Me perguntaram como está minha noite de sábado.
Decidi seguir lendo um livro. Já havia lido 74 páginas e até este momento, estou indo para a leitura de mais 200, desde às 16h, mais ou menos.
Acordei cedo. Rezei meu terço, fui às compras, fiz a unha, me atrasei para a aula de inglês, dormi, acordei umas 15h, comecei a escrever minha matéria para o Capital em Foco, almocei em torno das 15h40, joguei Qboa no banheiro e quase tive uma intoxicação e comecei a ler. Algumas pausas para twittar, olhar o instagram, o face e os jornais on-line.
Um sábado comum. Tranquilo. E eu agradeço por isso.
Dentro de mim, a angústia de ter cometido um erro ontem, que me deu o silêncio eterno de uma pessoa que eu gosto muito. Acompanhando duas pessoas especiais, que amo e estão com Covid. Acompanhando, aliás, várias pessoas que sequer conheço, que estão atravessando seus piores dias por conta desta doença maldita.
Completamos um ano desta pandemia. Sinceramente, em minha cabeça já estamos há muito mais tempo. Nada melhora, só piora e o que mais me irrita são as pessoas ainda insistirem em não usar máscara, nem lavar as mãos, e comemorarem a vida como se tudo estivesse normal.
Amanhã, 14 de março, fará um ano em que quase o Bolshoi realizou seu último evento. Graças a Deus conseguimos realizar mais um casamento quase no fim de 2020. Este casal, que celebrará Bodas de Papel, é um casal expressamente importante para nós, por muitos motivos, e são, claramente o sinal de que tudo vai dar certo. Só não sabemos quando, afinal, já estamos nos arrastando por aí sem vacina e em um lockdown boqueta, sem leito, sem remédio e com muita gente ruim proliferando o que tanto tem atingido o mundo de forma tão brutal.
É isso. Escrevi isso em meu diário, mas vim escrever para vocês, muito mais para dividir que estou em casa, graças a Deus, em um sábado à noite. Acho que quis responder à pergunta feita para acalmar a mente, o coração, dar um respirada, já que não podemos sair.
Acho que também para agradecer a Deus por estar bem, porque eu li um texto há pouco sobre a ingratidão que é reclamarmos de tudo, quando a geração de nossos bisavós e avós atravessou guerras, Gripe Espanhola e tantas situações, para que estivéssemos hoje, muito melhores e mais seguros, inclusive, dentro de casa. Não podemos reclamar de nosso conforto tecnológico enquanto neste momento tem muita, mas muita gente mesmo passando fome, tentando sobreviver e morrendo por conta do Covid.
Termino. Sem mais.
Boa noite!