quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Eu nunca recebo a visita de ninguém em meu setor.
Quando recebo, aparece o diretor.
Lei de Murphy mesmo!
A pessoa vive sem conversar comigo, mesmo on no msn.
É convidado para minha festinha.
Diz que esqueceu.
Eu ignoro.
Me liga para continuar piorando a situação.
Leva uma patada.
E diz que mulheres dificéis o atraem.
Oh céus!!!. A onde amarrei minha cruz?
Ano que vem eu desejo que:

Parem de achar Madonna a mulher modelo.......
Parem de falar da morte do MJ.....
Devolvam logo esse menino Sean ao pai.....
Que Susan Boyle vire logo cantora de verdade mesmo....
Que começe logo a copa e o campeonato brasileiro....
Alguém próximo a mim ganhe na mega sena....
Amigo tentando comprar mue ingresso para o show da Beyoncé.
Dedos cruzados.....
Passei por ali perto dos salões de beleza e estão obviamente todos lotados de moçoilas se emperiquitando para o natal.
Acho isso ótêmo, mas por sorte esta semana passarei bem longe!.

Faz um calor praiano na capital, mas...cadê o mar?
O melhor do meu almoço é a companhia inquestionável da Amada...
Uma figura interessantíssima e que já tá virando amigona!.
Sempre bom ter novos companheiros camaradas....

A vida segue mais linda!
Ainda sem microondas.
Aliás nunca tive, diante do fato de que na primeira tentativa, ele já me deu trabalho.
E eu até que estou com vontade de comer a minha pipoca de microondas.
Mas....Vamos ter que esperar por este momento.
Por enquanto tenho utilizado o fogãozinho para preparar miojos e chá, já que sem geladeira, a vida fica certamente ainda bloqueada.
Mas tá bom demais!
Eu não irei escrever nada sobre o ano que passou, porque o blog já acumula informações em demasia e com detalhes importantes.
E muito menos farei promessa para o próximo ano.
Acho chato e eu nunca as cumpro.
Só quero duas coisas saúde (que inclui amor, paz, carinho e abraços bem apertados) e tudo de bom que o dinheiro possa comprar (de preferência o pagamento do aluguel e da pós).
Eu sinto vergonha.
Eu sinto medo do medo e da insegurança da vida alheia.
Eu me costuro com pedaços de cetim roxo e não quero falsos brilhos de lantejoulas douradas.
Eu me escondo em cobertores flutuantes e ignoro o cheiro do mate do apartamento vizinho.
Eu tapo meus ouvidos às calunias coloridas e ao ruído dos tacones de plata da espanhola escandalosa.
Eu me reviro em carnes escaldadas no intenso temor da culpa da água quente e desavisada.
Eu vou ali, prender meu curto cabelo com os melhores grampos, roubados das sepulturas escondidas em terrenos baldios e desconcertados.
Eu sou eu em mistérios desmerecidos e em estiletes que cortam meus pulsos já sucumbidos pela dor de minha própria e mentirosa alma.
SIMULTANEIDADE
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

Mario Quintana
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".

Clarice Lispector

Depois de quase um mês, consegui ver um epísodio de CSI Miami. Estava com uma saudade do Rachel e seu charme afirmando que vai pegar o bandido. Ou quando ele coloca o óculos escuro assim, coom um jeitinho que só ele sabe fazer.
Ah se o Horácio me desse uma chance viu?

Da Chegada do Amor - Elisa Lucinda



Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.


Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999,

Elisa Lucinda
Começei a luta em minha tentativa de ver a diva Beyoncé ao vivo em Sampa....tomara que dê certo!
E em breve também Shakira na área!.
Assim eu morro do coração ou de pobreza!
Ha!