Estou curtindo uma preguiça danada esse últimos dias. Fazia tempo que isso não acontecia em minha vida. Quase não me adaptei ao fato de que poderia acordar tarde, coçar o dia inteiro e comer e sair sem hora para voltar por causa do outro dia ou do cansaço.
Mas lá no fundo quero que isso acabe logo. Muita coisa depende de mim trabalhando, principalmente meu humor e meu blog.
Lá na Rússia eu mofava três meses em casa. Estudava de setembro à maio, com recesso de 1 semana a cada mudança de estação e durante os meses de junho a agosto literalmente mofava. Como tinha entre 12 e 14 anos não podia viajar sozinha e meus pais não tinham mais um espírito aventureiro. Então eu acordava sempre tarde com minha mãe brigando comigo porque eu estava gorda e precisava acodar cedo e correr. Mas eu tentava em vão emagrecer, então continuava dormindo e comendo muito e vendo televisão e ligando para minhas amigas para fofocar. Às vezes ia a um parque com meu pais, ou visitar algu museu, um conservatório, andava de patins. Arrumava a casa, escrevia todos os dias. Brigava com a minha vizinha que sempre me desafiava com alguma brincadeira idiota. Aos fins de semana costumavámos sair para comprar, ou visitar algum rio.
Uma vez alugamos uma casa de campo linda e ficamos lá para passar o dia do pais. Era perto de um braço do Rio Volga e me diverti muito nesses 4 dias. Adorava nadar então me empolgava mesmo e tomava sol que ardia.
Outro verão fomos à casa que a Igreja tinha e ficamos uma semana com um casal de amigos do Peru. Lá eu li a biografia do Lenin e conheci uma russinha filha de um mafioso que sabia atirar aos 08 anos de idade e era bailarina. Aprendi muito com ela, que dizia não ter medo de morrer, ela era importante mesmo assim para o pai. Ela sabia que corria perigo de vida, por isso aprendeu a atirar, mas idolatrava o pai e era muito feliz e linda, com os olhos mais azuis que já vi em minha vida, sorridente, costumava tirar brincadeirinhas comigo. Choramos muito no fim daquela semana, mas mantivemos contato nos últimos anos em que viví em Moscou.
E em meu último verão fomos passar um fim de semana em um orfanato ajudando a cuidar de crianças vítimas da explosão nuclear em Chernobyl. Perto tinha um rio também, quer dizer meia hora de caminhada. Mas foram dias lindos, divertidos. Também passamos um reveillon lá com crianças vítimas do ataque.
Assim vivi 3 temporadas de férias de verão em Moscou. Me divertia sim, ao meu modo. Eu já era uma garota esquisita, cheia de manias de limpeza, de perseguição. Segundo minha ex-terapeuta, eu já havia adquirido a depressão, mas achava que era frescura, ou me achava maluca por chorar tanto.
Mas acredito que foram verões maravilhosos e para sempre serão guardados em minha memória como anos felizes de minha vida.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
A sua moral é uma lei universal?
Agora todo mundo quer lança uma autobiografia. Ontem foi a vez de Vera Ficher, Glória Maria também diz que quer escrever uma contando sobre sua simplicidade e sobre sua vida sofrida.
Ah, eu acho isso meio babaca. Eu tô lá me importando se a vida da Vera Ficher tem algo de importante a me acrescentar........ Ela é um ser humano como eu, não precisa que eu a idolatre.
Acho que a biografia de pessoas comuns são muito mais interessantes, de pessoas que ralam de verdade na vida para sobreviver. De pessoas que estão num leito de um hospital, em asilos. É por vidas de superação que eu me interesso. A vida de meus pais, que vinheram para Brasília e com muita luta e verdadeira humildade puderam crescer, ter filhos, construir uma vida juntos, morando anos fora do país para dar um qualidade de vida melhor para nós todos. A vida tem que ser contada por pessoas assim. Claro que algumas biografias são importantes, mas não creio que esse tipo de culto seja saudavél.
Ao chegar na faculdade, um amigo meu discutia ao telefone com a namorada talvez. Pelo pouco que ouvi era sim com a namorada. Logo percebe-se pelo tom, pela grosseria. O fato é que consegui guardar uma frase que ele falou e que me chamou a atenção:" não deixe a sua moral, ser uma lei universal".
Isso serve para mim, que costumo dar pitaco na vida dos outros, ou na opinião alheia, como acabei de fazer acima. Mas é díficil eu falar algo que eu realmente penso. Quando alguém erra, ou me pede um conselho, eu costumo perguntar o que ela está sentindo. Se ela está segura do que fez, ou pensou, ou falou. Acho que o importante é ter a mente aberta, e acima de tudo estar preparado para os nosso própios fracassos e assumir nosso eu seja ele errado ou certo. Jamais impor um conduta, um regra, além das que o homem criou para sua sobrevivência.
Não é fácil atingir esse nível de entendimento de si e do outro. Eu ainda estou em um processo lento de amadurecimento de minha moralidade. Estou muito melhor que há 5 anos, mas ainda me chateio, me espanto com coisas banais e ainda fico analisando demais o se.......
A evolução da sua moralidade deve ficar guardada dentro de seus príncipios, apenas quando realmente solicitada e de extrema urgência é que deve ser declarada.
Um beijo!
Ah, eu acho isso meio babaca. Eu tô lá me importando se a vida da Vera Ficher tem algo de importante a me acrescentar........ Ela é um ser humano como eu, não precisa que eu a idolatre.
Acho que a biografia de pessoas comuns são muito mais interessantes, de pessoas que ralam de verdade na vida para sobreviver. De pessoas que estão num leito de um hospital, em asilos. É por vidas de superação que eu me interesso. A vida de meus pais, que vinheram para Brasília e com muita luta e verdadeira humildade puderam crescer, ter filhos, construir uma vida juntos, morando anos fora do país para dar um qualidade de vida melhor para nós todos. A vida tem que ser contada por pessoas assim. Claro que algumas biografias são importantes, mas não creio que esse tipo de culto seja saudavél.
Ao chegar na faculdade, um amigo meu discutia ao telefone com a namorada talvez. Pelo pouco que ouvi era sim com a namorada. Logo percebe-se pelo tom, pela grosseria. O fato é que consegui guardar uma frase que ele falou e que me chamou a atenção:" não deixe a sua moral, ser uma lei universal".
Isso serve para mim, que costumo dar pitaco na vida dos outros, ou na opinião alheia, como acabei de fazer acima. Mas é díficil eu falar algo que eu realmente penso. Quando alguém erra, ou me pede um conselho, eu costumo perguntar o que ela está sentindo. Se ela está segura do que fez, ou pensou, ou falou. Acho que o importante é ter a mente aberta, e acima de tudo estar preparado para os nosso própios fracassos e assumir nosso eu seja ele errado ou certo. Jamais impor um conduta, um regra, além das que o homem criou para sua sobrevivência.
Não é fácil atingir esse nível de entendimento de si e do outro. Eu ainda estou em um processo lento de amadurecimento de minha moralidade. Estou muito melhor que há 5 anos, mas ainda me chateio, me espanto com coisas banais e ainda fico analisando demais o se.......
A evolução da sua moralidade deve ficar guardada dentro de seus príncipios, apenas quando realmente solicitada e de extrema urgência é que deve ser declarada.
Um beijo!
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