terça-feira, 16 de outubro de 2007

Alguns medos

Se tem uma coisa que me assuta é a morte. Não que eu tenha medo de morrer, mas não aceito muito bem a idéia. A morte me incomoda principalmente quando penso em entes queridos e especiais.
Eu perdi pessoas especias para mim: minha sobrinha, meu avô, amigos que se foram muitas vezes por uma bobagem , como o caso do dj que tocou em minha festa e morreu apostando corrida. E algumas pessoas que não são de nosso convívio e ao morrerem mexem com a gente, como é o caso de um rapaz lá da faculdade que faleceu de sábado para domingo num acidente de carro. Ele era novo, estava formando se não me engano, ou fazendo uma pós. Aí eu me pergunto qual é a finalidade de viver, se ao final tudo que fizermos ficará para trás, muitas vezes sem nenhum reconhecimento, agradecimento?.
Sofro quando penso nisso. Penso na luta de meus pais, anos fora do Brasil, no frio, na dificuldade. Penso em tudo que eles construiram, e penso que a vida pode deixar de existir. E me desespero, porque a morte é injusta. Me desespero quando penso que todo meu esforço para me formar, para formar uma família, ficará para trás.
Tudo bem que só penso nisso quando escuto sobre a morte de alguém, mas todas as vezes que penso fico com medo, medo de não viver o suficiente para ser feliz, para ver meus queridos felizes. Medo de não ter tempo de me tornar uma ser humano melhor.
Medo que passa, quando vejo que estou aqui. Ainda!

E a palhaçada continua!

Calheiros deve renunciar à presidência do Senado
presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tomou ontem a decisão política de renunciar ao cargo. Acuado por quatro processos por suposta quebra de decoro, Calheiros disse a aliados que, ao abrir mão da presidência, terá mais chances de preservar o mandato e, conseqüentemente, os direitos políticos. Até o início da noite de ontem, o senador não havia escolhido a data para o anúncio. Mas, ao lado de sua mulher, Verônica, deu início às formalidades necessárias para deixar a residência oficial da presidência do Senado, onde morava desde que foi eleito, como, por exemplo, a vistoria dos bens da casa. A troca de moradores só é autorizada a partir da inspeção. A idéia de Calheiros é seguir, ainda esta semana, para o apartamento funcional da família, localizado na Asa Sul.
Em conversas com interlocutores nos últimos dias, Calheiros considerou que sua situação política deteriorou-se consideravelmente de quinta-feira para cá. Um dos sinais do enfraquecimento, avaliou, foi a abertura das negociações para a sua sucessão e a possibilidade de instauração do quinto processo contra ele, confirmada ontem, sem que ninguém, nem mesmo os governistas, se insurgissem contra.
Mesmo Calheiros não tendo deixado definitivamente o cargo, por exemplo, o presidente em exercício da Casa, Tião Viana (PT-AC), tenta se cacifar a fim de permanecer na cadeira mais importante do Legislativo. Ontem, no primeiro dia à frente do Senado, o petista tratou de ocupar o espaço do colega. Mapeou os cargos à disposição da presidência da Casa e dispensou os assessores de confiança de Calheiros, que na quinta-feira informou por meio de comunicado que decidira licenciar-se por 45 dias. No gabinete da presidência da Casa o cenário ontem era de terra arrasada.
Enquanto o requerimento com o pedido de afastamento protocolado por Renan era lido no plenário por Tião Viana, integrantes da tropa de choque do peemedebista negavam os rumores de que o colega renunciaria à presidência.
"Conversei com o Renan há pouco. Ele não vai sair agora, mas não se descarta renúncia ao cargo no futuro dependendo da evolução do cenário político", revelou o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), fiel aliado do presidente licenciado do Congresso.
O PMDB tenta evitar que o debate sobre a sucessão ganhe corpo.
"Ninguém tem o direito de discutir isso, pois o cargo não está vago", ressaltou o líder do partido, Valdir Raupp (PMDB-RO). "É antiético."
A oposição reconhece que o PMDB, por deter a maior bancada, tem o direito a indicar o nome do eventual sucessor de Calheiros. Exige, no entanto, que seja um senador com bom trânsito no governo e na oposição. O grupo de senadores que defende o presidente licenciado esperava que o governo tentasse apressar a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o Orçamento do ano que vem. Mas não recebeu nenhuma indicação nesse sentido. Acreditava que, assim, as votações em Plenário das representações por suposta quebra de decoro enfrentadas por Calheiros seriam adiadas. Dessa forma, o parlamentar, que foi absolvido no mês passado da acusação de receber ajuda de um lobista para pagar contas pessoais, teria mais tempo para convencer os demais senadores que não haveria provas para cassá-lo.
JB Online