sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Hebe Camargo

 Hebe Camargo

Fui dormir pensando neste ícone da televisão brasileira. Está passando um seriado sobre ela, e mesmo sabendo que há mais ficção do que verdade, eu tento captar o que vai além do que é apresentado ali.

Sempre acompanhei Hebe, enquanto ela era viva. Há 8 anos ela morria e sua história de vida segue sendo destrinchada e é motivo de muita comoção e até, risadas.

Hebe, não se pode negar, era muito a frente de seu tempo e desde muito cedo mostrou isso. Mas uma cena em especial ontem me chamou a atenção, e eu acho que deve ter acontecido, que é quando um diretor diz que ela é bonitinha e canta bem, mas que a televisão não era para ela.

Agora, imagina se ela tivesse nascido para a televisão? Ou, e se ela tivesse desistido ali, naquele momento? Pois ela não só persistiu como se tornou a Rainha da Televisão e carregava esse título com muito carisma e verdade. 

Dia desses alguém comentou que estava decepcionada com ela, porque ela na verdade tinha vivido uma vida muito nada a ver com o que ela aparentava. Oras, Hebe era uma artista e sabia muito bem como separar o pessoal do estrelismo da televisão. Sofreu como muitas mulheres sofriam naquela época: machismo, preconceito, calúnias e muitas ofensas, perpetuaram sua trajetória, afinal minha gente, ela era sim diferente e o diferente nunca deixou de incomodar. 

E para terminar, o que me chama a atenção na trajetória dela, é que ela sempre quis casar e acreditou no amor, nem sempre reto e certeiro, ao longo de sua vida. E foi sem dúvida, uma pessoa que teve que batalhar, que teve que quebrar barreiras, que precisou ser firme, se posicionar, falar e combater. Mas ela foi uma mulher e isso por si só já dá a ela uma caminhada mais árdua, e apesar de todo sofrimento, se transformou ao longo do tempo e nos mostra que quando alguém nos diz que não somos capazes, aí é que a gente usa da malemolência íntegra para realizar tudo que se deseja. 

A minha mensagem de hoje, depois de uma noite quase em claro, e de muita reflexão, é que a gente não pode deixar de ser quem é e acreditar em si, mesmo que um milhão de pessoas te digam para se calar e ir lavar uma louça.