segunda-feira, 16 de março de 2015

31 anos - dia 19

Hoje me deu vontade de ter um filho! Pois é gente, acontece. Vez ou outra me dá vontade sim, me julguem. Mas já passou, como sempre passa quando paro para pensar direitinho na vontade. 
Meu relacionamento com crianças sempre foi o básico e não acredito que serei eternamente feliz sendo mãe. Não quero e nem irei colocar a esperança da minha realização tendo um filho. Sou pratica o suficiente e digo egoísta também, pois sou contra colocar filho no mundo atual. Mundo bizarro, insano, egoísta, desidratado e faminto. 
E eu até pensei em várias maneiras de escrever aqui no blog sobre isso de forma fofa. Até que li uma entrevista da atriz Totia Meirelles onde ela dizia algo que me definiu como pessoa de fato: "É mais difícil a mulher bancar não ter um filho do que ter". E eu acabei definindo isso de uma vez por todas em minha vida: não quero mesmo ter filhos. E não significa que eu não goste de crianças. Mas não quero e assumir isso é muito simples e libertador. As críticas doem, mas não posso sonhar com algo que não é o meu sonho. 
Não critico quem tem filhos. Muito pelo contrário: curto cada amiga grávida, a minha sobrinha eu curti muito, a esposa do meu sobrinho. E nunca irei criticar. Acho que ser mãe é algo especial, mas não é especial para mim. E tem toda uma questão histórica, psicológica e econômica que eu levo muito à sério.
Sei que comigo filho só no susto. Planejei isso apenas uma vez, enquanto casada. Agora não sinto a menor vontade de me envolver com médicos para ser mãe, pois eu tenho uma dificuldade para engravidar presente e não sei se toparia realizar por exemplo uma inseminação artificial. As vezes penso em adotar, mas descarto. Não quero ser mãe e ponto. Só se Deus achar certo, mas aos 31 anos melhor deixar isso quieto. 
E vou vivendo. Feliz com essa escolha e tranquila. E só não quero que as pessoas tenham pena ou fiquem me dando possibilidades. A minha possibilidade é de ser feliz. Só isso.