quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

quando respeitar é algo de nascimento

Quando alguém vira para você por meio telefónico e diz: " É assim que se trabalha em uma Embaixada", a única coisa que realmente me dá vontade é de mandar para um lugar que certamente não será bom.
Eu fico triste com a falta de profissionalismo das pessoas. E fico chateada comigo, por ainda não ter capacidade profissional e experiência suficiente de vida para peitar pessoas arrogantes e mal criadas. Fiquei muda, escutando a outra pessoa me dizer coisas que talvez eu não merecesse de fato.
Não é a primeira vez que passo por isso. Estagiei em um escritório de consultória, onde o dono me dizia que eu tinha um pensamento sem nexo; ou que ele não entendia o que eu estava querendo dizer, pois eu nunca sabia o que dizer. Era o meu primeiro estágio como Secretária Executiva e ele me fazia chorar todos os dias com uma frase ofensiva. Aprendi com o tempo que isso é assédio moral e que é crime. Depois dele, oficialmente nunca mais tinha me sentido humilhada, ou tratada com desrespeito. Cometi falhas incríveis, mas sempre foi para meus chefes, erros com o qual eu estava aprendendo a administrar meu curso e a minha carreira.
E hoje depois de 4 anos, lembrei do olhar de meu antigo chefe, apenas escutando a outra pessoa falar ao telefone, ditando regras e deixando bem claro que eu havia cometido algo imperdoável. Me senti sim mal com a situação, me senti profissionalmente desrespeitada por uma falha que teoricamente não era culpa minha.
Mas a vida segue o seu caminho. Não posso deixar que uma pessoa que eu mal conheço e que não sabe nada sobre mim me coloque para baixo. Tenho humildade suficiente para reconhecer erros e pedir desculpas fundamentadas, mas não sou capaz de acreditar que humilhar as pessoas é a maneira mais prática de se alcançar algum sucesso, ou de obter algum tipo de felicidade.
Se você tem algum problema, existem várias formas de desestressar, agora, por favor né?. Nada de bancar o superior e fazer disso uma forma de machucar o outro.
Respeito é algo que se aprende de berço e em alguns casos já vem na corrente sanguinea.

um lindo dia!
"Todo carnaval tem seu fim". Já diz Los Hemanos em uma de suas músicas.

Não sei o porquê da frase. Hoje vim escutando Chico e sua roda vida, Elis e suas Águas de Março; Cazuza com a sua Ideologia e Marisa com seu Infinito Particular.
Talvez, quando estou à caminho do trabalho, são os únicos momentos extremamente meus. Caminho lentamemte. Admiro o verde que cresce, chuva após chuva. Os pássaros. Os carros, que trafegam, que buzinam. As crianças que ainda esstão no período escolar, rezando para as tão sonhadas férias, o tão esperado Natal e seus falsos encantos.

Não fiz a minha carta para o Papai Noel. Ele certamente espera que eu a escreva, exigindo um ano de 2009 muito melhor, muito especial, tranquilo e com férias.

Sentada, enquanto atendo à milhares de ligações, fico pensando, se farei isso para sempre. A última e única recepcionista posou nesta cadeira, nesta mesma posição, por exatamente 32 anos. Recebeu medalha de honra pelo tempo dedicado à mesma coisa, anos à fio. A coitada nem casou, nem teve filhos, ela comia e respirava Consulado e recepção. As pessoas me perguntam se vim para ficar.
E eu respondo: "Eu vim para ficar o tempo necessário para o meu crescimento pessoal e profissional e não para criar teia de aranha".

Eu vim ao mundo para aprender. Jamais para estagnar. O mundo gira. Vida louca, breve, mas certamente a minha única vida!.


Um lindo dia! Com paz e sabedoria ha!