quinta-feira, 5 de março de 2015

31 anos - dia 08

No oitavo dia de muitos relatos sobre a minha vida e pessoa, pensei em desabafar sobre como eu lido com os finais dos meus relacionamentos. Pensei nisso porque realmente sou expert na arte de dar foras e levar foras. Na adolescência isso era mais comum eu dar foras, mas com o passar do tempo a coisa toda se voltou contra mim. 
Sempre fui de namoricos. Nunca gostei muito de namorar. Achava estranho minhas amigas com 17 anos namorando há 3, por exemplo. Achava insano. Ainda acho. Sempre quis curtir a vida, principalmente porque eu sabia que teria muita luta pela frente quando crescesse. 
Então sinceramente e sem nenhuma culpa admito que como diz o ditado popular: passei o rodo. É feio? Não sei. Nunca parei para ficar pensando no que os outros pensam de mim. Principalmente com 15 anos, quando eu já tinha meus próprios complexos. 
E aproveitei ao máximo para namorar vários tipos de rapazes. Gostava de ter opções. Sei lá. Curti mesmo.
Meu primeiro namorado oficial mesmo, de durar, como costumo dizer, foi aos 19 anos. Um rapaz da Igreja, 10 anos mais velho, super gente boa. 6 meses depois eu já estava muito entediada. Terminei e sofri um pouco, mas depois disso somente aos 22 anos que namorei novamente por mais de 6 meses. E depois disso, só meu ex-marido que foi àquela loucura toda de em um período de um ano morar junto, noivar e casar. 
O que me deixa tensa é que todo começo é lindo, mas por mais que o tempo passe, o fim de uma relacionamento é sempre um trauma. Eu sei que isso é para todo mundo. Mas eu fico triste as vezes porque eu tenho muito mais finais de relacionamentos do que o normal. Já tratei isso na terapia e cheguei a conclusão nenhuma. 
Só sei que com o tempo você aprende a dizer a verdade. Já não é "o problema sou eu e não você". Quando se consegue terminar um casamento de 3 anos, é possível reagir de forma mais serena em qualquer tipo de final de relação, durando o tempo que for. E é isso que eu faço. Quando alguém termina comigo eu xingo até a terceira geração dos filhos dele, mas entendo. Porque eu sei que sou uma pessoa complicada de conviver. Se fosse fácil eu não estaria aí à procura. Quando eu termino eu digo logo: o problema é você. Não curti, não quero e acho que não tem nada a ver. Viro e saio correndo. hahahaha.
Enfim. Dói. Terminar ou ser descartada sempre é para mim motivos de muito álcool. Mas hoje sofro bem menos do que na adolescência . E por sorte tenho me divertido mais. Não pedi para ter a liberdade de escolha lá atrás, mas já que me deram essa chance eu irei sempre aproveitar.