terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Domingo no Fantástico passou uam reportagem sobre crianças que tão cedo entram para o mundo do crime e prostituição. Não dá para não ficar chocado e pensativo. Eu chorei.
Chorei por gratidão e por medo. Por não ter graçlas a Deus nunca ter tido vontade e nem a possibilidade de ser uma criminosa drogada prostituta. Medo de perder o que ainda nem construi. Medo de que a vida não seja cuidadosa com meus sobrinhos e filhos de amigos que estão apenas começando nessa loucura da rotina.
Pensei em meu futuro, na vontade ou não de ter uma família minha, filhos, e tudo isso que parece normal, mas que para mim é tão estranho e medonho.
Gostaria de ver toda essa juventude mais livre de seus medos e angústias. Uma juventude mais qualificada a defender sua pátria, sua vida, e seus sonhos. Não dá para sonhar com um mundo perfeito, sem nada de ruim, mas dá para sonhar com uma sociedade mais equilibrada, mais engajada, mais pensativa, mais solidária.
Sinto pelas mães desesperadas, pelos pais que maltratam, que são pedófilos. A mente humana me assuta imensamente e me escondo dentro de meus próprios problemas, que no fim das contas nem chega a ser um problema tão grave. Imaginei a realidade da mãe cujo filho vendeu a torneira em troca de crack. A mãe que por desespero entregou seu filho à justiça, na esperança de uma recuperação por meios mais severos, pois o amor não foi suficiente para curá-lo.
E ao dormir agradeci pela minha mãe. Tão pura, tão meiga, tão tudo para mim. Quem e acolhe até hoje e acredita em mim.
Dormi um pouco tensa. Mas espero. Sempre melhorar, e ver o meu semelhante melhor.
O sol apareceu. Brilhante, reluz a minha esperança em dias melhores.
A gripe manifestada, que assola a minha alma impura. A dor no rosto, resultado de noites em que procurei a tal felicidade, apenas flagelada em minhas internas vontades de ressurgir, do nada.
Venho por meio desta, progredir meus sonhos, meus amores e meus sentimentos sobre a minha pessoa. Imaculada, congratulations girl!, você está vencendo.
Ah se eu fosse você, sim. Assim diz o filme, que me fez rir e pensar no quanto eu preciso ser mais eu.
E quem seria eu de fato?
Um pouco de tudo, um pouco do nada.
A semana intensa. Dias que vão, passam. Mas floreço, e rejuveneço a minha santa insanidade. Na simples naturalidade de agradar o que me resta de vontades internas.
Ah saudades da infância!!!. Do cheiro de bolo da mamãe e de colo da irmã. Do chorinho da sobrinha pedindo a minha atenção. Das tardes de domingo em que a família inteira se reunia, onde toda mistura e maluquice eram ondas de alegria.
Saudades dos tempos em que eu não precisava pensar tanto, criar, inventar. Ah, se tudo pudesse voltar no tempo do futuro. E trazer de volta as melhores sensações já sentidas e vividas.
Amém!