terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

5 anos do Bolshoi Cerimonial

Sábado, 24 de fevereiro, o Bolshoi Cerimonial completou 5 anos de existência e comemorar foi preciso. 

Muito feliz em poder me dedicar, de corpo, alma e coração à realizar sonhos de pessoas que nunca vi. As vezes, após o evento, não vejo mais também, mas graças a Deus muito mais pessoas permanecem e isso é algo bom demais de ser vivido.

Agradeço demais a Deus por ter um dom que não seja reclamar ou esperar que as coisas caiam do céu. Ser Cerimonialista é trabalho diário, árduo, principalmente emocionalmente, dedicado e apaixonado. 

Desejo que o Bolshoi Cerimonial siga lutando pelo que acredita de forma honesta e cheio de fé. 

E que as pessoas que comigo trabalham, possam prosperar, não necessariamente com dinheiro, mas muito mais com amor. 

Segue abaixo o texto lido na festa: 

Não vou me prolongar contando a história toda novamente de como cheguei até aqui.

Nem vou citar muitos nomes porque, assim como na live, posso esquecer de mencionar alguém e parecer ingrata.

Nem falar muito para assim como na live nem chorar, nem falar besteira.

 Quero agradecer:

A Deus por me inspirar e me guiar no caminho do bem, mesmo sendo falha.

Meus pais por me ensinarem que é muito bom a gente ser bom.

Meus irmãos por me ensinarem a importância de saber entrar e sair nos lugares.

Cada pessoas que veio aqui hoje, podendo estar fazendo qualquer outra coisa, inclusive nada.

Cada apoio para que esta festa se concretizasse e tivesse uma decoração linda com comida boa e open bar, um bolo lindo, papelaria e foto. E o apoio para que eu pudesse me sentir linda, me deslocar e receber os convidados.

Cada pessoa que me ensinou, me ensina, me guia, me ouve, me aconselha, me incentiva, me critica também, faz parte, me dá oportunidade e mostra o caminho, 10 anos depois de tudo ter começado.

Cada casal, debutante, grávida, mãe e pai, famílias inteiras e amigos que me deram a oportunidade de tornar seus sonhos realidade. Por acreditarem na importância de um Cerimonial e acreditar no potencial do Bolshoi Cerimonial.

Cada pessoa que já trabalhou no Bolshoi Cerimonial.

Cada pessoa que indica o Bolshoi Cerimonial.

Cada parceiro de evento que indica o Bolshoi Cerimonial.

Cada Cerimonial que indica o Bolshoi Cerimonial.

E finalmente: a equipe do Bolshoi Cerimonial, que sim, estes sim, serão mencionados:

 Aline, Cris, Jéssica, Anne, Gabriel, Katia, Kelly, Luzia, Maria, Rafael, Tânia e Tayná.

Sozinha eu não conseguiria. Obrigada por serem Bolshoi Cerimonial!  Espero que continuem inspirados e tão felizes ao ponto de seguirmos firmes, apaixonados e com uma vontade enorme de mudar o mundo fazendo festa.

Que Deus nos abençoe.

Obrigada!

Acabei falando mais algumas coisas e citando 1 nome, mas tentei não demorar muito em delongas. 

Obrigada a cada um que segue comigo. Acredita em mim e nos dá a chance de cuidar e zelar por seus sonhos.

Por mais 5 anos! 

Pelo menos!

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

2023/2024

Passada a angústia das festividades de fim de ano, dando start no novo ano, finalmente o texto de retrospectiva/resoluções.

2023 foi um ano relativamente bom e melhor, claro, do que os últimos 2 anos. A pandemia ainda não é um passado distante, mas já é parte do passado. 

Foi um ano de poucos surtos, algumas crises de ansiedade, algumas noites sem dormir e muita preguiça, que é uma característica muito enraizada em meu pequeno corpo.

Trabalhei muito, muitos eventos do Bolshoi, muitos elogios ao nosso trabalho e alguns silêncios pós evento, que já não recebo como ingratidão. 

Aprendi a ouvir um pouco mais, embora tenha falado demais, tretado mediano e criado algumas inimizades. 

Minha paciência encurtou mais alguns centímetros e terminei o ano querendo sumir de uma boa parte das reponsabilidades, pessoas e lugares.

Tive um pequeno susto familiar, com papai doente, mas mamãe esteve firme, então, equilibrou. 

Algumas pessoas vieram, outras foram embora, outras nem tico nem teco, e outras mantiveram a amizade ali na frequência normal, nem muito, nem pouco. 

2023 veio e foi. Sem traumas, sem romance, sem brigas avassaladoras e sem ódio instalado. 

2024 veio. Como ele será? Quem sabe né? Só peço a Deus que seja com saúde. 

E menos preguiça de viver. Afinal, é o ano dos meus 40. 


terça-feira, 7 de novembro de 2023

Depois de 8 anos...

Mudei! 

Há pouco mais de 1 mês, decidi que iria mudar. 

Tentei uma manobra para deixar de pagar aluguel. Não deu certo. Me desesperei! Porque eu queria, à qualquer custo sair do apartamento em que morava há pouco mais de 8 anos. 

Pensei, repensei, fiz cálculos... E Deus me fez falar com uma pessoa que naquele dia estava desocupando uma casinha linda de fundo, com quarto, sala, cozinha, banheiro e uma área de serviço com um tanque grande e espaço até para um churrasquinho! 

E no dia 03/11/2023, me mudei com gato, armário de 60 anos, escrivaninha de mais 60 e muita vontade de ser feliz.

Claro que não cuspo no prato que comi, então que eu sou muito grata pelos anos vividos no apartamento do pai de uma grande amiga. 

Foram anos muito bons, com uma pandemia no meio e muitas crises de depressão e pânico. E teve também as lives, os romances e por fim, a solidão. 

Estou me adaptando. As gatas, em especial a Abigail, estão bem, mas estranhando bastante. Não me lembrava mais como era morar em uma casa, fresquinha, arejada e iluminada. 

E confio que serão anos bons também. Até porque a gente é quem torna o nosso ambiente bom né? Já arrumei tudo do meu jeito. Eliminei, antes de mudar, tudo o que eu não queria mais e o ar está mais leve, mais compacto e ao mesmo tempo, me sinto em uma mansão, tamanho espaço que ganhei. 

Que Deus me abençoe. E elimine as baratas (até fiz uma promessa para cada dia sem uma aparecer). 

Feliz 2024! 



terça-feira, 12 de setembro de 2023

60

E não é que hoje, meus pais celebram 60 anos de casamento? 

E eu estou numa nostalgia, numa emoção, numa choradeira da moléstia! 

Mas estou feliz!  

Feliz porque acompanho o casamento deles desde que me lembro, ou seja, tinha 3 anos. 

Comemoro oficialmente há 20, que foi quando fizemos um bolo surpresa para eles. 

Os 50 anos foram a festa! Não à toa, hoje tenho até uma empresa de casamentos.

Pausa nos comentários aleatórios. 

Vamos aos fatos: 

Parabéns Mainha e Pai! Não é fácil conviver 60 anos quase que diretinho né? Defeitos, frustrações, inseguranças, ciúmes... não há somente romance. Mas também não há só coisa ruim né? 

Tem os filhos. Tem as noras. Tem os netos. E agora um monte de bisnetos. Alguns amigos. Muitos amigos. 

Vocês inspiram. Não só pelo tempão juntos, mas porque durante todo este tempo, você não desistiram. Não jogaram a toalha. E acreditaram. 

Acho que não imaginavam chegar a 60 anos não é? 

Mas chegaram. Graças a Deus. Amém! 

E sigam. Juntos. Olho no futuro. Agradecimento ao passado. 

Coragem. 

Porque o amor, ele só sobrevive se 2 pessoas tiverem coragem. 

Obrigada por terem tido. 

Coragem. 


sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Mais da metade do ano

Mais da metade do ano de 2023 acontecendo. 

À passos lentos, largos e deprimentes. 

Mas também, com sorrisos e força de sempre.

Não consigo definir em planilha, se estou vivendo um bom ano.

Estou.

Vivendo. 

Contas pagas. Planos. Alterados. Esquecidos. Recomeçados.

Em meus sonhos eu fui feliz em 2023.

Até aqui, é só um sonho mesmo. 



sexta-feira, 7 de julho de 2023

8 anos

Seguindo a linha dos últimos textos, o título é um número e uma data. 

No dia 08 de julho de 2015 iniciei minha trajetória no Ministério da Justiça e Segurança Pública, que na época era só Ministério da Justiça. 

Vim para o Departamento de Estrangeiros, hoje, Departamento de Migrações e um ano depois, acabei caindo de paraquedas no Gabinete da SENAJUS, nessa época, ainda SNJ. De paraquedas porque a Secretária saiu para tentar novos ares, e do nada, acharam que eu tinha perfil de Gabinete. 

Não sei dizer muito bem se estar aqui esse tempo todo é sorte ou resultado de muito trabalho. Só sei que me disseram ali pela minha primeira ou segunda semana de trabalho, que eu duraria 1 mês.

Aliás, geralmente me dizem isso, eu não ligo e quando vejo já estou comemorando aniversário no trabalho. 

Tudo bem que eu nunca pensei que fosse durar tanto no mesmo lugar. Estes 8 anos foram muito desafiadores, de muitas lágrimas, dúvidas, erros grandes e erros bobos, daqueles que te fazem questionar se escolheu a profissão correta. 

Como pessoa sincera, transparente e exagerada, costumo dizer que eu nunca saio satisfeita. Na minha cabeça eu nunca dei o meu suficiente, não fiz o meu melhor e envergonho quem me deu a oportunidade. Mas, é só um exagero mesmo. Porque se eu fosse ruim, eu apenas não estaria aqui ainda.

E em mais essa comemoração, silenciosa, novamente, porque eu estou aprendendo (ainda!) a comemorar por mim e dentro de mim, agradeço a Deus por estar conseguindo projetar em meu dia a dia o amor que tenho pelo Secretariado. Amor esse que, como em todo relacionamento, tem seus percalços dolorosos. Mas me sinto honrada. Afinal, além de ter um trabalho para onde ir e uma casa para onde voltar, tenho conseguido manter meu dia a dia tranquilo.

Então que agradeço a quem me deu a oportunidade de mudança e a quem, diariamente, me dá uma oportunidade de, mesmo sendo quem sou, estar feliz, fazendo uma leve diferença na vida de alguém e por não ter perdido o respeito, por mim e pelos meus colegas, quando tudo parecia complexo, principalmente em mudanças tão radicais como a das últimas eleições. 

Se terei mais 8 ano por aqui? Seja o que Deus quiser. Ele sabe da vida de cada um. 



sexta-feira, 2 de junho de 2023

36 anos

Até o ano passado eu costumava celebrar o dia 02 de junho como um aniversário.

Na minha cabeça é, porque hoje, completo 36 anos como Karla Karina e é quando agradeço verdadeiramente, a minha adoção. 

Mas ano passado, depois de uma crítica pública, me prometi não celebrar mais. 

Assim como estou aprendendo a não celebrar mais nada. Este ano, tentei o meu aniversário em março e terminei o dia chorando muito. 

Internamente, seguirei agradecendo a Deus a oportunidade. Sempre terei orgulho de minha história. Sempre irei olhar com olhos de ternura para quem esteve comigo desde que eu era bebê, até os 3 anos. Afinal, nada é por acaso. Desejo que quem esteve ali naquele pré-Karla, que eu não faço ideia quem seja uma grande parte, estejam bem.

À minha antiga família, mesmo não querendo convivência, desejo o melhor. Que Fátima esteja em um lugar bom no céu. 

E quem me conhece desde os 3 anos, obrigada! 

Obrigada a mim por nunca ter me deixado corromper em crise por algo que foi especial e sempre será a grande virada da minha vida.

E, claro, agradeço a Deus pela minha família ter tomado essa decisão há 36 anos. Tudo faz total sentido. 

segunda-feira, 27 de março de 2023

39 anos em 28/03/2023

39 anos!!!!!!!!!!!!  

Estou há dias refletindo sobre isso e cheguei a conclusão nenhuma. 

Mas sinto muito o peso da idade. Apesar de me dizerem que ainda sou nova, penso que não sou mais nova para um monte de coisas e isso é uma angústia sem fim.

Acho que o quê me conforta é que cheguei à essa idade sem ser presa, sem ter usado drogas pesadas, sem ter feito um aborto e sem ter feito esportes radicais. 

Basicamente, cheguei até aqui mudando pouco quem eu sou, me adaptando ao tempo e conquistando poucas coisas também, mas que são super relevantes. 

A ideia é seguir mudando o que for necessário, ajudando ao máximo de pessoas que eu puder, terminar meu curso de inglês, tornar o Bolshoi Cerimonial uma empresa maior e mais bem sucedida, seguir me esquivando de grandes polêmicas e tratando as pessoas com mais carinho e cuidado. 

E principalmente, me amando mais, me menosprezando pouco, lidando com meus defeitos de maneira mais leve e acreditando mais em mim. Ah, e me calando, porque sem dúvida alguma, esse é um defeito que sempre estará no topo dos master erros que cometo diariamente, que é falar mais do que o necessário e acabar ferindo pessoas e criando situações desagradáveis. 

Se quero viver mais 39 anos? Não.

Só quero viver o que merecer. 

terça-feira, 7 de março de 2023

Bem Juntinhos

Ando muito de saco cheio de TV aberta, e por sorte, no momento, consigo pagar um canal onde tem um canal que passa todas as séries que eu amo. 

Este canal anda fora do ar, para meu desespero, e tenho investido, assim, em outros programas. 

Andei maratonando o programa do Poschat (depois falo sobre isso) e acordei na madrugada de ontem e fui assistir ao programa do Rodrigo Hilbert e da sua esposa, Fernanda Lima, intitulado: Bem Juntinhos. 

Já tinha ouvido falar, mas achei uma graça o formato. Ele cozinhando, Fernanda conversando com os convidados. Bem coisa de gente comum sabe? 

E o papo era sobre separação, com a Mônica Martelli e uma outra mulher que não lembro o nome.

5 da manhã e eu refletindo sobre o fato de que não me relaciono oficialmente com ninguém há 2 anos e eu acho isso muito louco porque eu era a pessoa mais namoradeira do mundo, que se apaixonava instantaneamente e já formava família em minha cabeça... tudo isso, na maioria das vezes, com ficante. Rindo de nervoso. 

E meu último término foi bem traumático, porque o maior fator era que ele fazia parte de meu círculo de amigos super presentes, sou madrinha de casamento dele, da filha dele. Ele terminou comigo no dia 24 de dezembro e eu que já não gostava de Natal, passei a não gostar real. Eu até tentava gostar, mas agora zero questão de gostar. 

2 anos depois eu sigo super sozinha. Tá, dei um selinho sábado passado, mas somente. 

E o que eu aprendi? 

Que eu estou bem, que não sinto nada de ruim em estar solteira. Aprendi a me amar e eu achava isso tão clichê, tão fora de mim. Mas estes últimos meses me tornaram além de caseira, muito firme no que quero e no que não quero. E se eu tiver que ficar sozinha por muito mais tempo, sinto que será tão bom quanto já tem sido. 

Não faço ideia se quero me relacionar com alguém. Eu não sei nem paquerar mais. Eu saí 2 vezes: uma em novembro e outra dia 04/03 e a verdade é que nem para os lados eu olho. E eu fico aliviada quando vou para casa, sóbria (só m novembro consegui) e sozinha, sem contato algum no outro dia para me acordar na ressaca. 

Estou bem reflexiva, visto que faltam poucos dias para meu aniversário (21 dias). E estou relativamente feliz. 

Sozinha. 

Mas, se acontecer, só espero que seja bem legal. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Glória Maria e o seu significado em minha vida

 


Morre a jornalista que foi durante muitos anos, referência para o que sonhei em ser. 

Passei dos 4 aos 20 anos, sonhando com jornal, microfone, redação, ponto, revista Manchete, Caras, Correio Braziliense... eu sonhava em contar histórias, reais e imediatas. 

Adolescente, imaginava que poderia me especializar em entretenimento. Até então, a internet não era esse boom e o jornalismo era muito mais raiz. 

Glória, sempre foi uma jornalista raiz. Do povo. Mesmo viajando mundo afora. Ela trazia, para quem a via na tela, um mundo de possibilidades. 

A identificação, era imediata. Ela fazia matérias sérias, de forma leve e matérias leves, de forma divertida.

Sorriso no rosto. Assistir Glória era um bálsamo. 

Não me tornei a jornalista que tanto quis ser. 

Mas Glória seguirá sendo uma de minhas maiores inspirações, como profissional e mulher preta, mãe solo, forte... Nunca se abalou com o que pensassem dela, porque como ela mesmo já disse: "quando eu morrer, ninguém vai deitar no caixão no meu lugar". 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Se alguém te desse uma caixinha com tudo que você perdeu na vida, qual a primeira coisa que você procuraria?

Janeiro é sempre um mês longo demais para o coração e para o bolso.

E este de 2023, meus amigos e minhas amigas, tem sido exatamente como todos os meus janeiros desde o de 2005, podre. 

Já tive umas 3 crises de ansiedade, umas 3 ou mais de pânico e uma crise em casa por conta do meu medo, fobia and nojo de barata. 

Logo na primeira semana do ano, uma barata tamanho adulto apareceu por lá e sério, até hoje durmo com luz acesa, além da televisão, com medo de se eu estiver com a luz apagada, ela me coma viva. Sim, ela foi assassinada pelo meu vizinho, mas a julgar o tamanho dela, na minha cabeça, tem uma comunidade atrás do meu guarda-roupa. 

E seguimos, entre metrô lotado, sacolejos no bus, insegurança, cansaço, mini ódios, vontade de usar o réu primário e raiva de não ter nascido herdeira de qualquer empresário normal.

Respondendo à pergunta: se eu ganhasse uma caixinha com tudo que perdi na vida, qual a primeira coisa que eu procuraria?

Eu perdi o entusiasmo. Aquelas borboletas que a gente sente, quando quer muito algo? E não necessariamente relativo à relacionamento amoroso. 

Já tive começos lindos. De alegria, de ansiedade gostosa e eu sempre ali, entusiasmada, feliz... Isso se foi há tempos. Talvez há uns 10 anos eu viva no automático. Na gestão de riscos internos visando não explodir. 

A sorte é que tem dias bons. Não posso também generalizar. 

Mas o entusiasmo, a real vontade de fazer a diferença na minha vida e na vida dos outros, isso... fuê fuê fuê 

Sorte 2: janeiro com seus 78 dias, logo dará lugar para fevereiro e sigo na esperança de que tudo que perdi pelo caminho, se Deus achar que deve, volte. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

O que você fez por você esse ano?

Último dia de 2022. Útil. 

Pessoalmente, 2022 foi a continuação dos anos compreendidos entre 2018 e 2021, bem como um pedaço do ano péssimo que foi 2016. 

Profissionalmente ele foi bom. Fiz eventos lindos, com pessoas lindas, apaixonadas e felizes. Diferente de 2021, onde tive 2 eventos caóticos, que foram o suficiente para eu decidir melhorar muito no aspecto do Cerimonial. 

Como Secretária, aí é outra conversa. São alguns anos me sentindo expressamente incompetente, incapaz de conseguir pedir um café e acertar. Não errei muito, até porque meu papel é tranquilo, mas ainda é complexo não trabalhar sozinha. Claro, é muito mais por mim. Em 2023 farei 17 anos de profissão e há quase 8 sinto que é meu primeiro dia, tamanha ansiedade e nervoso. 

E respondendo à pergunta: no geral, eu sigo fazendo nada por mim. Não viajei, não comprei um carro, inclusive perdi o prazo de renovar a carteira, ou seja, se eu quiser por acaso dirigir um dia, terei que passar por todo o processo novamente. Ou seja, passo.

Não comprei minha casa, apartamento ou barraco de fundo. E também não sei bem se consigo, com esse medo diário de ficar desempregada. 

Não me apaixonei, não beijei em nenhuma boca, chorei demais, dormi um pouco melhor, mas tive noites de não dormir e chorar 3 horas seguidas. 

Ainda me boicoto, não confio em mim, em minhas capacidades intelectuais e espirituais e provavelmente não será na virada do ano que magicamente isso mudará. 

Conclusão: fiz nada por mim, muito pouco pelos outro e claro, pago um altíssimo preço, porque a gente já sabe, desde que começamos a nos relacionar que o outro é ingrato e difícil de lidar.

Para 2023, os mesmos 3 pedidos: saúde, que eu siga tendo para onde ir pela manhã e pela noite e sossego. 

E um pouco de auto confiança. Resgatar uma Karla que há anos se esconde no medo. 

Medo de tudo e de todos. 


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

2022

Estou um pouco fixa em números. Ontem, meu texto tinha um número: o 74. Hoje, um número e um ano.

Era para fazer uma retrospectiva. Mas ainda falta um pouco mais de uma semana para acabar o ano e eu sigo sem vontade alguma de atravessá-lo. 

Mas atravessando um 2022 esquisito, calmo e sem destino, estamos quase todos em 2023. 

Este ano me ensinou algumas poucas coisas, que prefiro nem colocar em prática porque estou muito cansada. Cansada de pensar, vou levando caminhos que sobem e descem, como uma gangorra espinhosa. 

Espinhos.

Existiram tantos este ano, que meu corpo coça e a alma, padece.

Mas é preciso ser grato. 

Ao prato de comida, à vacina, à família que ainda não se desintegrou. Ao trabalho que você deseja assassinar, mas que não pode, de jeito nenhum. As contas, que vem, e com uma força de uma tromba d'água. Aos projetos que saíram do pensamento, porque nem ao papel foram, porque era muita coisa para lavar e passar e jogar fora. 

E cada um em sua bolha, seja ela bonita ou não, vai vivendo. Ano após ano, dias e dias, horas à fio. Solitário. Acompanhado. Escondido. 

Já nem sei, pessoalmente, se quero sonhar para 2023. 

Se sonhar algo que seja... sobreviver. 

Mais um ano.