Enquanto o mundo discute se flexibiliza ou não a quarentena, graças a Deus por aqui no meu trabalho, já flexibilizamos e estamos à todo vapor. Temos nova gestão e as coisas precisam seguir firmes, temos muito a realizar. Com saúde.
Obviamente tenho tido algumas crises por conta de ter voltado ao uso de transporte público, mas tenho tentado tomar os cuidados necessários e fora isso, me mantenho em casa. Mas já circulo com muito mais confiança do que há 3 meses, quando demoraram a definir como seria a quarentena das Secretárias e dentro de mim eu morreria em 1 semana. Não morri e até que me digam o contrário, estou bem.
Agora que estou vindo todos os dias, tenho até reparado, que a grande maioria das pessoas tem se cuidado, ao menos com o uso da máscara. E eu tenho feito um horário bom, porque assim eu não ando em metrô e ônibus cheios. Tem dias que vou de motorista particular.
Mas uma coisa tem me encafifado: o meu grau de lerdeza no trabalho, sabe-se lá se posso culpar a pandemia, está muito alto. Muito mesmo. Estou em uma agonia extrema. Coisas mínimas, parece meu primeiro emprego. Sinto uma vergonha. Ok, já passei por isso em outros momentos, mas passar por isso estando quase a completar 5 anos de Ministério, 4 só neste Gabinete, é duro de aceitar. Saio do trabalho diariamente com uma sensação de que estou em um beco sem saída.
E assim vamos atravessando esta fase. Tem dias que chego em casa feliz, afinal, como não ficar tendo casa, comida, roupa lavada, emprego e saúde? Estamos sim em um privilégio. Estou sendo amada em um nível profundo por Deus. Mas não nego, que em muitos outros dias acontece tudo ladeira abaixo e eu fico com a cara do John Travolta na janela do Windows.
E seguimos. Não tem outra forma não é mesmo? Coragem gente! Isso há de passar.