segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dizem que sente solidão quem não é amigo de si mesmo.
Mas por que quando eu me abraço,
o vazio continua?

Roubado de um blog chamado Carambolas Azuis.

Conclusão: abafa o caso!
Perco tempo.
A rotina me sufoca.
Papéis, telefone que toca.
A minha mente não me pertence.
Estou frenética.
Reflito, planejo, crio e recrio.
Pinto um quadro em preto e branco.
Escrevo textos, escondo as fotos. Abandono o passado.
Pessoas que vem e que passam.
Perdida.
O corpo pede uma noção de prazer.
Destilo meu veneno, dou uma esmola.
Durmo.
Tudo poderá mudar. Talvez não.
Pelo sim e pelo não, vou ao salão. Gasto. Como. Choro.
As lágrimas.
O drink de morango amarga em minha boca.
A solidão está de volta, o ano novo também.
A lembrança de seu beijo eu perdi, enquanto tentava escutar a música na pista de dança.
Luzes, fumaça, mãos que pairam no ar. Em camêra lenta, imagino um mundo inexistente. A boate lotada, não enche meu coração de alegria.
Acordo no outro dia, me sinto tão vazia quanto na noite passada.
Você vai embora, nem chegou ainda, nem tentou me fazer feliz por um instante sequer.
Bebo um gole de café. Cigarros não fumados.
Sapatilha verde jogada pela casa, roupas que não foram retiradas. Almofadas escondem a minha cara amassada e envenrgonhada.
Quero encontrar um refúgio de minha insanidade. Abraços que nunca chegam, desejos que nunca se realizam.
A paz utópica, sem noção, irreal.
A loucura de minha vaga mente, de minha infância mal resolvida.
O ano que reinicia. A fita cassete ainda está lá. Nada de novo, moderno.
Sou antiga, careta, mau amada.
Amigos que vão embora em um piscar de olhos.
A culpa.
Eterna.