Hoje, sexta-feira 13, comemoro 11 anos de blog. Meu primeiro texto, inclusive, para quem não sabe, foi escrito em uma Sexta-feira 13.
Voltando no tempo: Eu tinha 23 anos, namorava o Saulo, fazia 2 estágios, faculdade, vendia roupa aos finais de semana e dava aula de russo. Estava no auge da anorexia, sem cabelo, sem unha e cinza.
Gosto de olhar para trás. Não para remoer meus sofrimentos e decepções, mas para agradecer. Para me incentivar, me ajustar ao novo, acreditar.
São 11 anos onde realmente muita coisa mudou, não somente fisicamente, mas principalmente por dentro. Há 11 anos eu era muito mais segura de mim, mesmo com todo o balaio de gato no qual eu estava vivendo, confuso e depressivo. Eu tinha uma força inabalável e isso era com certeza o melhor de mim.
11 anos depois, me deparo com uma situação pessoal que me tirou as forças. Que me mostrou o quanto sou imatura, frágil e egoísta, o que sugere que eu preciso de muita porrada ainda para evoluir. Desde meu retorno do Carnaval que eu venho lentamente me recuperando do que eu tenho certeza que foi o meu maior golpe nas costas da vida, mas que naturalmente não me destruiu. Apenas me colocou num novo eixo, com novas observações sobre o que realmente importa.
E o ano vai passando. Temos mais de 100 dias vividos e mais uns 200 para viver. E eu desejo que a confiança, a coragem, a vontade e a luta sejam base para que cada um de nós superemos seja lá o quê for.
Definindo em uma palavra o que são estes 11 anos do Bolshaia, eu diria exatamente isso: SUPERAÇÃO. Posso não ter superado nada grandioso, como uma doença grave, um acidente, mas eu tenho certeza que as pequenas vitórias também merecem ser valorizadas.
Obrigada a cada um que eventualmente lê um texto meu e até agradeço a quem não lê e ainda me critica. Agradeço a quem lê e acha um monte de baboseira, muro das lamentações...
Eu escrevo.
Por mim.
Beijos de luz!