quarta-feira, 27 de abril de 2016

Há muito tempo.

Faz tempo que não escrevo aqui. A última postagem foi nos 09 anos do blog. E tenho sentido falta, mas estou com vergonha.
Explico. Não tenho vergonha do meu blog, nem do que escrevo. Só que não me sai da cabeça a mensagem que recebi de uma pessoa que acabou com o meu blog. E comigo. E aí que eu decidi escrever menos do que o costume. Essa pessoa até disse que não iria ler mais ao Bolshaia, mas por precaução prefiro evitar.
Fiquei sim chateada e não pela crítica em si. Mas achei muito pesado a pessoa dizer que eu só escrevo abobrinha.
Será que ela imagina que algum desses textos que ela não gostou fez um bem a alguém? Será que ela não pensa que esse texto pode ter feito bem para mim? Ah claro que não!. É muito libertador falar mal do outro, da vida do outro, das conquistas do outro. E eu espero que essa pessoa tenha se sentido muito feliz com o que ela escreveu.
Essa pessoa na verdade, apesar de grossa, foi útil. Porque ela me fez repensar algumas coisas e decidi que de fato só escreverei no blog quando me der realmente vontade. E ultimamente não tenho tido muita vontade porque ando muito atribulada. Hoje, resolvi dar uma passada. Afinal, abril quase terminando e queria registrar aqui para a posteridade que estamos atravessando um momento político muito caótico e que de fato estou com medo do que pode acontecer.
E para quem me acompanha, continuem, hahaha. Assim, irei escrever, não desistam de mim. Mas tentarei ao máximo escrever mais com o coração. Nada de falar sobre algo que não seja o que eu realmente sinta. Pode ser que demore. Pode ser que não. Hoje, apesar de tudo, não tenho necessidade de me mostrar (quem me acompanha no facebook percebeu que esta semana eu nem foto do look postei). Afinal, é tempo de reclusão. E eu irei conseguir.

Um beijo à você que me ama. E à pessoa que acha que escrevo muita abobrinha. Me fizeste um bem. Nunca esquecerei.


quarta-feira, 13 de abril de 2016

09 anos

E hoje, 13 de abril, este humilde blog completa 09 anos. 
Em todos esses anos eu pensei em desistir várias vezes. Seja porque ninguém o lê, e aqui faço uma ressalva de que devo ter entre 02 e 03 leitoras fieis. Em outros momentos porque algumas pessoas que me conhecem até há mais tempo que a existência do blog me perguntam: sobre o quê é ele mesmo? 
Nunca quis com este blog me tornar uma blogueira famosa. Sei também que não sou escritora e que não escrevo os melhores textos do mundo.
Escrevo porque gosto. Sempre foi assim, inclusive quando eu nem escrevia, nem lia, eu contava histórias desenhando, e claro, não era boa com os desenhos também.
Mas desde que me entendo por gente, escrevo. Diários, histórias, crônicas, cartas. Na escola sempre fui eu quem escrevia os trabalhos e ainda os apresentava. Quando mamãe queria mandar alguma  carta  lá de Moscou ela sempre me pedia opinião. Cartões de aniversário, homenagens em bodas, 15 anos da Ratattoulie. Em muitos outros momentos o que eu escrevi fez a diferença. Ou seja, isso de escrever não é algo que talvez eu faça bem, mas faço porque gosto.
Com o blog não é diferente. Gosto do meu cantinho. Gosto de narrar minhas desventuras, meus dramas, minhas alegrias. Sem ele eu não teria superado de forma honrosa minha separação. Gosto de ler meus textos antigos, ver que eu venci e venço de forma bem humilde eu diria. Gosto até de rir com algumas coisas bem nada a ver que eu escrevi. Gosto de me desnudar, de me manter sã diante de tantas coisas que vejo, escuto e sinto.
Recebi e recebo duras críticas por escrever. Para alguns escrevo abobrinhas, sou bobinhas, infantil... Escuto que nada do escrevo faz sentido. E muitas pessoas me acham muito aberta, contando fatos muitas vezes íntimos demais. Sem contar que muitos se posicionam contra alguns posicionamentos meus.
E vejo que mesmo assim eu não desisto. Mesmo achando que devo melhorar, que meu blog não é atrativo e que muita gente até pode ler mas nunca mais volta, não desisto. Eu faço o que me dá alegria, que me acalma quando tudo parece que vai desabar. Não sou hipócrita, claro que quando escuto elogios eu até me acho e pasmem, também já ouvi muitos, inclusive de que determinado texto inspirou ou fez refletir.
Sempre peço desculpas quando um texto não sai como o esperado. E na maioria das vezes peço desculpas a mim. Até hoje apaguei 03 textos e apaguei porque ele não deveria mesmo ter existido. Não somente pelo texto, mas porque quando sinto que não passei o que realmente queria passar, prefiro apagar. 
Agradeço a quem nos últimos 09 anos leu algum texto meu, gostou de algo que eu escrevi e me elogiou. Agradeço também às pessoas que não gostam do meu blog, do que eu escrevo ou de mim. São por vocês que eu não desisto. E principalmente por mim.
Se eu quero mais 09 anos? Por que não?
Com saúde, a vida segue e segue firme.

Beijos e beijos!