terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu estou com vontade de encontrar uma pessoa e dizer poucas e boas.
Desabafar sabe?.
Eu costumo resolver as coisas na base da conversa, não gosto de desprezar. Prefiro berrar, chorar e até magoar, mas falando, gritando, aclamando.
Esse lance de ignorar me faz pensar em superioridade falsificada. Detesto pessoas que agem como se não houvesse amanhã. Como se ela sendo exatamente como eu sou, tem o direito de achar que pode me humilhar, pois para mim, silenciar diante de um pedido de sinceridade é a pior das formas de tratamento.
Mas aí eu reflito que aprendi que tenho minhas próprias lutas internas. E sei que cada coisa acontece exatamente para que eu olhe para frente.
Odeio o papo auto-ajuda, mas à essa altura do campeonato só o tempo mesmo.

A moça que fala muito mais do que eu

Antes eu era a única pessoa a quem meu chefe poderia contar sobre seus 40 anos no mar. Agora eu tenho companhia de um rapaz de 20 e pouquinhos anos. Simpático e bonito, teremos agora leves e engraçados dias pela frente.
Agora eu preciso tentar calar a boca de um simpática mulher da sala ao lado. Ela fala tanto, que chego a imaginar que sou muda. Ela consegue me barrar.
Da próxima vez que alguém disser que eu falo demais, apresento a vizinha de sala.
Eu sei tudo sobre a vida dela, que é divorciada, que a pensão é X, que a filha é isso, que o irmão operou, o carro quebrou e de ainda escuto conselhos espirituais e ela decifra sonhos.
Tudo de forma muito intensa.
Eu mereço!

O contrato maluco

Sinto muito sono, é eu acordo as 05h40, pego o metrô as 06h57 e um outro bus as 07h30, chego as 07h50 em frente ao trabalho. Na volta, pego o bus as 18h25 e apareço em casa as 19h50.
Isso todos os dias de minha vida, desde o mês de maio.
O lance pior que isso, é saber que, a empresa que me contratou, faliu. Eu já tinha cumprido 1 mês do contrato de experiência, os famosos 3 meses. Com a nova empresa assumindo o posto amanhã, eu recebi a notícia de que somente a partir de amanhã é que o meu contrato de experiência está valendo de fato.
Sim eu terei que passar por mais 3 meses e o passado eu perdi, é como se eu nunca tivesse trabalhado lá.
Se eu não tivesse recebido salário, eu teria me jogado do 4º andar da empresa.
Essas coisas só acontecem comigo!.
Nada pior que perder o bus, mas eu creio que conseguir pegar o bus e ele morrer no caminho, ah isso me tirou do sério. Tive que cancelas a minha amada aula e ainda voltar à pé para o caminho de origem para conseguir voltar para casa. Sim, a minha cidade é bem planejada para pessoas possuidoras de carros imaginários.