terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O que aconteceu de bom com você em 2021?



Vi essa pergunta no instagram e fiquei pensando na resposta, que não coloquei lá, mas venho divagar por aqui. 

12 meses intensos, ainda em pandemia, com um monte de desastre acontecendo, e eu não consegui, por um tempo, pensar na resposta.

Porque antes de pensar em mim eu penso no coletivo e eu sei que para muita gente, este ano foi de muita luta, de sobrevivência, de superação e de muita dor. Tanta gente que morreu, tanta gente que perdeu, emprego e pessoas, que seguiu desempregado, doente e com questões internas cheia de altos e baixos. 

Mas voltando para mim, o ano teve de um tudo, mas o de bom com certeza foi eu ter começado a ir à psicóloga. Isso fez real diferença na forma como eu lidei com os últimos dias, com tanta pressão, interna e externa, com tanta tragédia que me incomodou, com tanta gente que insistiu (e insiste) em me machucar. 

Consegui colocar para fora muitas pequenos fragmentos de dores antigas, e de certo modo, me abri para dentro de mim, entendendo que nada (ou quase nada), é culpa minha ou problema meu. 

E consegui me firmar no propósito de encarar que sou eu por eu mesma, que ninguém liga se estou ou não na merda e que eu preciso acreditar em mim porque cada um tem seus real endividamento com sua história. 

Tive muitos bons momentos no meio do caos, como a vacina (mesmo ela quase me matando), fui à João Pessoa (de novo e de novo), assumi meu cabelo curto (curtíssimo) e me assumi como ser humano que quer ser solteira, não dando brecha alguma para ninguém me transformar em uma louca apaixonada zumbizenta. 

Zero planejamento para 2022 - exceto - seguir tentando ser uma profissional descente, pagando as contas, dormindo 8 horas por dia e tentando me alimentar minimamente melhor, o que inclui voltar a comer carne porque minha médica não aguenta mais minhas taxas alteradas por falta de vitaminas e afins. 


Resuma o seu 2021 em uma palavra...

Difícil demais fazer isso, ainda mais em um ano tão intenso quanto o passado e que trouxe de tudo um pouco, de positivo e negativo. 

Pessoalmente a palavra que define meu 2021 foi solidão. No sentido de que pela primeira vez, acho que na vida, eu não me relacionei com ninguém. Não me apaixonei. Não senti nenhuma necessidade real de ter alguém comigo.

Me permiti observar mais o meu próprio mundo, criar raízes em meu lar e amar me orientar pela minha própria presença.  

Já vinha fazendo isso em 2020 e em 2021 eu intensifiquei o auto cuidado. Devo muito isso às idas à psicóloga e todo nosso diálogo sobre não fazer o que eu não quero, principalmente em se tratando da minha vida social, tendo em vista que na grande maioria das vezes eu até vou, mas sem querer estar de fato ali. 

Tenho preferido ficar em casa sempre que possível. Tanto é que os planos iniciais para o ano novo são no máximo jantar na casa de uma amiga e passar o fim de semana inteirinho fazendo nada além de assistir televisão e comer pipoca nos primeiros dias de 2022.

Me deram este conselho: comece o primeiro dia do ano fazendo o que mais quer fazer ao longos dos próximos 365 dias e o que eu sei que de fato necessito é dormir, então, que se Deus quiser começarei dormindo e terei mais tempo para dormir neste novo ciclo que Deus nos permitirá viver. 









segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O que você diria para a última pessoa que machucou seu coração?

A última pessoa que machucou meu coração saiu de minha vida, depois de 15 anos de amizade e 5 anos dizendo que me amava. 

Foi um relacionamento rápido, sem muita emoção e um final dramático. Pelo menos para mim, claro. 

E o que eu diria para ela? Obrigada por ter feito o que fez. Na hora eu odiei, quis durante um tempo entender o que eu tinha feito de errado... Mas a verdade é que há um ano, a minha vida mudou e eu entendi a importância da minha caminhada sozinha. 

Agradeço de coração por isso, porque eu sempre achava que precisava de alguém para ser feliz e normal. E sempre errava, porque criava uma relação muito mais maternal do que de amor, ou claro, uma relação obsessiva. 

E com esse fim, doído, eu entendi finalmente que precisava me adaptar à solidão e graças a Deus, em 2021, consegui ser sozinha, me bastar e me sentir bem com isso. 

Em 2022 peço a Deus que eu siga essa jornada bem e com muita saúde. Porque a verdade é que para eu me relacionar novamente, terá que ser alguém deveras especial. 





quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

O que você não fez em 2021?

Na virada de 2020 para 2021 não fiz nenhuma resolução específica. 

Pedi a Deus saúde para conseguir realizar os casamentos, seguir empregada e se Ele achasse que eu merecesse, um amorzinho. 

Ele achou por bem que eu seguisse trabalhando e focasse apenas no profissional.

Então que este ano eu não me apaixonei. Zero. Fiquei, mas literalmente por ficar, sem sentimento, sem vontade, inclusive de encontrar novamente. 

E também não fiz dancinha do Tik Tok, no Tik Tok. Nem conta tenho. Fiz muitos reels voltados para o Bolshoi, mas conforme prometido (e olha que detesto prometer), eu não aderi às danças confusas (saudade das coreografias da década de 90).

Segui rezando o terço todos os sábados, mesmo em dia de evento, acordando inclusive, às 05h00 para não deixar de cumprir meu propósito. 

E se Deus quiser, sem resolução específica para 2022. Sigo com as metas deste ano para o próximo: não me apaixonar, não fazer dancinha do Tik Tok e seguir rezando o terço (até o fim do Covid-19). 




quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Se você aceitasse que a perfeição é inatingível, de que insegurança você abriria mão?

 


Apesar de ter melhorado muito, me sinto extremamente insegura em vários pontos de minha existência. 

A que mais me incomoda, é a que afeta diretamente o meu lado profissional, pois sempre me acho aquém do que preciso desenvolver. 

Me acho bem marromenos como Secretária e também como Cerimonialista. 

O que eu tenho feito é cuidar disso com a terapia e sim, as coisas estão mais leves. Sofri muito este ano com um casamento e um 15 anos (que saíram completamente do planejado) e isso me fez cair um pouco internamente, mas foi melhor do que há uns anos quando achava que nunca daria certo como cerimonialista. 

E sigo. Me dedicando, acreditando mais em mim do que muita gente. E mesmo com medo, faço, escrevo e realizo sonhos. Não acredito mesmo em plenitude e perfeição... Tudo certo. 

Para o próximo ano, desejo que todos nos aceitemos em nossas mínimas e máximas imperfeições, angústias, receios e inseguranças. Com fé, cumpriremos nossa batalha, nossa rotina, nossa jornada.




sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Você consegue dar nota para a sua felicidade?

 


Com a maturidade, aprendi a impossibilidade de ser feliz o tempo todo. Entendi que a gente é feliz por breves momentos. E que a felicidade é individual. 

Hoje, me sinto feliz, embora não podendo dar uma nota 7 para isso. Estou feliz principalmente por não ter morrido de covid e seguir empregada. 

O que me faz feliz é estar trabalhando e é isso que me faz acordar já agradecendo e sorrindo. 

Não estou tão feliz em outros setores de minha vida, mas aproveito os momentos específicos para pensar que ainda assim, viver vale muito a pena. 


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Como tem sido 2021 até aqui para você?

Entramos no último mês do segundo ano da pandemia. 

2021 não tem sido fácil para ninguém. 

Muito desemprego, muita fome, muita instabilidade política e pessoal. Muitas pessoas em crise, sem dinheiro, endividada e se separando.

Um ano de muita tristeza.

Teve coisa boa? Certamente. Mas acredito que essas coisas boas vieram muito mais para quem está empregado, principalmente, porque é isso que tem mantido muita gente de pé.

Pessoalmente, tenho vivido o misto de sempre: ansiedade com sorrisos no cantinho da boca por algo bom. Estou muito mais calada, escutando mais do que metendo os pés pelas mãos e rezando a cada vez que sinto que devo rezar.

Meu coração segue em paz, sozinho e tranquilo. Aliás, primeiro ano de muitos que eu não caí em nenhuma armadilha e confiei na máxima do "antes só do que mau acompanhada".

Estou trabalhando muito e estou usando toda a minha energia nisso. No meu Cerimonial, estou bem estável na criação de conteúdos.

Tirei muita gente do caminho, por pura vontade de ser sozinha e estou cada vez mais introspectiva e caseira.

Focada mesmo estou em minha saúde mental, então que desde que comecei a ir à psicóloga, estou menos ligada à problemas que não são meus e fazendo zero questão de conhecer novos caminhos. Estou mantendo firme o que já construí e pedindo a Deus que eu não me encontre mais em nenhuma situação profunda de tomada de decisões. 

Graças a Deus, estou muito melhor do que até o ano passado. Mais confiante e mais tranquila com quem sou. Afinal, apesar de não ser Gabriela, para o próximo ano, pretendo seguir firme sendo exatamente quem sou.

E espero que profissionalmente, com saúde, as coisas permaneçam. 

E claro, sem Covid. 



segunda-feira, 29 de novembro de 2021

E o fim de ano se aproxima e o novo ano também!

 


Estamos terminando mais um mês e logo é dezembro (aquele mês que me irrita bastante do começo ao fim) e a gente percebe que nada mudou.

A gente segue sendo humanos, a maioria sobrevivendo, sem um prêmio Nobel da matemática ou a invenção de alguma máquina importante. 

Seguimos medíocres, e a grande maioria sobrevive com pequenos salários ou com esmolas. Uma grande parte faz tratamento psiquiátrico para lidar com gente que faz questão de, com o perdão da palavra, foder a nossa rotina, que já é uma rotina de engorda, ou de fome, de stress, dívida e nome sujo no Serasa. 

Uma outra parte vive em relacionamentos chatos, sem sal, sem graça e principalmente, sem sexo, porque sem amor, ok, é normal. 

Crianças tentando aprender algo na escola, adolescentes que fingem estudar para o vestibular, mas que estão é fumando um e descobrindo a sexualidade, que muito provavelmente será mais uma furada na vida. 

Ah mas tem coisas boas? Sim, e é isso que faz esse tipo de gente mencionada por mim, que hoje acordei com dor de ouvido, pessoas de luta, de batalha e de fé, porque mesmo o caos no qual nos encontramos, é isso que ainda nos mantem de pé, no ônibus, na bike, no carro sem gasolina, na mesa com alimentação reduzida e no trabalho, que graças a Deus quem tem, segura. E em relacionamentos que, se o seu for bom, abençoa senhor. 

Nos preparamos, todos, sem exceção, para um próximo ano. E como já percebemos há 2 anos, estamos todos no mesmo mar. O barco no qual cada um estamos, aí é uma questão de Deus e o nosso merecimento... ou nosso destino? 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

O fim do ano se aproxima

Estamos na metade do mês de novembro e sinto o cheirinho do novo ano.

E comecei internamente a repensar algumas atitudes, porque não quero ter que acumular isso para dezembro, na esperança de que o próximo ano mude tudo. 

Já posso garantir que 2021 também foi um péssimo ano, com momento bons. Poucos momentos bons.

Foi claro, um ano com covid, com adiamentos de casamentos, muita depressão, insônia, medo, insegurança e solidão. 

2021 foi o ano em que mais me senti sozinha. Em vários sentidos. Apesar de ter conhecido muita gente legal, ter viajado e ter fortalecido algumas amizades, neste ano eu me senti extremamente sozinha, até mais do que no ano passado, no auge da pandemia. 

Tudo bem, que algumas pessoas me fizeram um grande favor se afastando de mim. Obrigada. Mas sofri um pouco com alguns afastamentos, alguns sim que viraram não e muitos sim que foram sim, mas que a pessoa não queria de jeito algum a minha presença na vida dela. 

Mas sigo firme. Confiante, em partes, de que o próximo ano possa ser melhor do que este. Mais uma vez não farei planejamento algum, porque comprovei que está tudo bem não fazer planos, mas continuar cumprindo as tarefas, em silêncio e com fé. 

Me conta aí: como está sendo o seu 2021? Já tem planos para 2022? 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Marília Mendonça

 


Passado o choque inicial da morte da Marília, ainda com tristeza, relembro essa cantora que embalou minhas muitas noites de dor pelo que é minha vida amorosa: um total desastre.

A cada fim de relacionamento, ela vinha com um soco e um sopro. 

Desconheço, pelo menos em minha vida, quem tenha tido um papel tão importante, sem saber de minha existência. 

Acompanho a carreira dela, desde quando ela estourou nas rádios. Em 2016, fui ao Festeja com uma amiga, em Goiânia, e o show dela foi de arrepiar. Digno desses shows gringos, mas com uma personalidade única, e claro, ingressos mais baratos. 

A lembrança que tenho deste show é que ela bebeu o tempo todo, e não era água, e fez uma linda homenagem ao Cristiano Araújo, que tinha morrido não há muito tempo. Teve flores jogadas de um helicóptero e foi muito chororó, de mais de 50 mil pessoas. 

Cada música, me representa de alguma forma e representa você, mulher que é real. Que sofre, trai, paga as contas, vai pro boteco, pro jogo de futebol, para igreja... Amante, oficial, traída, traidora, corajosa, descente, indecente... Para Marília nós podemos ser o que quisermos. Que haverá sim sofrimento quando der alguma merda, porque sempre dá, mas que é preciso ter coragem para seguir em frente. 

Aprendemos, observando ela se tornar cada vez melhor (principalmente uma mulher poderosa e mais linda), que a gente só precisa se valorizar, não ter vergonha de errar, de cair, de tomar um porre ou outro, de ter alguma recaída, de não entender nada e meter os pés pelas mãos.

O que importa é ser humano. Porque é isso. Mulher é um ser humano e independente de onde ela esteja, ela seguirá sempre querendo o melhor, da melhor maneira, sem perder a coragem.

Obrigada Marília. Você para mim, foi e será sempre, uma cantora incrível, com uma personalidade admirável, uma inspiração pela doçura e força, misturado em um profissionalismo sem igual. Sua morte é um daqueles baques do qual nunca nos recuperaremos, principalmente para pessoas como eu, que amam sertanejo e amam uma mulher cantando sertanejo. 

Mas nada é por acaso. Que Deus cuide do Léo, sua semente neste mundo, assim como seu legado musical. Que ele se torne um homem do bem, assim coo você, foi uma mulher do bem. 

Canta muito aí no céu, porque quando eu chegar aí, quero continuar te ouvindo cantar. 



quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A difícil arte do silêncio

 


Como todos já sabem, desde janeiro vou à psicóloga tentar recuperar um pouco da dignidade que anda meio perdida, especificamente, desde 2016.

E lembrei que na sexta passada, uma jovem do meu prédio se jogou do 3º andar. Cheguei do trabalho e tinha acontecido há pouco tempo. Minha amiga do salão viu tudo, porque a moça caiu em frente ao estabelecimento que estava com várias clientes no momento.

O que sei da situação é que ela tomou uns remédios para epilepsia, avisou ao irmão que iria se jogar e se jogou. O irmão, que mora perto, saiu em desespero na tentativa de evitar e, infelizmente, não conseguiu. Ela se jogou com tudo e caiu entre dois carros, e apenas um danificou muito. Ela quebrou a telha, alguns ossos e a dignidade. 

Não sabemos como ela está agora. Sei que está ainda internada por conta física, mas o que quero saber é como ela está com relação à cabeça, neste momento. Digo isso porque enquanto ela era socorrida, muitas opiniões foram ditas, tais como: isso é falta de Deus; olha o prejuízo; espero que ele tenha seguro; tão jovem, tanta gente querendo viver...

Tudo isso aí é verdade, mas, a vida mental do outro, é a vida mental do outro e só ele sabe como que funciona tudo lá dentro da cabeça. E hoje eu aprendi, principalmente isso: que você pode ser a pessoa com mais fé na face da Terra, que ainda assim, coisas ruins te assombram, te perseguem e te incentivam a desistir. 

Digo por experiência própria. Quantas vezes, em oração, pedi a Deus que me levasse? Quantas vezes, depois de um dia ótimo e feliz, eu não cheguei em casa com uma vontade imensa de morrer? E isso, só quem sente, lida. O outro, por favor, reze. Ajude se puder, quando puder e se lhe permitirem. Não critiquem, porque pessoas assim, elas já mutilam demais a alma e o físico, querendo não querer que tudo acabe. 

Fico até aliviada quando alguém me diz que não precisa de terapia, que tem um dialogo muito bom com Deus e tudo mais. Olha, isso é realmente um sonho. 

E para finalizar, precisamos parar de dizer que quem se mata não vai para o céu. Porque isso não é o que irá mudar o pensamento firme de desistência. 


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Fim de férias

As férias acabaram sexta passada, véspera de uma big festa de 15 anos, 3 adiamentos depois. 

Foi um retorno especial, no sentido de que meu mimos pelo Dia do Profissional do Secretariado estavam me aguardando. Mas foi cansativo, porque a gente sabe que descansar mesmo no período de férias, eu descansei minimamente.

Em minhas férias eu não dormi até tarde, saí bem menos do que merecia, ainda mais porque em minha cabeça é natural que ainda estejamos em pandemia e segui solteira e encalhada. 

Mas se tem algo que eu fiz de verdade foi trabalhar. A começar pela confirmação ativa dos convidados do aniversário de 15 anos no dia 16/10 e seguimos com todo os stress natural pré-festa, com mãe intensa e cheia de dúvidas. Então que logo que retornei da viagem, me entreguei quase que 100% ao evento e infelizmente, tive várias crises de ansiedade. 

O tão aguardado dia chegou, com 20 horas de trabalho sem parar. Foi uma noite linda, encantadora e no final, me restou vários estresses e reflexões sobre o que é preciso melhorar. 

E ontem, segunda, é que eu considero meu real retorno às atividades do Gabinete e recebemos a triste notícia da morte de uma colega de trabalho por conta do Covid, depois de uma luta que durou 2 meses. Está sendo muito difícil e doído, porque ela era uma dessas mulheres incríveis sem fazer estardalhaço, generosa e coerente em tudo que dizia, pensava e fazia. Um tipo desses raros atualmente. Na tristeza da perda, desejamos que ela encontre a paz e que a família seja reconfortada neste momento tão difícil. 

A volta das férias me trouxe mais trabalho pro Bolshoi Cerimonial, com casamentos em abril, maio, agosto, setembro e outubro. 

Então, vamos que vamos, com saúde, coragem e esperança de dias cada dia melhores. 



sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Minha viagem para Jampa

 



No dia 07 de setembro, enquanto tomava uma cerveja à beira da piscina, em um encontro com umas amigas, por incentivo de uma outra amiga, resolvi que viajaria para João Pessoa. 

Combinei com uma outra amiga que foi morar lá, que disse que me receberia, afinal ou eu pagava a passagem ou a hospedagem, ambos me faliriam em meio dia. 

E fui. 9 meses depois da primeira vez, parti para Jampa, que se tornou minha cidade preferida, embora eu ainda ame o Rio de Janeiro. 

Reencontrei o guia da primeira vez, reforçamos a amizade e fiz com ele o mesmo passeio que fiz da outra vez e pasmem: fiz um grupo de amigos muito legal. Temos até um grupo no whatsapp. 

No meio dessa jornada, ganhei de presente a ida para Porto de Galinhas e Praia dos Carneiros. Caracas, até hoje não acredito! Um, eu não conhecia e o outro, fui para relembrar o casamento que ajudei a realizar, que foi na Praia dos Carneiros, em 2015. 

Foram 5 dias de "descanso", muita cerveja, passeio de barco, restaurante chique à beira da praia, foto com peixinhos, oração na Igreja da Praia dos Carneiros, e sim, teve até um beijo na boca! Amém Brasil! 

Eu adorei a minha viagem. Foi como se fosse a primeira vez, porque da outra, eu aproveitei pouco, primeiro porque eu estava namorando e segundo porque viajei em meio uma crise familiar sem precedentes na história da família tradicional brasileira. 

E lembrando, que em meu retorno, levei aquele pé na bunda e isso é algo que me deixa injuriada, porque eu poderia ter conhecido o homem da minha vida já na primeira vez, mas fiel como sou, nem olhei para os lados.

Desta vez não fui à praia de nudismo. E foi bom, porque eu ganhei a viagem de um casal super tradicional. Se eu tivesse ido, eles poderiam ter ficado muito chocados e decidido sequer falar comigo. 

A melhor parte da viagem, com certeza foi ter feito amizade com esse grupo super top! O casal do Rio, uma mãe e uma filha (sempre esqueço da onde elas são), 2 irmãs de BH e conheci a família do guia, o Robson, e tivemos dias muito divertidos e animados e de troca de experiências e vivências. 

Agradeço a Deus por me permitir viajar, me ajudar a economizar sem perder a animação e por ter me apresentando novas formas de ver o mundo. 

Espero voltar em breve! 



Férias




Depois de um tempo sumida, venho registrar como estão minhas férias. 

Férias que vieram do nada e que estou sendo extremamente econômica, porque se tem algo que desestabiliza o emocional e a conta bancária de pobre, são as férias. 

Fico imaginando quem ganha um salário mínimo e é obrigado a tirar férias, porque é um direito e ponto, por 30 dias. São 30 dias de agonia, porque o dinheiro falta em algum momento. 

Mas, passada a reclamação, confesso que estou até feliz, porque consegui viajar, para João Pessoa, de novo, e estou cuidando de um evento mega importante que acontecerá em outubro.

Enquanto tento descansar, carrego pedra: seja confirmando convidados, seja estudando (farei um concurso), seja lendo para escrever notas para o Jornal e agora preciso fazer algumas aulas do Curso de Libras. E claro, mesmo em férias, trabalhei em um casamento e já tenho um agendado no último sábado antes do retorno ao trabalho, dia 09/10.

Estou sentindo real a falta da rotina de trabalho. Está sendo ainda difícil, embora já esteja faltando pouco para o retorno. Não planejei muita coisa. Estou no ritmo do vida leva eu e seja o que Deus quiser. 

Agora o que eu sei é que só terei férias, se tudo correr bem, em 2023. Neste caso, solicito orações para que eu fique na nova empresa. 




segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Casamento Ayane e Diego - 04/09/2021.

 


Em setembro de 2017, conheci o casal Ayane e Diego. Ela me comenta que trabalhava com casamentos, mas eu no fundo pensei que seria muito bom se ela me convidasse para realizar o casamento deles. Ele argentino, ok, superando esta parte; ela, uma princesa.

Quando eles ficaram noivos, mandei uma mensagem de parabéns no instagram, com aquela vontade forte de ser a cerimonialista deles. 

No dia 07 de janeiro de 2020, assinamos o contrato para o casamento em 24 de outubro de 2020. No meio do caminho, uma pandemia e o sonho adiado para 04 de setembro de 2021. 

E o dia 04/09 chegou lindo. Ensolarado. Quente. Cheio de detalhes, muito bem preparados e sonhados pelo casal. Família envolvida, madrinhas super presentes, padrinhos animados, noivo super tranquilo, exceto por um detalhe que graças a Deus não interferiu em nada. 

Tudo no casamento da Ayane e Diego foi realizado com uma energia super positiva, uma vibe lá em cima. Todo mundo que trabalhou colocou a alma. Fiz questão de informar que este casamento era um sonho da Ayane desde os 14 anos dela. 

Nos conectamos imediatamente e ao longo dos preparativos me senti muito poderosa. Em julho, passei por um momento profissional muito difícil, onde me questionei se era uma boa cerimonialista. Sábado passado, eu tive a certeza de que foi um momento difícil e que eu sou mesmo uma boa cerimonialista. 

Cerimônia redonda, sem erros, com vários detalhes pensados também por mim. A festa então! Caracas, que pista de dança boa, banda boa! Comida boa! Bebida gelada, convidados super envolvidos, família maravilhosa, crianças fofas, muita alegria!

O resumo é: tinha que ser neste 04/09, no lugar lindo que tinha que ser, com os fornecedores certos, com o amor ainda mais transbordante! 

Agradeço ao casal, pela confiança. Agradeço à cada fornecedor pela paciência. Agradeço à minha equipe, principalmente às 3 meninas que trabalharam no casamento de julho e me acompanharam no medo que eu estava de algo dar errado. 

Não só deu certo, como estamos recebendo muitos elogios e o casal está transbordando de felicidade. 

É para isso que eu vivo. E mesmo com um ou outro momento tenso, é isso mesmo que quero seguir fazendo enquanto me emocionar como me emocionei neste casamento maravilhoso. 

Ayane e Diego, meus votos de felicidade diária e construção de uma vida baseada no respeito, na alegria e muito sertanejo (vocês dançam tão lindo!). Aliás, você dois são lindos juntos. Amo vocês. Obrigada pela oportunidade, pelo carinho e por me permitirem sonhar o sonho de vocês e realizá-lo com todo meu coração. 


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

15 de agosto - Dia do solteiro

Tá aí uma data que eu posso comemorar e eu comemorei ontem: saí para comer e tomei 2 chopps, sozinha. 

Foi legal, porque eu pude, de novo, refletir sobre esta doce condição, com o qual Deus me permite viver em paz absoluta. 

E agradeci por estar com a maturidade em alta, e desta forma, me sentindo segura para dizer não à quem eu sinto que não irá contribuir em nada com o que eu já construí e com o meu futuro brilhante. 

Semana passada bloqueei no whatsapp uma pessoa que me irritou profundamente com o mesmo papo de sempre: ah eu gosto de você, mas não quero namorar... mas deixa eu ir em sua casa...

Então, que eu não quero mais ninguém em minha casa que não seja parte da minha rotina, da minha história e da minha energia. Minha casa não é bar, nem restaurante e muito menos motel. E para deitar na minha cama e dividi-la com as gatas, tem que se no mínimo um namorado. 

Agora, vem com esse papo de que não quer nada sério, só ir ficando. Ficando o quê pedro bó? Acabou esse furdunço com o que eu demorei a construir: a minha dignidade. 

E eu dei todas as dicas, até porque eu sei que estamos em pandemia. Não vou em bar, mas tem um monte de coisas ao ar livre que são possíveis de serem feitas, principalmente nesta fase dita para se conhecer. Então que insistiu demais em se esconder na minha casa, e eu achei que ele é casado né? Ou tem namorada. Na dúvida, bloqueei mesmo, porque percebi que nem amizade ia dar certo. 

E estou aqui, muito tranquila, serena, porque depois do que vivi em dezembro passado, em que levei um fora de quem se dizia apaixonado por mim, eu me comprometi a permanecer solteira, até que o relacionamento venha de forma leve e reciproca. Determinei que ou eu namoro, ou eu fico sozinha. 

Estou com 37 anos e não fui achada no lixo. 


Atualizando

Estamos na metade de agosto, que pasmem, está passando bem rápido, e isso por si só, já choca a gente. 

Só neste mês, tantas coisas aconteceram, que eu fico até sem voz interna para processar tantos acontecimentos.

No dia 12, eu comemoraria 10 anos de casada, se estivesse casada. Foi um dia de muita nostalgia individual, porque claramente ninguém se importou com isso. Mas eu sou assim mesmo, penso, lembro, relembro e faço planos com o passado também. 

Perdemos os atores Paulo José e Tarcísio Meira e para mim, noveleira de carteirinha, foi um baque, porque ambos já me emocionaram em várias cenas. 

E para deixar o mês ainda mais emocionante, os Talibãs tomaram conta novamente do Afeganistão e estamos todos em suspense, inseguros com o que poderá acontecer. Ah e o Haiti teve novamente um terremoto que destruiu cidades e deixa milhares de pessoas em estado de pobreza absoluta. 

Dito isso, penso muito que ainda não aprendemos nada com essa pandemia. Na verdade, sinto que nunca nem estivemos em pandemia, porque o povo segue se matando, não se cuidando e achando que a primeira dose da vacina é carteira para ser desleixado com a sua saúde e a dos outros. 

A sensação de que as coisas só irão piorar, me deixam em constante estado de desânimo, insegurança e dor no peito.

E estamos na metade do mês de agosto de 2021. 


quinta-feira, 29 de julho de 2021

Quando eu achei que estava com Covid... de novo

Semana passada compartilhei aqui, para registros futuros, minha vacinação contra o vírus maldito. 

Ainda na sexta, meu corpo esboçou uma reação à vacina. Aliás, passei por um momento sinistro de congelamento do pé. Explico: Eu fui vacinar às 06h da matina e fui de sapatilha (retardada total). O quê aconteceu? Meu pé congelou. E eu sei disso porque 4 anos em Moscou me ensinaram isso. Demorei quase 2 horas em casa para me sentir menos congelada. 

No sábado, marquei uma reunião com nosso casal de dezembro próximo e onde os aguardei ventava muito, muito mesmo. 

No domingo, já acordei ruim, mas não dei bola, achei realmente que era frescura e tomei duas cervejas no almoço. 

Nem tinha chegado segunda e eu já me arrastava. Mas fui trabalhar porque eu preciso trabalhar. Passei o dia inteiro com o corpo mole, com febre, tomei remédio, não passou e aí eu recebo a notícia de que uma pessoa com quem mantive contato real estava com Covid. Imediatamente associei tudo que eu estava sentindo ao vírus. Comuniquei aos meus chefes, que prontamente me enviaram para casa, inclusive, pagando um uber só para eu não ter contato com mais pessoas. 

E estou desde segunda à noite em casa. Com calafrios, tosse, coriza, dor de ouvido, cansaço, muito cansaço. Como eu já tive covid e os sintomas eram os mesmos da primeira vez, me desesperei totalmente. 

Fiz o exame, ontem, quarta-feira, e à noite o resultado negativo, graças a Deus. 

Depois de todo este detalhamento, venho compartilhar com vocês 2 coisas importantes: 1) a gente é realmente substituível 2) eu tenho uma família e amigos especiais. 

Eu estou em remoto, mesmo com tudo mais difícil com o cansaço e a falta de ar, mas percebi que eu acabei desorganizando a vida do gabinete e me senti muito mal. Claro que apesar de ter ficado mais pesado, minhas colegas resolveram tudo, até melhor do que quando estou lá. Mas eu me senti muito mal com o fato de ter ficado doente, mesmo sabendo que isso é algo que não controlamos e ainda mais, por imaginar que eu poderia estar com Covid e ter infectado meio mundo. 

Mas Deus é muito generoso, e me manteve sã, trabalhando, sendo monitorada por minha mãe e meus irmãos. Uma amiga fez umas compras de primeiros socorros e muitas pessoas conversaram comigo para eu não ficar tão doente mentalmente quanto fiquei da outra vez. 

Me sinto um pouco melhor. Até tomei banho (sim, eu não tomei banho durante 3 dias), me julguem. Mas eu não tinha muito o que fazer né? Como poderia deixar alguém me ajudar de fato, se eu achava que estava com covid? 

Passado o susto, agradeço a Deus por tudo. Por não ser covid, por estar viva, por ser só uma gripe mais intensa e por ter me ajudado por meio de anjos, que estiveram presentes tanto para mim quanto para a pessoa que está, ainda, com covid. Aliás, pensar nela neste momento, me faz chorar de preocupação e eu agora só penso positivo para que ela fique bem logo, logo. 

Amanhã volto ao trabalho. Sem voz e com um curso às 08h da matina. 

A vida segue girando. A gente só precisa seguir girando também. 

Paz! 

Axé! 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

A 1ª dose

Desde março de 2020 estamos vivendo o maior desafio de nossas vidas: não morrer de Covid.

Eu tive, em agosto, há quase um ano, logo depois do dia dos pais, e vivi o medo de morrer real, durante 7 dias. Durante 3, sem ar, imaginava maneiras de que as pessoas soubessem do meu desespero, sem alarmar. Mas foram dias em que eu pensei que morreria, e por isso, deixava a porta destrancada, para o caso de precisarem entrar e cuidarem das gatas.

Não morri, provavelmente até tive novamente, ou se não tive, amém, claro e desde então sonho com a vacina. 

Cada pessoa vacinada, uma emoção. Quando cada irmão meu vacinou e meus pais vacinaram, eu consegui sentir um pouco mais de alívio. 

Até que hoje, 23 de julho de 2021, chegou minha vez e eu estou emocionada. Porque cada um de nós espera por isso e quando dá certo é um misto de sentimentos. O maior, a gratidão pelas pessoas esforçadas, dedicadas e inteligentes que criaram as vacinas. Gratidão por tantas pessoas da área da saúde que viveram o verdadeiro inferno (e ainda vivem), enquanto o vírus não é dizimado. Gratidão pelo SUS que tornou a vacinação possível, juntamente com quem, dentro da gestão da saúde, ainda que de forma um tanto quanto nebulosa, tornou isso real para todos. 

Agradeço a Deus pela corrente mundial para que o covid acabe. Pessoas que inventaram os protocolos, costuraram máscaras,  álcool em gel, e para os governantes que puderam ajudar sua população enquanto o lockdown existiu. 

Ainda temos um processo muito intenso, porque ainda estamos em pandemia. Mesmo vacinados, precisamos seguir nos cuidando. Não é ruim mais, a gente já acostumou, sabe como funciona e é só cada um fazer a sua parte que sairemos juntos dessa e nos recuperaremos de toda dor. Sentiremos saudades eternas de quem infelizmente não sobreviveu para tomar a vacina. 

Nós que aqui ficamos, honraremos cada um. 

Viva o SUS! 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Fim do trabalho remoto.

Desde março de 2020 que estamos em revezamento e realizando trabalho remoto. 

Passamos por diversas fases. Ora eram 3 na sala e uma em remoto. Ora eram pares em remoto por 2 dias. Já tivemos a fase de todos em remoto, por conta de casos de Covid no Gabinete. Eu tive covid, inclusive neste período, permanecendo 14 dias quase que trancafiada em casa: saí para fazer o exame. 

Neste período tivemos 3 chefes, onde o atual está desde junho passado. Muitas pessoas morreram, outras nem retornarão por estarem aposentadas ou por terem mudado de vida e ainda, as que voltarão após a licença maternidade. Aliás, oh fase para o povo fazer menino né? 

E aqui estamos. Encerrando um ciclo tenebroso. Um período que também teve fases estranhas. Começamos sem entender o que era e com isso veio o medo. Quando começou o trabalho remoto, veio o medo da demissão e da percepção de que o trabalho de Secretariado não seria necessário. Mas ele foi sim, e foi deveras necessário. 

Junto com este retorno vem, possivelmente, mais uma mudança de empresa e quem é terceirizado sabe como isso é mais um ciclo de medo, insegurança e dúvidas. 

Mais de um ano depois do começo desta revolução social e do cosmos, eu definitivamente não sou a mesma. Infelizmente, me tornei muito mais ansiosa, descrente, solitária e forte. Enquanto remotava (inventei isso agora), me percebi muito inteligente para várias coisas e muito burra para uma grande parte de atividades que eu encarava como elementares. Mas me permiti mudar algumas questões, silenciar outras e entender que como profissional de Secretariado, estou no começo de carreira.

Atravessei estes vales escuros, com o apoio fundamental de muitas pessoas. Principalmente minhas colegas-amigas de trabalho que me ajudaram a entender o sistema, elaborar documentos, me deram carona, amor e comida. 

Sem elas, teria sido muito mais difícil. Sei que em alguns pontos elas queriam me matar, por sorte eu estava longe delas nestes momentos. Mas graças a Deus, mesmo quando eu cometia algum erro sinistro de bobo, aparentemente, on-line, elas me deram coragem para seguir acreditando minimamente em mim.

A Deus, peço sabedoria para esta nova etapa, onde a empresa mudará, eu seguirei no mesmo lugar e me transformarei cada dia mais em alguém melhor. Agradeço ao meu chefe, sempre incentivador. Aos meus chefes e coordenadores, que nos deram o suporte necessário para sobreviver enquanto o covid matava sem piedade. As minhas colegas- amiga: o agradecimento profundo e especial por terem me suportado, me guiado, me ajudado e me tornado ainda mais humilde no reconhecimento de minhas fraquezas e no que eu preciso mudar para termos, daqui para frente e sempre, uma convivência real, harmoniosa, respeitosa e de sucesso absoluto.

E que o covid acabe, passe, suma de nossas vida. Vacina sim. E tempos melhores para que consigamos nos recuperar, nos reerguer e tornarmos o que nos rodeia ambientes melhores com pessoas melhores de corpo, alma e coração. 



quarta-feira, 23 de junho de 2021

Achados enquanto a vida de adulto nos oprime.

Arrumando umas pastas no notebook, encontrei este texto que escrevi em minha saída do estágio na Caixa. Era 2008 e eu não fazia ideia do que seria minha vida, e a nossa, nos outros 13 anos. 


Isso não é uma despedida

 

      Quando me ofereceram o estágio na Caixa, eu só pensava no fim de minha faculdade, o relatório e não queria de fato ter muitas amizades.

      Mas foi paixão à primeira vista. Fui tão bem recebida como em todos os outros estágios onde trabalhei. Aprendi, evoluí e passei a respeitar ainda mais o ser humano e a hierarquia que rege as grandes empresa. Colocaram- me para trabalhar com o Formigari e confesso, não gostei muito da ideia e quem diria, foi sem dúvida alguma  uma de minhas melhores chefias.

      Sou feliz por cada etapa de minha vida e agarro as novas que surgem com muita vontade. E assim está acontecendo, mais uma nova etapa onde tenho medo, mas confiança em mim e no que planto todos os dias.

     Agradeço de maneira mais especial ao Milton, que foi a pessoa que acreditou em mim e me deu essa oportunidade de fazer um estágio no sétimo semestre, o semestre da minha tão esperada formatura. E não dá para colocar aqui os nomes de todos que me ajudaram nesse últimos 4 meses e meio, que passaram rápido e me dão a sensação de fazer parte dessa família que é Caixa, porque certamente eu esqueceria de citar alguém.

     Mas citarei as principais da SUMGE e da GEAMG: Márcia (sempre com uma carinha de espanto); Vanuza (e suas dicas de concurso precisas); Gelson (o que insiste que eu fale Inca), Rayanne (o que farei sem sua ajuda e carinho?); Cris (e nossas longas conversas sobre garotos?), Camilo (o sem voz mais especial), Chicken Little (me ajudou bastante logo que cheguei, muito obrigada); Áurea (não li o livro, mas ganhei sua amizade), Formigari (uma gracinha!), Eneida (levei um fora e você em uma frase me colocou para cima!), Pedro Henrique (sentirei falta de seu abraço matutino especialíssimo), Cássio (não se esqueça dos mencheviques!), Aline (não terei ninguém que faça cuscuz para mim), Hiulli (organizou uma parte de meu relatório de estágio). E todas as outras pessoas que eu não citei, mas que eu peço: sintam-se amadas por mim eternamente.

    Muito obrigada pelo carinho e confiança em meu desempenho com ser humano. Que Deus os abençoes em cada momento da vida de vocês. Sempre que precisarem, estarei  à disposição!

   Me lembrarei com carinho! Beijos!

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Consultório sentimental da Bolshaia: Trair, é um instinto?

Voltamos a comentar sobre a morte do MC Kevin, tendo em vista que ainda é um dos assuntos mais comentados do momento e desde sua morte, e várias mudanças no rumo das investigações, estou reflexiva em vários pontos específicos. 

Um dos pontos de minha reflexão é uma frase dita por sua viúva, que mencionou em entrevista que seu marido traía porque era instinto de homem. Aliás, ela afirmou no presente: trair é um instinto do homem. 

E obviamente ela recebeu inúmeras críticas. 

Levando a frase para meu cotidiano, volto ao passado onde eu, por imaturidade e arrogância, traí muitas vezes. E fiz parte de relacionamentos estranhos, com pessoas comprometidas e achava que esse era meu destino. Na minha cabeça, eu merecia apenas homens em relacionamento, me achava incapaz de conquistar um homem que estivesse solteiro. Também era cômodo não ter de fato, um homem para um relacionamento normal. 

Depois, traí algumas vezes por diversão, por castigo, o famoso devolver na mesma moeda. Porque eu também fui traída muitas vezes. 

Até que em 2018, me relacionei com um rapaz que nunca assumia o namoro. Tinha vergonha de mim. E por ele nunca ter me pedido em namoro, nem querer namorar, porque as atitudes dele deixavam isso muito claro, fiquei com uma outra pessoa no meio do caminho. E na minha cabeça, não estava traindo. Até que ele descobriu e eu ouvi aqueles nomes fofos que escutamos quando o ego de um homem é ferido. 

De lá para cá, mudei completamente minha postura. E por mais que seja bobo, ainda que a pessoa não me assuma, até que tudo fique esclarecido, hoje eu não fico com mais de um. Mesmo que digam que o importante é ir curtindo, eu prefiro, ainda que apenas como ficante, ser fiel e não ficar com outro. 

Não tem acontecido, por muitos motivos, de me relacionar com alguém. Ainda mais agora com essa pandemia eterna. 

E a opção de ficar sozinha veio. E a opção de não trair, também. 

E mais madura, acredito que trair não é instinto. É opção. A pessoa trai sabendo que é errado, que magoa, que pode gerar desconforto e em diversos casos, até um suicídio, porque dependerá muito de como a outra pessoa receberá isso. 

Então que na dúvida: converse com a pessoa. E se a outra pessoa optar por um relacionamento aberto, ok. Se não, meu amigo ou minha amiga, a opção é ou permanece com a pessoa na fidelidade ou permanece na solteirice, na diversão. 

Simples. 

terça-feira, 18 de maio de 2021

Consultório sentimental da Bolshaia: Pessoas casadas podem ter amizade com pessoas solteiras?

A pergunta surgiu depois que a viúva do funkeiro MC Kevin, de 23 anos, que morreu domingo, vítima de uma queda do 5º andar de um hotel no Rio, afirmou que sua morte está relacionada às más companhias.

Segunda ela afirma, homens casados não podem ter amigos solteiros por ser mundos diferentes. A investigação da morte aponta que MC Kevin estava transando com uma pessoa que não era sua esposa, bateram na porta, ele assustado teria tentado fugir do flagra indo para outro apartamento pela varanda, o que obviamente foi uma péssima ideia né? 

Daí eu que além de solteira sou Cerimonialista estou pensativa neste tema, tendo inclusive, levantado a questão em meu instagram do Bolshoi Cerimonial. 

Porque eu acredito que seja até saudável que ainda que sejamos casados, tenhamos amigos paralelos, principalmente quando esta amizade é de longa data. Sou da teoria de que o casamento precisa de uma válvula de escape e ela muitas vezes está naquela amizade com quem compartilhamos alguns interesses em comum, que as vezes nem é compartilhado com o cônjuge. 

Não acredito nisso de que gente casada só deva andar com gente casada, porque pelo amor de Deus, tem gente que é chata, e isso não está nem relacionada a ser ou não casada. E sim, tem gente solteira que é super mais divertido de conviver. 

O que eu penso realmente é que independente do estado civil, as amizades precisam estabelecer certos limites e que se a pessoa é casada e faz coisa de solteira, não necessariamente será trair. Estado civil nada tem a ver com caráter. 

Se ele morreu traindo a esposa e no meio dessas pessoas tinham solteiros, o errado foi ele. Não os amigos. Certeza que ninguém colocou uma arma na cabeça dele para ele transar com outra pessoa. A pessoa faz merda porque quer. Fim. 

Então meu conselho é sempre que sim, casais tenham amigos, casados, solteiros, tico tico no fubá, e saibam respeitar quem está com você. Fim de novo. 



segunda-feira, 19 de abril de 2021

Consultório amoroso.

O fato de trabalhar com casamentos não me faz expert nesta área, tanto é que sou divorciada.

Quem acompanha este humilde blog sabe que meu melhor relacionamento foi meu casamento. De lá para cá, coleciono erros, e algumas pessoas me odiando, entre elas, meu último namoro que na minha cabeça, e apenas na minha cabeça, viraria casamento. 

Tive uma conversa super legal com um amigo que me disse em outras palavras, o que meu pai me disse logo que separei: que ficar sozinha não dando certo com ninguém, não é o fim do mundo. Meu pai falou algo diferente, é verdade, mas que é um complemento.

E eis que, obrigada terapia, hoje, consigo ter uma percepção muito mais leve de estar solteira. E é como se eu fosse essa pessoa a vida inteira, e isso é reconfortante. Não perdoei ainda a última pessoa que machucou profundamente meu coração, e talvez não perdoe, mas consigo entender que no fundo era para ele uma diversão, eu que levei à sério demais, como tudo em minha vida. 

Eu acredito demais no amor e não poderia ter escolhido profissão melhor, que é a de ser Cerimonialista, mas entendo meu caminho. Posso mudar de ideia? Sim, a vida é cíclica, mas atualmente, ser efetivamente sozinha tem me feito um bem danado. 

Aí lembrei hoje, que na faculdade eu era muito livre, leve e solta no que diz respeito à questões de coração e corpo. Apesar de ser anoréxica e por isso não estar no auge da minha beleza, e me sentir feia, eu fazia muito sucesso e conversava sobre estes assuntos sem sofrimento. Tanto é que tive muitos casos, rolos e afins e terminei a faculdade muito calma, com o coração zero mágoa. 

E refleti em que ponto deixei me guiar neste caminho de sofrimento por amar demais e não ser correspondida. Refleti porque deixei me tornar uma pessoa tão amarga. Nem quando me divorciei sofri tanto, e olha que eu amava e sei que era amada pelo meu ex. 

E lembrei também que eu era a conselheira amorosa mais divertida que uma pessoa poderia encontrar pela sua caminhada. Eu tinha sempre o melhor a dizer. Eu entendia tanto do amor. Não sei mesmo onde foi parar toda essa confiança. 

A verdade é que eu estou me cuidando muito mentalmente para resgatar pequenas coisas do meu passado que me faziam bem. E uma delas era exatamente isso, não sofrer porque um relacionamento não deu certo. 

Claro que tenho preferido nem começar um, e está tudo bem. Preciso me sentir bem, e se por acaso aparecer, que seja bom. E se terminar, quero seguir, sem essa lamúria eterna sobre o que fiz ou não de errado. 

E por fim, me coloco à disposição, caso alguém tenha alguma dúvida neste sentido. Acredito que trocar experiências nos acalme. 

Um dia, o amor acontece. 


sexta-feira, 16 de abril de 2021

14 anos de blog.

O Bolshaia fez aniversário e eu não lembrei kkkkkkkkk.

Acho que a pandemia fez com que mudássemos muito e uma das coisas que mudei, foi que me tornei mais preguiçosa. Eu já era, mas não assumia. Ou fingia que não era. Levava e estava tudo bem. Mas agora, não consigo mais esconder que este é meu maior defeito. 

Por aqui, 14 anos depois do primeiro texto, muita vida aconteceu. Muitas pessoas vieram e se foram, inclusive um marido. Enquanto escrevia, me formava, evoluía e me tornava quem sou. 

A Karla de quando começou a escrever humildemente aqui, hoje, é expressamente diferente, fisicamente e internamente. Minha alma de hoje é muito mais presa, medrosa e insegura. Talvez, dessa época, mantenho uma certa inquietação e curiosidade. 

Anos depois, me tornei uma mulher de 37 anos, muito embora, em vários momentos me comporte como uma quase mulher de 23 anos. 

Agradeço. Porque várias vezes enquanto escrevia, evitei de odiar, de falar na cara coisas que poderiam magoar, externei sentimentos que poderiam ter me matado. Escrever sempre foi minha terapia, mas nesta pandemia, minha terapia é sobreviver, um dia por vez. 

Desejo vida longa ao meu blog. Mesmo que não seja mais modinha e que pareça coisa de adolescente. Porque entre uma questão e outra da vida cotidiana, sempre estarei disposta a colocar em texto, o que quero, desejo e preciso. 


segunda-feira, 29 de março de 2021

Chegamos aos 37 anos.

Completei ontem, 37 anos. Segunda vez que celebro meu aniversário na pandemia. Não estava preparada e confesso que foi muito doído. Senti falta do aconchego dos meus pais, do abraço dos meus irmãos e da cervejinha gelada com os amigos em algum bar desta cidade que não sabe mais o quê fazer diante de tanto caos.

Agradeço a cada mensagem de carinho que recebi nas redes sociais. Ganhei muito amor e energias positivas para seguir neste ciclo, em paz e saúde. Agradeço à Tania, Adriana, Malu, Larissa, Vaninha, os meninos do Yak Food, Mendonça, Ana, Helena e Kleber, por estarem presencialmente em meu aniversário, cada um em um momento. Ganhei presente, almoço, janta e vários bolos, doces e sorrisos. 

Espero poder no próximo aniversário, me divertir mais, sem o peso na consciência de celebrar a vida enquanto tanta gente morre. 

E para finalizar, abaixo acrescentei a curiosidade número 37 desta pessoa que tem pela frente, se Deus quiser, muita vida para viver.


28) Tenho carteira de motorista mas detesto dirigir. Fiz uma promessa de que só tentaria uma vez e até hoje não sei como Deus me permitiu passar na prova que eu nem lembro de tanto nervoso. 


29) Não vou em show de reggae - eu passo mal com maconha gente, me dá dor de barriga. E só o cheiro já torna isso possível. Eu fujo disso correndo muito.

30) Sou umbandista há 8 anos - agradeço ao meu ex-marido por ter me levado para minha primeira vez em uma Casa lá em Niterói. Eu sabia que seria isso e eu sou muito feliz!

31) Tenho 13 tatuagens e 5 piercings - e a contar! Já tripliquei a meta e devo ficar fora da herança por causa disso.

32) Amo Carnaval!! - desde 2016 e espero que isso siga me "alumiando" 

33) Sou Secretária Executiva há 15 anos - meu maior orgulho da vida!!!

34) Sou Cerimonialista desde 2013 - e pasmem: tenho até uma empresa - Bolshoi Cerimonial - meu filho! 

35) Já dei aulas de inglês, espanhol e russo - adorava. Foi uma experiência única. Vez ou outra ensaio voltar. 

36) Estou escrevendo para um jornal e realizando meu sonho de infância que era ser Jornalista - finalmente gente! Achei que fosse passar por essa vida sem essa realização. Esse sonho sempre existiu. Muito feliz! 

37) Depois de muito fugir, hoje estou recebendo ajuda de uma psicóloga para poder dar uma luz mais concreta aos meus inúmeros problemas de adulta. Se eu soubesse que era tão bom, tinha me desafiado a procurar esse tipo de ajuda antes. Aliás, recomendo!

quarta-feira, 24 de março de 2021

Eu também sou tóxica

 


No dia que eu entendi isso, que eu, além de não ser perfeita, obviamente, sou uma pessoa que posso cometer o erro de ser tóxica, aprendi a me acalmar um pouco mais. 

Porque é isso mesmo, em algum determinado momento, seremos egoístas, ciumentos, grosseiros, preconceituosos, mentirosos... E afetaremos com isso a vida das pessoas com quem convivemos. 

Me relacionei em 2016 com uma pessoa que por algum motivo me deu a liberdade de ser prepotente com ela. O tratei de forma tão absurdamente grosseira, que quando olho para trás sinto até vergonha.

Claro que eu me policio muito, principalmente depois que me divorciei, porque eu acho que no fundo eu fui bem tóxica na vida do meu ex-marido. 

Agora, o mais importante é reconhecer os gatilhos, segurar a onda e se perdoar, porque a forma como tratamos o outro diz muito mais sobre nosso interior do que o quê o outro faz, principalmente de ruim.

É isso, não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. 

terça-feira, 23 de março de 2021

O que você deixou de ser quando cresceu?

Achei esta pergunta no instagram e fiquei um tempo refletindo para vir escrever. 

Daqui a uns dias eu completo 37 anos e as vezes eu não acredito que estou neste momento, chegando quase aos 40 anos. Nunca imaginei mesmo, quando era criança, que o tempo pudesse passar tão rápido. 

E respondendo à pergunta: 

Eu deixei de ser leve. 

Eu era uma criança muito alegre, sonhadora, falante. Eu queria ser jornalista e já era uma, escrevendo o tempo todo, tagarelando. Também já era líder, pois não aceitava ninguém mandando em mim. E também, acredito hoje, que eu era cerimonialista também, porque eu adorava planejar as festas com a mamãe, ajudar, antes, durante e depois e ainda perguntava se alguém estava precisando de algo. Era espontânea. Risonha. Confiante. 

Eu deixei de ser sonhadora. 

Na adolescência fui perdendo um pouco desse sonho livre. Fui assumindo responsabilidades muito cedo, nada voltado à trabalho, mas eu tinha uma sobrecarga mental muito intensa. Sofria dias pensando em coisas que, no final, não eram nada demais. Me envolvi muito cedo com um universo de pressão interna, cobranças com relação ao futuro profissional e criei meu próprio mundo, de lágrimas e angústias. 

Eu deixei de ser criança.

Não cresci no tamanho, mas me tornei quando cresci por dentro, uma pessoa muito mais amargurada. Até faço o que tenho que fazer, enfrento o que preciso enfrentar, trilhei até aqui um caminho profissional de muita luta, dedicação e respeito. E doei meu coração à pessoas e situações que me deixaram cansada. 

Me tornei uma adulta cansada pelas dores da alma. Pelas críticas, quase sempre por eu ser quem eu sou, pela vontade de acertar mas acertando em futilidades e depressão. 

Cresci até demais. 37 anos, mentalidade amadurecida, quase envelhecida. Em determinados dias, me perco um pouco e sou bobalhona, brincalhona e cheia de não me toque. De repente me lembro, que é esta intensidade e excesso de liberdade que me afastam do que me cerca e das poucas pessoas que ainda acreditam em mim.

Para meus próximos anos, desejo saúde. E que eu torne todos os meus lapsos em estudo, silêncio e força. 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

Ainda sobre o BBB - Carla Diaz e Arthur

Uma edição do BBB sem um casal, não é BBB. Alguns casais se formam lá dentro, mas acabam logo; outros aqui fora, até se casam e tem filhos. 

Ao longo de 21 temporadas, já vimos todos os tipo de casais. Mas é certo que o casal desta edição é um do que me lembro serem o mais chato. Saudades até do trio Fani-Alemão- Siri. 

Carla Diaz é atriz, que como uma grande parte da classe artística, está desempregada. Viu no programa a oportunidade de se reinventar e claro, além de ganhar um milhão e meio, quem sabe um contrato fixo, um papel arrebatador.

Arthur, Instrutor de Crossfit, machista, mau educado, ranzinza e que perde a maioria das provas para o mais fumante da edição, o Fiuk, que vem a ser filho do eterno  maravilhoso, Fábio Junior, irmão da gata da Cléo Pires e não, ele não é filho da Glória Pires. 

Depois deste resumo, de quem é quem, iremos falar sobre o fato de que a Carla fugiu dias do Arthur. Ele insistiu. Muito. E ela aceitou. Fim. Fim, porque a Carla fica naquela, insistindo, se dedicando, e ele, daquele jeito que homem fica quando não quer, mas não sai de cima. Ele está com ela, provavelmente porque ela faz o serviço dela todas as noites, e porque ele a acha forte dentro do jogo. 

E levando o que estamos acompanhando para vida real, quantas vezes não fomos uma Carla? E quantos homens são um Arthur? 

Não tenho mais vergonha de admitir, que fui como ela, muito mais vezes do que gostaria. E tive ao longo de minha trajetória amorosa, que começou aos 15, muitos caras neste tipinho do Arthur. 

E não tem nada a ver com idade. Inclusive, quando adolescente eu conseguia perceber quando o garoto era escroto. Mas quanto mais velha me tornei, mais idiota. Desta forma, me relacionei muitas vezes na base da carência, da insegurança e do medo de ficar sozinha. Inclusive, meu último relacionamento, que como sabem, terminou na noite de Natal, foi um pouco baseado nesta história: uma pessoa que me quis durante muitos anos, mas que quando conseguiu, não gostou, e resolveu ser um tiquim escroto. Não digo totalmente, porque eu ainda estou na terapia para tentar entender qual foi a minha real parcela de culpa. 

Claro que quando a Carla sair do BBB e perceber o que viveu e que tipo de macho é o Arthur, ela ficará com vergonha. Porque ela foi o que muitas mulheres são, e não querem, mas que se deixam levar pelo sentimento de que vai dar certo. 

Não dá certo. 

Vai por mim. 



Você é protagonista, coadjuvante ou figurante da própria vida?

Todo mundo sabe que eu amo o BBB e que às segundas eles fazem um Jogo da Discórdia. Ontem, a pergunta era essa: quem você acha que é protagonista, coadjuvante ou figurante no jogo? 

Trouxe a reflexão para minha vida imediatamente. Quando fui fazer minha oração antes de dormir, me fiz esta pergunta e sinceramente, fiquei um pouco confusa.

Estou prestes a completar 37 anos. Tenho uma história pautada em valores muito específicos, e uma trajetória vivida dentro de uma realidade média. Nunca passei fome, necessidade de itens básicos, recebi uma educação muito rígida, mas nada que me tornasse uma pessoa revoltada. Nunca infringi a lei de forma a ser presa, nem tomei atitudes que me ferissem de forma concreta. 

Mas ainda não sou protagonista de minha própria vida, porque eu tenho um coração muito mole e inconstante. Não sei me comportar de forma fria, sofro com pequenas ações, que podem tornar um dia lindo em um dia infernal. 

Sou coadjuvante, porque eu ainda trilho meus dias pensando mais nos outros do que em mim e até o momento não acho que isso esteja me afetando de uma forma que me destrua internamente. Claro, tem coisas que eu não espero daquela pessoa que eu tento ajudar, mas eu no geral também não espero muito em troca não. Mas não sei caminhar sozinha, com desdém pelo próximo ou sua história pessoal. 

Acho que meu lado figurante é muito forte no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. Só fui protagonista até um certo ponto do meu casamento, depois parti rapidamente para o status de figurante e desde então, é assim que tem sido. Me deixei influenciar várias vezes por mensagens de pessoas que diziam gostar de mim, mas que no fundo me achavam a pior pessoa, e infelizmente, isso ainda é muito presente em meu cotidiano. 

Acredito que o mais importante é a auto análise, reconhecendo onde é necessário melhorar, investir mais energia ou simplesmente entregar para os passarinhos comerem. Algumas coisas não tem jeito mesmo.

Se eu quero se protagonista? Obviamente. Mas é importante não se tornar arrogante, soberba, intolerante e se achar extremamente auto suficiente, em um mundo que as vezes é muito mais interessante ser coadjuvante, evitando excesso de confiança, dor, tristeza e solidão. 

Já já meu grande dia chega. Como será que estarei me sentindo neste dia? Só espero que não seja figurante. 


sábado, 13 de março de 2021

Como está seu sábado à noite?

Me perguntaram como está minha noite de sábado.

Decidi seguir lendo um livro. Já havia lido 74 páginas e até este momento, estou indo para a leitura de mais 200, desde às 16h, mais ou menos. 

Acordei cedo. Rezei meu terço, fui às compras, fiz a unha, me atrasei para a aula de inglês, dormi, acordei umas 15h, comecei a escrever minha matéria para o Capital em Foco, almocei em torno das 15h40, joguei Qboa no banheiro e quase tive uma intoxicação e comecei a ler. Algumas pausas para twittar, olhar o instagram, o face e os jornais on-line. 

Um sábado comum. Tranquilo. E eu agradeço por isso.

Dentro de mim, a angústia de ter cometido um erro ontem, que me deu o silêncio eterno de uma pessoa que eu gosto muito. Acompanhando duas pessoas especiais, que amo e estão com Covid. Acompanhando, aliás, várias pessoas que sequer conheço, que estão atravessando seus piores dias por conta desta doença maldita.

Completamos um ano desta pandemia. Sinceramente, em minha cabeça já estamos há muito mais tempo. Nada melhora, só piora e o que mais me irrita são as pessoas ainda insistirem em não usar máscara, nem lavar as mãos, e comemorarem a vida como se tudo estivesse normal. 

Amanhã, 14 de março, fará um ano em que quase o Bolshoi realizou seu último evento. Graças a Deus conseguimos realizar mais um casamento quase no fim de 2020. Este casal, que celebrará Bodas de Papel, é um casal expressamente importante para nós, por muitos motivos, e são, claramente o sinal de que tudo vai dar certo. Só não sabemos quando, afinal, já estamos nos arrastando por aí sem vacina e em um lockdown boqueta, sem leito, sem remédio e com muita gente ruim proliferando o que tanto tem atingido o mundo de forma tão brutal. 

É isso. Escrevi isso em meu diário, mas vim escrever para vocês, muito mais para dividir que estou em casa, graças a Deus, em um sábado à noite. Acho que quis responder à pergunta feita para acalmar a mente, o coração, dar um respirada, já que não podemos sair. 

Acho que também para agradecer a Deus por estar bem, porque eu li um texto há pouco sobre a ingratidão que é reclamarmos de tudo, quando a geração de nossos bisavós e avós atravessou guerras, Gripe Espanhola e tantas situações, para que estivéssemos hoje, muito melhores e mais seguros, inclusive, dentro de casa. Não podemos reclamar de nosso conforto tecnológico enquanto neste momento tem muita, mas muita gente mesmo passando fome, tentando sobreviver e morrendo por conta do Covid.

Termino. Sem mais.

Boa noite!