sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vidas interligadas no metrô

As pessoas riem, mas eu medito muito enquanto venho apertada no metrô pela manhã.
E observo muito, porque cada pessoa ali pode virar um personagem de minhas histórias.
E alguams pesosas marcam mais do que as outras. Tem um casal que todos os dias está lá, ela com uma cara mesclando alegria e pregiça; ele sério com a filha no colo. A filha deve ter seus 5 anos, porque já vai à escola. Mas penso: é uma família normal, que acorda cedo, que sai junta e com certeza volta junta para casa. E confirma a tese estatística de que brasileiros optam mais por famílias pequenas (observo que isso é bem comum hoje em dia).
Estou contando isso, porque a vida pede de nós muita paciência. Imagina, acordar cedo, no frio, e pegar uma condução lotada. E ainda mais com uma criança no colo o tempo inteiro.
E percebo que nossas vidas se interligam, porque embora eu não seja casada ou tenha filhos, acordo cedo, pego o trem, trabalho o dia inteiro, volto pego o trem, durmo tarde, estudo para tentar ter uma vida melhor e quem sabe casar, ter filhos e finalmente abandonar essa vida de transporte público.
Todos pertencemos à vida conturbada, moderna e complicada, caótica e cansativa. Mas sei que todos fazemos de nossas vidas exatamente o que deve ser feito para que ao final do dia encontremos forças para o que vem a seguir.
Talvez não faça sentido o que agora vos falo. Mas apenas entenda que a minha vida, direta ou indiretamente está ligada à sua.
E qualquer dia desses poderás estar em algum post meu.