terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O que aconteceu de bom com você em 2021?



Vi essa pergunta no instagram e fiquei pensando na resposta, que não coloquei lá, mas venho divagar por aqui. 

12 meses intensos, ainda em pandemia, com um monte de desastre acontecendo, e eu não consegui, por um tempo, pensar na resposta.

Porque antes de pensar em mim eu penso no coletivo e eu sei que para muita gente, este ano foi de muita luta, de sobrevivência, de superação e de muita dor. Tanta gente que morreu, tanta gente que perdeu, emprego e pessoas, que seguiu desempregado, doente e com questões internas cheia de altos e baixos. 

Mas voltando para mim, o ano teve de um tudo, mas o de bom com certeza foi eu ter começado a ir à psicóloga. Isso fez real diferença na forma como eu lidei com os últimos dias, com tanta pressão, interna e externa, com tanta tragédia que me incomodou, com tanta gente que insistiu (e insiste) em me machucar. 

Consegui colocar para fora muitas pequenos fragmentos de dores antigas, e de certo modo, me abri para dentro de mim, entendendo que nada (ou quase nada), é culpa minha ou problema meu. 

E consegui me firmar no propósito de encarar que sou eu por eu mesma, que ninguém liga se estou ou não na merda e que eu preciso acreditar em mim porque cada um tem seus real endividamento com sua história. 

Tive muitos bons momentos no meio do caos, como a vacina (mesmo ela quase me matando), fui à João Pessoa (de novo e de novo), assumi meu cabelo curto (curtíssimo) e me assumi como ser humano que quer ser solteira, não dando brecha alguma para ninguém me transformar em uma louca apaixonada zumbizenta. 

Zero planejamento para 2022 - exceto - seguir tentando ser uma profissional descente, pagando as contas, dormindo 8 horas por dia e tentando me alimentar minimamente melhor, o que inclui voltar a comer carne porque minha médica não aguenta mais minhas taxas alteradas por falta de vitaminas e afins. 


Resuma o seu 2021 em uma palavra...

Difícil demais fazer isso, ainda mais em um ano tão intenso quanto o passado e que trouxe de tudo um pouco, de positivo e negativo. 

Pessoalmente a palavra que define meu 2021 foi solidão. No sentido de que pela primeira vez, acho que na vida, eu não me relacionei com ninguém. Não me apaixonei. Não senti nenhuma necessidade real de ter alguém comigo.

Me permiti observar mais o meu próprio mundo, criar raízes em meu lar e amar me orientar pela minha própria presença.  

Já vinha fazendo isso em 2020 e em 2021 eu intensifiquei o auto cuidado. Devo muito isso às idas à psicóloga e todo nosso diálogo sobre não fazer o que eu não quero, principalmente em se tratando da minha vida social, tendo em vista que na grande maioria das vezes eu até vou, mas sem querer estar de fato ali. 

Tenho preferido ficar em casa sempre que possível. Tanto é que os planos iniciais para o ano novo são no máximo jantar na casa de uma amiga e passar o fim de semana inteirinho fazendo nada além de assistir televisão e comer pipoca nos primeiros dias de 2022.

Me deram este conselho: comece o primeiro dia do ano fazendo o que mais quer fazer ao longos dos próximos 365 dias e o que eu sei que de fato necessito é dormir, então, que se Deus quiser começarei dormindo e terei mais tempo para dormir neste novo ciclo que Deus nos permitirá viver.