segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pedrada!

Como falei, vou contar a história da pedrada no supercílio.
Eu era muito pimenta em tempos de escola. 9,10,11 anos eu tocava o terror. Me metia em toda e qualquer confusão, mas fazia questão de posar de nerds. Eu passava a aula inteira cutucando o coleguinha ao lado para conversar sobre novelas (eu sempre amei fofocas!!). A professora não entendia como eu conseguia fazer tanta coisa ao mesmo tempo. As vezes ficava em sala após as aulas, porque de tanto conversar eu acabava esquecendo de ir rápido com a cópia da matéria escrita no quadro.
Nos intervalos, aí eu soltava a franga. Corria, e fatalmente machucava alguém, pois desde pequena não era muito delicada. E isso iritava a grande maioria dos colegas e principalmente das colegas, porque, não sei por cargas d´água, elas já viam em mim um perigo. Só porque eu entendia os garotos e participava ativamente de todas as atividades deles e era a grande amiga de quase todos os bonitos pelos quais elas babavam, embora eu dificilmente desse bola para eles.
Uma dessas garotas era a Girafona. Não me lembro exatamente o nome dela. Sei que em algum momento do intervalo eu esbarrei nela. Estavámos pisando em um um campo de britas e ela decidiu me desafiar. Pedi desculpas e ela começou a me xingar. Disse que não iria fazer nada, até porque ela era bem maior que eu. Mas ela vira e diz:
" Se você é tão corajosa como diz, duvido você me acertar com uma pedra dessa".
Eu não sei o que deu em mim. Não pensei nem uma vez, peguei a primeira que vi e joguei com toda força que eu tinha em meu braço direito (sendo que sou canhota).
Acertou no olho esquerdo, que jorrou sangue para todo lado. Eu na hora entrei em pânico e comecei a chorar, mas fui lá para perto da garota e a levei para a direção. Tremia as pernas, porque eu temia que ela não assumisse a provocação e sobrasse para eu ter que explicar em casa a malcriação.
Por sorte, algumas pessoas viram o que ela fez, viram que de alguma forma eu pedi desculpas pelo esbarrão e ela teve que assumir que ela havia me provocado de certo modo.
E vocês acham que me intimidei depois disso?. Continuei aprontando das boas. E sempre me orgulhei de que não chegava em casa machucada. Porque dizia minha mãe: "você pode brigar na rua, mas se chegar machucada, vai apanhar de novo". Não sei o objetivo afinal dessa frase, só sei que tinha tanto medo, que quando brigava, brigava de uma forma que não ficasse nenhuma marca em mim para não ter que sofrer consequências em casa.
Até hoje sou meio esquentadinha, mas de uma forma mais tolerante, porque não levei nada com isso para a minha vida. Não quero que isso seja exemplo para ninguém. Apenas hoje consigo me divertir com o fato de que nunca fui uma garota comum, delicada, princesa. Era eu.

Levada!

Lendo algumas coisas sobre infância, me lembrei de algumas coisas engraçadas que eu costumava aprontar. Eu era muito levada, fora do comum as vezes. Meu lance era correr, jogar bete, futebol. Brincar de boneca só se eu fose a mãe, se não eu metia a boneca na cabeça das coleguinhas. Brincar de escolinha, só se eu fosse a professora, se não eu jogava tudo no chão e saia. Mas eu não era emburrada, apenas me divertia sendo do contra.
Eu era uma criança feliz, porque eu fazia praticamente tudo que gostava de fazer. E dançava, como eu gostava de dançar. Era super fã da Xuxa (arrependida até a alma!) e do Trem da Alegria (ah isso eu não me arrependo não!). Não tinha esse lance de video-game, computador, em minhas limitações tive uma infância muito legal.
As vezes quando minha mãe está brava comigo eu lembro dela brava comigo antigamente e vejo que em muitos aspectos eu acabei crescendo antes do tempo, porque ela não aceitava muito que aquela atitude era de uma criança e só hoje adulta percebo que aquilo não tinha nada demais, que não merecia uma punição severa.
Somente quando nos tornamos adultos, agradecemos à infância. Agora a minha colega que levou uma pedrada no supercílio com certeza me odeia até hoje.

Conto isso depois.Vou almoçar!

Esse frio que não passa! Quero a primavera já!!

Ha!
A minha amiga que levou o fora depois de 10 anos de namoro, bem todos vocês já conhecem a história né?
Então. Lá foi ela rumo à Natal, passar alguns dias descansando. Afinal seria a primeira vez que ela ficaria sozinha e que poderia desfrutar de sua companhia. Que nada, ela me manda um e-mail contando nada mais nada menos que fisgou um gringo lindo de viver. Pode uma coisa dessas?. Danada essa minha amiga em?. Pelo menos ela está feliz, cheia de novidades para me contar e eu com uma enorme saudades. E como ela mesmo diz, amiga, não é namoro, tá bom demais..........
Nem precisa né?. Depois de 10 anos, ela não está maluca de namorar de novo, pelo menos até se recuperar da dor.
Eu é que queria mesmo estar em uma praia, deserta, linda, escutando o mar e escrevendo, com um gringo?. Não, sozinha. Mas, ok. O frio daqui também não está nada mal.
Falando em frio, ontem eu mofei em casa por pura e simples preguiça de sair. Não estou animada para casacos e luvas e cachecol em fim de semana, porque venho todos os dias trabalhar assim. Tem uma lagoa, que passa por dentro da recepção e que me faz tremer durante 8 horas diárias. As pessoas perguntam como eu aguento, mas acho que já estou em estado de congelamento, já não sinto mais nada sentada em minha cadeira. Brinco que qualquer dia desses, me encontrarão dentro de um cubo de gelo, igual ao esquilo do filme a Era do Gelo, só que ao invéz de uma noz terá meu telefone.
Mas se temos que passar por isso, que venha logo a primavera por favor!