quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Objetos de desejo
Uma caminha assim....
Uma mesinha assim...
Um cantinho de estudo assim...
Um armário assim...
Aliás, quem tiver um armário como o acima, please negocia comigo tá?
Beijos e beijos
Colocando ouro nas feridas
Nos últimos meses eu venho passando por um processo pessoal de auto-conhecimento que tem me ferido muito. Choro muito, caio num sono profundo, grito internamente, odeio, amo. Sentimentos se misturam, se intercalam, me calam.
A verdade é que o fim do meu casamento tem sido algo com o qual eu não estou sabendo lidar. E não tem a ver com amar ou não meu ex-marido. Tem a ver comigo e com os meus ideais que culminaram nesta decisão que me rompeu inteira por dentro e que me desnorteou por completo. O sofrimento se instalou e por mais que eu queira recomeçar, colocar ouro nas feridas, eu ainda vago pelo mundo tentando entender tudo.
Mas me sinto um pouco mais madura por reconhecer principalmente que não há um culpado básico, mas reconheço minhas culpas. E faço isso com uma naturalidade fatal. Sim. Eu tenho culpa e muita. Culpas essas que não quero carregar, mas preciso. Preciso não para não cometer erros futuros em algum relacionamento que surgir pelo caminho, mas para não me culpar novamente pelos mesmos fatos intransigentes. Meus defeitos assumo com uma velocidade de uma luz azul. Eu sou egoísta. Eu sou auto-suficientemente sofredora e estagnadora de almas. Eu passei quase 3 anos tirando o brilho de uma pessoa e colocando em uma caixa de música que não toca mais. Eu deixei o meu acho que sou demais dominar minha alma e destruir os sonhos alheios. Eu deixei meu eu dou conta atrapalhar a caminhada e os passos clandestinos. Eu deixei o meu eu sou dona do mundo, do tempo e da dor, bloquear sentimentos. Eu acreditei na rotina e a deixei entrar. E não soube lidar com fatos diferentes, sonhos diferentes, desejos, frustrações, possibilidades e afins. Eu deixei quem sou destruir. Destruir o que Deus e só Ele sabia como seria.
E chego a cada fim de dia tentando não ser a pessoa que eu fui ano passado, ano retrasado, ano do ano passado, anos atrás. Não é assim tão simples quando metade de mim é desconfiada e a outra controladora.
Não creio que eu vá me casar novamente. Não sendo quem sou, pensando como penso, achando coisas como eu acho. Não perdi a fé, perdi a coragem de recomeçar à dois. Sei que não sou mais auto-suficiente, mas como estão as coisas é mais fácil. Ou deveria ter se tornado tal. Talvez ainda exista uma chance de paz. Espero que ela apareça na próxima parada.
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