quinta-feira, 18 de julho de 2019

Eu te esperei

Quando nos conhecemos, juro que parei de respirar. Foi um de meus trabalhos mais difíceis, e você estava ali segurando minha mão à distância. Aquele cenário, em uma doce tarde de agosto, me fez acreditar, e eu nunca soube o porquê, que havia finalmente encontrado meu parceiro de vida.
Foram alguns meses de flerte, até nosso primeiro encontro oficial. E lembro bem do meu nervoso, da ansiedade e felicidade. O desastre ao fim deste encontro, me destruiu alguns sonhos que eu vinha idealizando a cada vez que falava comigo.
Mas nunca perdi as esperanças. Só que enquanto você ia subindo em sua vida e melhorando a caminhada, eu passei nestes últimos 4 anos por uma incrível queda ladeira abaixo. Era estranho que eu sentia que nunca ficaríamos juntos, mas eu insistia, e insisti e esperei... 
A vida prega essas peças e eu me pego pensando nessa ironia. Porque quando eu era uma mulher incrível, linda, animada, ativa e empolgada, você passava pelas suas tormentas. Agora, eu atravesso minhas tormentas e o destino não quer nos unir. Porque sei o quanto foi difícil para você chegar em um nível de vida feliz, segura e alegre. Sobre isso, pouco sei há algum tempo. Vivo na minha própria sobrevivência, tijolo por tijolo, tentando resgatar minimamente o que fui uma dia. Sem muita certeza de conseguir, mas ciente da importância de tentar. 
Você não é culpado. Eu não sou culpada. O tempo é culpado? As histórias que foram se lançando sobre nós, sobre nossos próprios sonhos, caminho e destino, talvez elas sim sejam culpadas. Ah, acho que nossas escolhas são as verdadeiras culpadas. 
Não estamos em uma novela. Ela sempre tem fim. Estamos na vida real, surpreendente e calorosa com quem ama e acredita. Eu acredito em nós, em nossa amizade, parceria, risadas e cervejas na balada gelada. Nada é fim. Tudo tem um jeito e Deus vai nos mostrar se vale a pena... esperar. 



terça-feira, 16 de julho de 2019

Divã do Bolshaia: você gostou do meu cabelo?

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

Precisamos falar sobre cabelo curto, cabelo grande, cabelo crespo, arredondado, colorido... na verdade, falar sobre respeito. O cabelo é só o pontapé. 
Falar sobre respeito, sobre parar de criticar o outro pelas suas escolhas pessoais. 
Estou aprendendo na marra a me entender e me posicionar sem ferir o outro. Sobre não opinar se não me é solicitada opinião. Saber ouvir sem questionar, em silêncio. Não que o outro tenha razão, mas e a minha razão, ela existe?
Digo isso principalmente porque quem me acompanha na vida sabe que eu pintei meu cabelo todo de loiro. Sei que foi um choque, primeiro para mim. Muitas pessoas gostaram e obviamente outras odiaram. Algumas falaram, outras silenciaram. Para algumas eu questionei sinceridade e mais da metade disse que sim, gostou. Outras não emitiram opinião, por pensarem como eu ando pensando: se ela está bem, eu também estou bem. Ou apenas para evitar desgaste 
Agora, sinto que algumas pessoas até se afastaram de mim. Não sei o que aconteceu, muito menos se foi por conta do cabelo. Tento não pensar muito sobre, até porque finalmente ando muito focada nos meus problemas, eles sendo graves ou não. 
O que quero dizer efetivamente é que tenho usado uma frase nos últimos meses que é: "estou muito velha para isso". E é isso que ando sentindo, que ando muito velha para me preocupar com tanta coisa externa ao meu coração, à minha mente e ao que desejo. Escolhi focar em meu trabalho, em meus eventos, meus pais e meu sono, que é sempre muito confuso. Tenho me mantido em silêncio, domingo por exemplo, fiquei o dia praticamente fora de conexão com o mundo. Estou aprendendo a me respeitar, em todos os sentidos, para entender que o tempo do outro, a escolha do outro e o outro de uma forma bem ampla, desde que não mate ou roube, merece todo meu humilde respeito por tudo que ele faz por si, em primeiro lugar.
Então, se o outro pinta o cabelo, tatua o olho, usa regata no frio ou se relaciona com um unicórnio, tem todo meu respeito. E estamos conectados nessa loucura da vida e o que eu puder fazer para tornar nosso ambiente melhor, eu farei.
E você? Respeita ao próximo de fato? Ou só finge? 



segunda-feira, 15 de julho de 2019

Diva do Bolshaia: quem eu era, ainda sou?

A imagem pode conter: texto

Há muito tempo que sinto que minha mudança interna foi arrebatadora. Me perdi há algum tempo, talvez desde 2016, especificamente.
Hoje, graças a Deus sofro bem menos por isso. Porque aprendi que a gente muda, que em determinados momentos da vida ganhamos e perdemos e isso classifica muito nossas relações. 
Não gosto muito de usar a palavra energia em meu vocabulário, porque assim como na palavra intensidade, perdi alguns amigos e a razão por causa delas. As pessoas passaram a me fuzilar a alma ou por ser intensa ou por ter uma energia ruim.
Acabou que estou aos poucos controlando a intensidade e silenciando para não transpor minha energia interna às pessoas que me cercam, justamente para evitar fadiga.
O que eu sei é que não sou mais ousada e corajosa como eu era antes e aos poucos me torno o que sempre temi ser: reclusa em meu mundo, tentando fazer meu melhor trabalho e pagando minhas contas e só. Meu objetivo efetivo é jamais atrapalhar a vida de quem me cerca com minha energia, porque eu nem quero mais saber se ela é positiva ou negativa. O tal ouvir mais e falar menos, executando com amor, jamais por osmose, o que Deus me deu de dom, me intrometendo menos, criticando menos ou nunca (é bem difícil) e oferecendo ao outro só o que realmente eu sinta que é bom em mim. 

Não sou a mesma. E não sinto falta. A vida é para frente. 


segunda-feira, 1 de julho de 2019

Eu sou mais eu!

A imagem pode conter: texto

Não é fácil assumir isso, ainda mais em um mundo que joga em nossa cara que o que vale é ser magra, rica, pele boa, independência e equilíbrio. 
Eu hoje não me importo mais se estou gorda ou magra, o que me importa é dormir, porque há anos tenho problema para dormir. 
Não sei me maquiar e depois de anos com vergonha de meus poucos cabelos brancos, pintei tudo de loiro. 
E vou vivendo minha vida como sempre: contas pagas, sem preocupar ninguém, sem arranjar tretas graves e comendo salada durante a semana. Bebo muita água e até segunda ordem odeio academia e não faço mais dieta.
Tento não criar expectativa nisso de ser linda, perfeita, sem problemas. Cheguei em um momento onde preciso cuidar do meu trabalho, da minha empresa e do meu sossego. 
E Deus me abençoa demais para eu reclamar ou querer mudar. Tanto que nem projeto silicone existe mais. 
E espero muito de alguma forma, mesmo com uma pele ótima, mudar alguns hábitos, apenas para poder envelhecer com uma certa dignidade, mas sem me escravizar, sem me tornar obcecada. 
Acho que o mais importante são os valores e o amor que deposita em suas ações. 

E você querida leitora? O que pensa sobre o assunto?