sábado, 27 de junho de 2009

O sono veio e se foi na calada da madrugada. Olho para os cantos da casa e vejo o nada e ouço meus temores. A minha respiração se perde em meio à tanta solidão e falta de criatividade.
Não me animo, me destruo entre o levantar e o escolher. E desvio meu olhar, procuro luz e absolutamente não encontro minhas guloseimas preferidas.
Sofrimento do não. Do não quero. Do não posso. Do não vou à lugar nenhum com você.
Recomeçar é sempe uma dor que não incomoda, mas que desconforta meus sonhos e deslizes.

Adeus Michael!

A morte do Michael Jackson mexeu um pouco comigo. Cresci ouvindo suas músicas e vendo seus escandâlos sendo distribuídos pela mídia. Vi seus filhos nascerem em meio à turbilhões de suposições sobre o fato de ser ou não inseminação artificial, ou se era bebê de aluguel. Pedofília e cirurgias. E ele lá na dele, com as esquizitices dele, ficando pobre, perdendo bens. Mas nunca os fãs. Porque ele criou seu mundo particular e cada um que acompanhava sua vida tornava-se então um ser também particular.
Sentiremos falta, claro que sim. Não se faz mais artista com paixão pelo que faz. Tudo é tão miojo (3 minutos e já pronto para comer!). Música boa, poucas rolam por aí na atualidade e grandes shows, muito mais raros.
Claro que será um saco o que a mídia fará a partir de agora, o Astro Pop poderá até virar santo. Mas o que eu realmente espero é que ele descanse em paz.
Sábado. Minha amiga comprou 2 Hamsters. Ela está feliz, eu fico também.
Semana passada eu encontrei uma amigona, que está saindo de casa também. Tem a minha idade, tem um emprego "fixo" e é formada. A briga com a mãe teve agressão física, e então ela veio me perguntar como eu estava me sentindo, meses depois da saída.
Falei somente que eu me sentia bem as vezes, e que é natural o sentimento de culpa, o medo a insegurança, e isso não passa por um bom tempo. Eu me senti mal 2 meses seguidos e a vontade que tive de desistir foi imensa.
Eu chorava com medo de não ir para o céu, medo de não me virar sozinha, medo da rejeição familiar, medo dos amigos, medo da amiga se cansar, o medo das diferenças entre nós duas.São tantos os medos, que as vezes eu achava que não ia dar conta.
Não pude aconselhar muito, porque a decisão é dela, mas os prós e os contras foram todos analizados e eu mantive a postura de que ela deveria ter coragem e superar o medo é com o tempo. Mas ela precisa conversar mais com a mãe, tentar não sair assim na briga, porque o processo de reconquista é muito doloroso.
Ela chorou bastante, porque essa etapa é a da confusão mental. Ela quer e ao mesmo tempo acha que vai passar. Mas quando chega nesse ponto é bom rever a relação. É como um casamento, se está fazendo mal, tem que mudar tudo e drasticamente. Nada de ficar empurrando, tentando anos à fio, arrastanto dor e sofrimento. A hora do "acabou" é sempre muito ruim, mas infelizmente a gente precisa esperar.

Tomara que minha amiga fiquei bem.

P.S: a coleguinha do namorado bruto tá na pista, solteira. Já marquei dança e bebida, para ela recomeçar bem feliz!

afasta a alma crua e doente

Alguém me disse uma vez que as coisas comigo funcionam de uma forma estranha. E até hoje eu não entendi o significado da frase.
Alguém me disse uma vez que vou ficar sozinha para o resto da vida. E ontem eu entendi tudo.
Alguém me disse uma vez que sou linda e simpática e maravilhosa. Certamente esta pessoa desapareceu no mundo.
E a vida parece um mistério infinito de sentidos sem nexo. Alugo uma roupa, vou à festa, bebo e caio. Meus porres alimentam o vulgo ser de uma catástrofe alucinante.Os remédios não funcionam, uso e abuso da sensualidade da boneca inflável e troco o cinza pelo vibrante de suas falsas mãos.
Já nada me satisfaz, afaste-se de mim. Não me ofereça o que nunca poderás me dar, nem me enganes com palavras tiradas da Bíblia ou do Corão.
Desapareça, seja apenas meu amigo imaginário e teórico.