quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Reportagem na Intranet da ANTAQ


Abaixo segue um texto que saiu na Intranet do meu trabalho onde sou Destaques ANTAQ. 
Claro que estou me perguntando até agora em qual sentido eu me destacaria, daí me lembro que por acaso o título é: Karla Karina, a Poliglota da ANTAQ. Lindo né? E olha que eu me critico tanto, me acho preguiçosa, que eu podeira ser mais. Mas aí me lembro de novo, que eu não posso me cobrar tanto, que eu sou sim dedicada, eu estudo, eu leio, eu escrevo, eu não paro. E que estou tentando trabalhar menos, porque não adianta trabalhar muito e não ter qualidade de vida. Aliás, qualidade de vida vem sendo meu lema deste ano, espero conseguir.
Já recebi alguns elogios, mas não estou me achando. Isso é importante: humildade. Não sou melhor que ninguém, aliás, o caminho ainda é extremamente longo e trabalhoso, tenho certeza.
Gostaria de poder agradecer, citando nome por nome, cada pessoa que ao longo de quase 10 anos como Secretária Executiva me ajudou. Mas seria praticamente impossível até lembrar, porque a jornada é feita de grandes e pequenos momentos e provavelmente eu seria injusta esquecendo alguém. Mas espero que cada pessoa que ler este texto e pensar: "ela só é quem é por minha causa", que sinta meu abraço de gratidão eterna. E antecipadamente agradeço quem com certeza ainda seguirá comigo na realização de tantos outros sonhos que tenho em meu coração. 









La vida es bella. Life is beautiful. Жизнь прекрасна. La vie est belle. A frase “A vida é bela”, escrita respectivamente em espanhol, inglês, russo e francês, demonstra o domínio que a Secretária da Assessoria Internacional da Agência, Karla Karina de Souza Lopes, possui quando o assunto é idioma. 

Seu aprendizado aconteceu por causa dos compromissos profissionais de seu pai. “Ainda na infância, precisei mudar do Brasil para a Argentina, onde fui alfabetizada. Apesar de minha família ser toda brasileira, aprendi primeiro o espanhol”, conta Karla, que, após a temporada em Buenos Aires, voltou com sua família ao Brasil. 

No entanto, depois de apenas quatro anos, a secretária teve de deixar o país devido ao trabalho do seu pai, novamente. Mas aí a viagem foi um pouco mais longa e para um país muito diferente do Brasil. Para buscar estabilidade financeira, a família de Karla se aventurou em 1995 na gelada Rússia. A secretária tinha somente 11 anos. “Meu pai precisava economizar dinheiro. Não tinha férias para voltar ao Brasil. Além disso, viver na Rússia foi um choque. Não sabia inglês, muito menos russo”, lembra. 

O aprendizado e a adaptação ao idioma russo não foram fáceis. Sem a ajuda de um professor, Karla precisou aprender sozinha. Seu companheiro de todas as horas era um dicionário, que sempre levava debaixo do braço. “Meu pai disse que não poderia pagar um tradutor. Até tive uma professora cubana que tentou me ensinar russo, mas a didática era ruim. Por sorte, estudei em uma escola que dava aulas de espanhol, então convivi ao mesmo tempo com os três idiomas: espanhol, inglês e russo. Mas aprendi na marra tanto o inglês quanto o russo”, diz. 

Mesmo com as dificuldades e o choque de cultura, morar na Rússia trouxe grandes benefícios a Karla. Além do aprendizado da língua, ela confirma que a rigidez russa a tornou uma profissional capacitada e respeitada atualmente. “Senti a importância da Rússia na minha vida assim que entrei no mercado de trabalho aqui no Brasil, principalmente em relação à pontualidade e à dedicação. Sempre colocarei meu trabalho em primeiro lugar”, garante. 

A experiência com o francês foi mais tardia. Por querer passar pelos processos seletivos para ser diplomata, Karla começou um curso que, atualmente, está para concluir. 

Ao perceber a facilidade de Karla em aprender idiomas, o professor Adelson Marques, que ministra as aulas de francês na Cooplem Idiomas, fez um convite para a secretária. “Fui chamada para fazer teatro em francês pelo Adelson. Ele montou um grupo para fazer apresentações na Cooplem. Por esse motivo, continuo estudando francês. Já vamos para a segunda peça em maio deste ano”, diz. 

Mesmo com a capacidade de falar cinco idiomas, Karla pretende aprender mais um: o latim. “Acho um idioma lindo”, opina a secretária.