feliz do paragrafo acima, não é ironia. Mas lembrei que sou apegada à datas e os sentimentos contidos nelas.

E me lembro muito bem daquela tarde. Fazia um sol lindo. E a gente conversava normalmente. 

Do dia que fomos ao Advogado, até o dia mesmo, 1 semana. Eu que tomei a iniciativa, afinal, desde o dia 02/01/2014 ele havia saído de casa e comecei a me incomodar com a forma como ele tratava o antigo lar, como se ainda fosse seu lar, mas sem pagar nada. Cômodo, inclusive né?

Assinado o divórcio, ainda pensamos em tomar um café, mas eu precisava voltar ao trabalho. Ele seguiu para a casa da mãe, seu refúgio preferido, sua segurança eterna.

Mais de 10 anos depois deste dia, sigo tranquila com a decisão tomada. Mas senti muito em vários momentos, a falta dele, um arrependimento e um medo de nunca mais me relacionar com ninguém.

Medo bobo, inclusive, porque eu não ia dar certo com ninguém mesmo. Deveria ter relaxado mais. 

Mas o tempo passou muito rápido e tenho hoje mais tempo de divorciada do que tive de casada e na trajetória toda até aqui, eu não digo que ah que bom, nem ah que pena. Porque eu aprendi que a vida é isso. Alguns dias bons, outros péssimos e isso sempre será, estando casada ou não.

Agradeço sim, os 4 anos vividos em comunhão, porque não foi um casamento ruim. Ele é um cara massa, mas se tem algo que eu de fato levarei para a minha vida é que na minha cabeça casamento é um. 

Sinceramente, não tenho energia para casar novamente, e muito menos mais outras vezes. Casei uma vez, e vivi este casamento em sua plenitude, para caso ele terminasse, como terminou, eu seguisse. Sem traumas e sem medo.

Não sou traumatizada, até porque meu ex, apesar de todos os problemas, nunca me tratou mal. Só acho que vivi a experiência e não quero novamente e sinto que está tudo bem, mesmo!

E claro, amém Senhor não termos tido filhos. 

10 anos depois do fim, esta é a maior recompensa.