quarta-feira, 22 de abril de 2009

Término. Estações ao fundo. Do poço insano.

Não ouvi boas notícias sobre a comemoração dos 49 anos de Brasília. Poucos artistas locais, tumulto, desorganização e principalmente falta de educação da população que em eventos "grátis", aproveitam para extravazar toda ira guardada ao longo do ano. O jornal divulgou alguns esfaqueamentos, assaltos, desordem e pessoinhas desmaidas por conta do calor e da bebida. Imagino como será o próximo ano, quando segundo rolam os boatos U2 cantará!. Espero nem estar na cidade.

Na volta da aula maravilhosa, um pastel de banana e canela, uma coca-cola e obserações sobre o dia. Que por sinal eu pude manter ativa todas as minhas dúvidas e minhas angústias sobre vários fatos teoricamente corriqueiros, mas que são capazes de ocilar meu humor e paciência.

Amanhã começo a maratona em meu curso de 4 dias sobre Cerimonial e Protocolo. Afinal, eu não posso, nem devo e nem quero parar de estudar, pois além de melhorar a qualidade de minha singela inteligência, me faz acumular conhecimento e aumentar a minha vontade de evoluir em vários aspectos da minha sintonia com o mundo em que vivo, seja o de meu quarto, seja o externo à este local.

E assim continua tudo. Segue. Sem rumo definido. Estações, graças e louvores, ao passo de cada vez, dado incertamente, entre uma dose de adrenalina e desespero. A faca continua afiada. Cortar a língua, perfurar palavras mal intencionadas. Traga por favor um sal grosso e ervas. O banho. A vela. A vida!.

Salto do Itiquira!

Meu feriado foi muito, mas muito bom mesmo.
Começou bem cedo. As 06 da manhã eu já estava em pé, arrumando cama e me arrumando também. Ultimamente eu perco muito tempo escolhendo roupa, e acho isso muito chato. Por sorte, conforme o previsto, eu estava às 07 dentro do vagão que me levaria até o caminho do paraíso.
Encontrei meus amigos e partimos para o encontro de outras pessoinhas que formaram um grupo gigante e rumamos para um dos lugares mais lindo que já vi na vida.
Apesar de ter achado tarde a hora que chegamos ao Salto Do Itiquira, valeu muito a pena.
Eu nunca tinha ido à uma cachoeira de verdade. Nem nunca tinha sentido a brisa, o vento, a água que é derramada com tanto esplendor. Fazia um dia lindo e eu me deliciei com uma tarde encantada.
Aproveitei cada segundo para melhorar minha relação interpessoal, para aguçar meu respeito pelo próximo e para ter certeza de que esse lance de solidão cansa, pelo menos para mim. Se eu quiser viver sozinha, bem, melhor nem continuar vivendo, porque é muito chato, salvo as horas de estudo e leitura de clássicos da literatura.
Voltando ao passeio, eu estou até agora me perguntando porque todos os dias não são como o de ontem.
Perfeito, engraçado, alegre, com divertidas piadinhas e com risos e com uma criança entre nós que mais parecia um anjo de tão encantadora e (quieta).
Não dá para ficar calada depois da experiência de ontem. Me senti em paz, apesar de minha mente correr de uma lado ao outro, apesar de toda confusão que anda minha vida pessoal. Mas pelo menos ali, naquele momento eu estava entregue à vontade dos deuses de me sentir feliz e amada. Agradecer à quem me convidou, seria muito pouco, diante do que me foi proporcionado viver.
Acordo, a cama, a casa, vazia, inteiramente me sinto jogada aos vermes de meu próprio buraco, cavado enquanto estrelas cadentes partiam, sem que eu pudesse fazer meu pedido de infância.
Não adiantam as flores no jardím, nem carícias, nem chocolates. Já não saberia me nortear, nem assim encontrar rumos verdadeiros.