domingo, 22 de março de 2015

31 anos - dia 25

Faltando bem pouco para terminar a minha saga de 31 textos. Sei que nem todos eles fazem sentido, outros emocionaram, ou emocionarão. A verdade é que estou escrevendo neste momento muito mais por mim. Acho que eu gosto dessa nostalgia e gosto principalmente de agradecer ao dom da minha vida fazendo algo que me completa, que é o ato de escrever sem parar. 
Daí vim aqui meditar sobre os meus medos. E olha, tenho vários. Mesmo com toda fé que eu tenho em Deus, eu tenho um outro medo que me faz conversar com Ele mais intensamente.
Um dos meus maiores medos é perder meus pais. Apesar de sabermos que é algo natural e que uma hora isso acontecerá, não tem jeito: tenho medo. E converso muito com o meu coração para que eu pare com isso. Não posso pensar nesse tipo de assunto. Peço muito que eu tenha equilíbrio para lidar com isso na hora certa. Tenho muita gratidão pelos meus pais e não sei como será o meu mundo sem eles. Agradeço demais por tê-los em minha vida e sinto que graças a Deus e na fé eles viverão muitos e muitos anos.
Outro medo constante é o desemprego. Meu Deus! E não é pela questão do material em si, do dinheiro em si. É muito mais amplo do que isso. Vivemos além de uma crise bizarra, em um mundo que é altamente competitivo, cobra mais do que muitas vezes podemos oferecer e tem sob nós um poder absurdo de destruição. Se você não estuda e acompanha o desenvolvimento do mercado, oh! Fora. E eu tenho medo. Acho que se eu não o tiver, me acomodo. E não gosto. Estou no mesmo local há quase 6 anos e sempre terei esse medo diário. Sei que as vezes é necessário, mas na minha atual situação todos os dias peço a Deus que me guie, para que eu nunca desanime na hora do desespero.
E destaco aqui um livro que estou lendo aos poucos: Como vencer o medo de fracassar, do Hans Morschitzky que tem me ajudado a respirar mais profundamente e a ter a certeza de que o meu maior inimigo é o meu pensamento negativo que me desestimula a querer o melhor e mais. Essa briga da vontade com o medo será eterna, certamente, mas ela não pode ser um bicho papão.
Agora que farei mais um ano de vida e cada vez mais ficando velha, eu aprenda e me acalmar enquanto o mundo gira e me leva ou para frente ou para trás. Antes de tudo: não desistir de na queda, limpar os joelhos, olhar para o céu a agradecer cada libertação.