sexta-feira, 3 de julho de 2020

Já estamos em julho!

Chegamos no mês de julho e eu realmente não entendi nada até agora. Sinto que os dias se arrastam em dúvidas, inseguranças e um falso isolamento. 

Ontem, reabriram os bares na cidade do Rio de Janeiro e o que se viu foi de chorar absurdamente. Por aqui, o nosso Governador está seguindo a mesma lógica e eu entro em pânico imaginando o tanto de gente irresponsável que irá chutar o balde e viver a vida como se não houvesse amanhã. Acho que essa galera que está colocando o meu isolamento e o seu, no lixo, deveriam assinar um documento abrindo mão de cuidados médicos caso fiquem doentes.

Não sinto que as coisas estejam melhorando. Mais de 60 mil mortos no Brasil e nossos governantes seguem perdidos e cada um tomando decisões duvidosas. E aí que eu sigo achando que essa pandemia não veio para melhorar o brasileiro: ela veio para mostrar o quanto somos egoístas e não fazemos ideia do que é seguir regras e respeitar ao próximo. 

Pessoalmente sigo em crise existencial, solitária e um pouco amarga. Ando meio relapsa e diria que se decretassem lockdown seria minha salvação interna. De repente assim eu retomasse minhas atividades profissionais de uma forma mais eficiente.

Meus eventos de 2020 foram todos transferidos para 2021. Meu coração ficou partido, mas aliviado ao mesmo tempo. Estava expressamente preocupada com meus casais, com minha equipe e com os fornecedores. As restrições são sérias e isso comprometeria todo o desenvolvimento e sei que isso seria péssimo para eles, que sonham com o grande dia, assim como eu, há meses. 

Só nos resta seguir em orações, o tempo todo. Por cada um, por nossas famílias e amigos, pelas famílias de um modo geral. Todos estamos em tempos sombrios e incertos. Essa vida assim, vivida desta forma, é muito doída. 

Continuo esperando, assim como todo mundo, que as coisas possam voltar ao mínimo da normalidade. Gostaria pelo menos de rever meus pais e irmãos, alguns punhados de amigos ou simplesmente andar pela rua sem medo. 

E você? Como tem vivido essa fase bizarra?