Faz muitos anos que saí da escola. Fato. Lá se vão quase 20 anos da primeira fase de estudos e 12 da segunda, que foi a faculdade.
E depois de tanto tempo, fico repensando aqui que tipo de estudante fui. Tudo bem que seguimos, porque a vida é uma escola daquelas não é?
Mas bem. Eu sempre fui uma estudante mediana. A verdade é que eu amava ir para a escola, mas estudar nunca foi meu forte. Sempre fui a líder, que amava jogar queimada, bete, apresentar os trabalhos e escrever. Mas até por volta dos 12 anos eu achava chato ler. Então que eu sempre tinha dificuldade de interpretar as coisas que eu lia.
Aí minha gente, fui morar em Moscou. E se existia a possibilidade de eu reprovar, devido à vários motivos, o medo de ser expulsa da escola me fez até, pasmem, começar a amar ler livros e revistas.
Foi lá que eu entendi a necessidade de uma leitura, de uma pesquisa bem elaborada e metodologia. Aprendi que estudar das 08h30 às 16h ainda é muito pouco e apesar de ainda hoje, ter uma mania péssima de ter sono assim que abro um livro que não seja de literatura para ler, foi ali, em terras geladas e com um idioma esquisito, que eu me apaixonei ainda mais pela arte de escrever.
Mas, sempre fui uma estudante mediana, que passava na força do ódio ou pela compaixão dos professores. Não entendo muito como cheguei até aqui, mas acredito que deva-se ao fato de apesar de, ser pontual, disciplinada e amar apresentar os trabalhos que a maioria detestava.
Então que hoje, desejo que esta pandemia acabe para que os estudantes tenham seu retorno às aulas, ao cotidiano necessário para que, tecnicamente, tenhamos um mundo melhor.