quarta-feira, 16 de maio de 2007

Solidariedade

A mãe de um colega meu morreu. Ela havia sofrido uma parada cardiaca e já estava algum tempo hospitalizada. Ele veio de Nova York, onde está estudando para ficar mais perto dela. Não tenho muita intimidade com ele, converso mais com a namorada e um outro amigo dele, mas senti uma coisa estranha. Talvez seja a palavra morte. E ontem mesmo estava falando sobre isso com uma amiga. Tenho medo de morrer, tenho medo de perder as pessoas queridas. Não gosto de pensar nesse momento inevitavél de todos. Não acredito que a gente vá para algum lugar, não acredito em céu ou inferno. Para mim existe apenas essa vida e ela acaba quando nosso coração pára de bater. Não gosto de me imaginar sendo enterrada, jogada dentro de uma caixa, depois lançada para debaixo da terra. A vida é muito significante para sermos jogados para os bichos comerem. Sei apenas que o que tiver que ser feito, tem que ser feito nesta vida, todas as bondades e maldades serão julgadas por nós mesmos.
Desejo que este momento para o meu amigo seja superado e que ele tenha em mente tudo de bom que deve ter sido conviver com sua mãe.
Fiquei com um certo peso na conciência, porque eu tinha acabado de reclamar um pouco da vida no post anterior quando recebi a notícia. Sério, eu reclamando de uma bobagem, enquanto ele chora a morte de uma pessoa querida. Me senti idiota. Eu não sofrei nada ainda, minha vida é um conto de fadas perto dos problemas alheios.
Recebi uma critíca hoje que também me enfureceu: uma pessoa disse que gosto de me fazer de vitíma, para que as pessoas tenham pena de mim e se ofereçam para ajudar. Me senti pequena diante dessa afirmação. Achei que tinha o direito de ser frágil, de me magoar, mas parece que não. Parece que não posso chorar, reclamar, me sentir carente. Não. Tenho que viver, sem esperar absolutamente nada de ninguém. Cuidar para que meus problemas sejam meus sempre. Erro ao confiar nas pessoas, ao achar que de certo modo mereço o carinho e tal. Que nada, mulher macho e ponto, sem discução!! Fiquei mal, mas serviu para fazer mais uma daquelas minhas análises. Ele deve ter razão, quem está de fora tem uma visão real. Então tá né?.......

Me sinto só

Estava lendo o blog da Wanessa Camargo. Muita gente me critica, mas eu gosto dela. Algo nela me chama a atenção. Talvez me identifique com algo que ela diga ou faça. O fato é que ela vai se casar agora dia 26 de maio.
O que isso tem a ver?. Eu ando me sentindo muito só. Tenho saído bastante com minhas amigas, tenho curtido a noite,conhecido pessoas legais. Tenho estudado e lido muito, estou fazendo projetos para meu futuro que eu julgo bacanas. Tenho feito entrevistas, e aumentado minhas perspectivas em relação à minha vida pós-faculdade. E tenho me sentido sozinha.
Não culpo ninguém por isso. Talvez eu tenha desejado isso, talvez eu mereça isso.
Me sinto só e tenho medo de ficar só. De não conhecer uma pessoa bacana e conviver com ela e ser feliz com essa pessoa. Tenho medo de ficar sem amigos, sem família, sem emprego.
Li um texto na aula de espanhol que diz que isso é a vida: escolher o medo que nós guiará. E lutar contra ele diariamente.
Enquanto tenho meus medos, sonho, trabalho, sorrio, converso, escrevo, desabafo.
Me deu de repente uma vontade de casar........Estranho isso.
Lembrei dos conselhos que certa vez minha irmã me deu. Ela dizia na época que estava no Ensino Médio que encontraria um namorado quando estivesse trabalhando. Comecei a trabalhar e ela me disse que encontraria um namorado na faculdade. Agora estou na faculdade e nada. Quando digo namorado, não me refiro às minhas convivências de dois a três meses com rapazes que conheço em baladas. Namoro para mim é você construir uma amizade com alguém, é seu coração palpitar quando está longe e tremer quando está perto. É planejar, rir juntos, chorar juntos. É amar.
Estou amando. Mas estou só. Porque tive que aceitar o fato de que essa pessoa está num momento em que eu não posso participar. Tá, até participo, mas não posso me envolver, não posso opinar, não posso pedir nada em troca, não posso esperar. Um namoro totalmente diferente de tudo que já vivi ou vi. E tenho que me contentar, não porque me falta auto-amor, mas pelo simples fato de sentir algo diferente por ele. E ponto.
Deixa o tempo se encarregar de decidir algo............O que?

Tititi

Fui para casa ontem com o coração muito pensativo. Ando preocupada demais. Tá eu sou preocupada demais!!...Talvez não haja necessidade de tantos pensamentos. Mas eu sou assim, parece que tenho necessidade de estar atenta à minha vida e a dos outros, não por uma questão de fofocas, mas gosto de que as pessoas contem comigo e que me façam sentir útil.
Assisti ao "Aprendiz 4". Adoro, sou fã do Roberto Justus, com toda a sua arrogância e inteligência. E o programa muito bem feito. Os participantes agora disputam 1 milhão de reais e a sociedade de 49% numa das empresas do Justus. Legal. Muito melhor do que assisitir as novelas idiotas da Globo. E só de pensar que já fui chamada de Tititi pelo fato de assistir e ler sobre todas as novelas. Agora simplesmente não tenho tempo, nem paciência. Assisto ao noticiário. Aos sábados durmo e leio, não dá para perder tempo com Lucino Huck e Angélica né?.
Acordei disposta e feliz por não ter que andar no busão lotado. O metrô está funcionando em caratér tercerizado. Uma vergonha o nosso transporte público. A cidade só poeira e Águas Claras parece um lixão por conta das obras interminavéis. Não gosto de lá. Estou há dois anos por lá. Amo meu apartamento, mas me isolo por lá, ou saio para outra cidade, visito algum amigo. Não dá.....Oh cidade!!
Ontem entramos num papo cabeça durante o intervalo. Esse lance das mães não terem tempo para cuidarem de seus filhos, de terem tantas obrigações, de terem que trabalhar, estudar, ser mulher, esposa. Eu tenho muito medo. Não quero ter filhos justamente porque a tarefa requer muita dedicação. Ter filhos para a babá criar eu tô fora e isso se eu tiver grana para pagar uma babá. A gente sempre quer dar o melhor e ser mãe por tabela não deve ser uma atitude muito feliz. Culpo um pouco esse movimento feminista, mas culpo ainda mais o machismo, o preconceito contra as mulheres e é claro essa globalização, que traz muitas vantagens é óbvio, porém é uma verdadeira complicação para a família.
Putz....Falta bem pouquinho para as aulas acabarem. Irei para o sexto semestre, e sabe hoje eu acho que sentirei falta. As meninas já estão vendo o lance da formatura. Eu não farei baile, muito caro para o meu orçamento. Vou tirar minha carteira e quem sabe fazer algum curso de aperfeiçoamento, ou quem sabe viajar. Um mês pelo Peru ou até mesmo Santiago de Compostela...O que será depois de hoje?...........
Um beijo
Bom trabalho a todos..........