quinta-feira, 23 de abril de 2009

Chego do primeiro dia de curso de Cermonial e Protocolo. Sei lá 10 pessoas em uma sala, a professora e a vontade de aprender logo tudo e já colocar em prática. Mas, cada coisa em seu tempo, não há como fugir.
O dia, esgotou minha mente, por vários momentos os minutos não passavam. O telefone toca o tempo inteiro. A fome bate,saio correndo para comer, sou humana, mantenho os pés firmes, e volto para a mesa, para a vida, para o meu trabalho.
E agora, olho a cama, quero a paz, quero um sono porfundo que revigore esse corpo magro e cansado.
A cena mais bizarra é ouvir um peruano falar mal de outro peruano, assim, sem medo algum. Naturalmente, mete o pau, reclama e me diz: " não sei como você aguenta".
Eu fico tentando fazer o social, dizendo que não é assim, que cada um tem uma maneira de trabalhar e que aqui é bem legal.
E ele afirma: "você defende porque está aqui dentro. Se eu te encontrar lá fora, você terá a mesma opinião que a minha".
Eu não tenho absolutamente nada contra ninguém, nem muito menos com meu trabalho. Desenvolvo com maior paixão cada função, cada etapa do dia. Assim, meio que com sono as vezes, ou com uma certa raiva. Mas tudo isso é gerado puro e simplesmente pela falta de perspectiva futura. E só. O resto me agrada, e me atrai. Trabalhar em Embaixada não é um glamour, mas é interessante pela maturidade, pela convivência que nos faz adquir forças e vontade de sempre ser melhor.
Sou grata pela oportunidade e sei que posso ter mais e é para isso que me esforço nos estudos, em cursos e em leitura.
Reclamar de fato é só para escrever no blog.
A Ivete, a minha linda e maravilhosa Ivete, está esperando seu filho. Não tenho medo não, apenas da intensa amizade que ela tem com a Xuxa.
Não consigo avaliar o efeito na mente de uma criança que convive com alguém, que diz ver duendes.
Segundo consta na mídia, Dado Dolabella Pit Bull, terá um filho com sabe-se lá quem. Tenho medo absoluto.

Praticar Yoga - apenas uma teoria!

No feriado eu conheci várias pessoas interessantes. Todas são praticantes de Yoga. É mágico ver o que eles são capazes de fazer e o que eles são capazes de não comer. Eles não comem nada de carne, nem bebem nada que os tire do plano terrestre. E são pessoas calmas e serenas, até que se prove o contrário.
Me perguntei se seria eu capaz de largar essa vida que tenho, já meio par de anos. Sou agitada, estressada, como mal, tenho um ritmo alucinado, durmo mal.E cheguei até a cogitar uma possibilidade de mudança de vida, eles me pareciam tão normais e sensíveis.Já pensei várias vezes em largar o meu mundo tão mal mastigado, tão insano.
Mas, sei e tenho certeza absoluta que o calmo, o sereno, hum, de fato não me atrai não. Eu consigo ficar em off metade de um dia. É o suficiente para recarregar as baterias.Quando começo a escutar minha voz por um longo período, só a minha voz e mais nada, começo a achar que estou ficando maluca. Descansar para mim é algo forçado, só faço quando o trabalho esgotar mesmo. Eu reclamo, mas também é algo que eu faço por pouco tempo. O lance de fazer várias coisas ao mesmo tempo, de atender varias ligações, escrever vários e-mails, ouvir várias pessoas ao mesmo tempo, é o que me preenche.
Achei super fofo conviver com eles por um dia e imaginar coisas boas à respeito da boa prática dos exercícios de respiração.
Mas, preciso de mais tempo. Será que ainda tenho? (o drama!)

Tomar banho é importante!

Hoe eu me perguntei o que acontece com as pessoas antes de ir trabalhar para que elas já entrem na condução com um odor diferente do normal.
Sim, um rapaz jovem, aparentemente normal, mas "fedendo". E fico me questionando. Poxa vida. Como assim?.
O trem lotadão, e o cara fedidão.
Eu pequena, fiquei bem abaixo do local a onde saía o cheirinho. Por sorte ele nem resolveu levantar o braço de verdade. Pois aí sim, certamente não estaria aqui para contar isso.
Sempre tive problemas com pessoas assim e ainda não sei como ser sincera, ou dar um toque. Sempre fica a sensação da ofensa, ou até mesmo do preconceito. Pelo sim e pelo não, eu me esforço ao máximo e mantenho a atenção ao que odor diferente. Entendo que durante todo um dia não dá para ficar cheirosinho, mas às 07 da manhã já num estado crítico?. Não consigo entender.
Acho que é importante o cuidado pessoal.
Morei 4 anos em um país, onde tomar banho é uma opção semanal. Eu tive sérios problemas de adaptação, pois era complicado, todo final da aula de Educação Física, dividir o vestiário com mais 15 meninas com um cheiro doloroso de aguentar. E eu cheguei em uma época em que desodorante era um luxo. Com algumas eu peguei a liberdade de falar o que achava, e elas até compreendiam e passaram até a se cuidar mais. Mas a questão do banho, essa sim era difícil. Imaginem, um inverno de sei lá, - 30°, impossível encontrar ânimo para um banho. Por sorte, a minha educação não levava isso à sério. Banhos diários, e certamente não tão demorados, mas suficiente para não impestiar a sala, ou o local onde estivesse.
Enfim, apenas retratando que o lance de banho é bem relativo para alguns, mas eu acredito piamente que é necessário manter uma higiêne pessoal em dia, tanto pelo lado pessoal quanto pelo lado profissional.
Certas angústias escaparam de minha mente.
Mais um dia em que nuvens, frio e pássaros ardem e gritam.
Existe a possibilidade da realização, da eternidade imaginada em teoria de uma conspiração.
Vejo o céu, e peço que me ilumine para suportar as diferenças e as descrenças.
Apago a luz e ligo o computador. O dia de trabalho começou, já não há mais escapatória, exclusão, apenas a vertigem e vontade. Vontade de simplesmente fazer o que devo fazer e ao final do dia me esconder em paredes e concretos. Escrever uma música e me deliciar com o noturno coração que tenho.